18.11.06

A propósito de Jigoku Shoujo

Para além de a segunda série, Jigoku Shoujo, Futakomori, já ter estreado também estreou um dorama da mesma. Apesar da curiosidade, estou um pouco céptica. Talvez por a rapariga que faz de Enma Ai não corresponder, de todo, ao que esperaria em termos físicos, em suma, acho-a feinha e com um ar demasiado real, carne-e-osso. Deveria ter um ar mais etéreo, talvez uma pele mais clara, não sei... Também não gostei do Wanyuudou pelas mesmas razões e por ser mais gordo e ter cabelo! Em contrapartida Honee Onna e Ichimoku Ren já estão mais perto dos desenhos originais. Hajime e Tsugumi então não têm mesmo nada a ver! Hajime tem um ar muito pouco desleixado e Tsugumi é velha demais.

Mesmo assim acho que a curiosidade há de levar a melhor e hei de acabar por ver a série.

地獄少女 ドラマ

15.11.06

Puca-puca Rei-chan

É daquelas coisas completamente parvas (e publicidade gratuita à Gainax) mas apesar de não ligar em absoluto à personagem da Rei em Evangelion, sempre achei piada ao spin-off criado pela própria Gainax que é a Puca-puca Rei-chan. Hoje "esbarrei" com estas blog tools no site deles, que não fazem rigorosamente nada de especial, a Rei limita-se a flutuar em LCL, e não resisiti em colocar uma aqui em baixo. Só é pena que não se podem ver/ler os caracteres japoneses em condições, mas isso é culpa de quem fez os filmezinhos em flash... paciência.

Os restantes e mais uns screensavers estão na Evastore.

6.11.06

Victorian Romance Emma

Quem sabe se pelas suas semelhanças ou insularidade sou bastante atraída por duas culturas estrangeiras: a inglesa e a japonesa. Talvez por isso senti curiosidade em ver este anime pouco conhecido e muito pouco comum na conjugação de uma série anime com uma temática da Inglaterra, em particular uma Londres Victoriana. Esta é a junção de quase tudo o que de mais apelativo encontro em ambas as culturas.

Tudo neste anime é diferente do que se costuma ver: o detalhe victoriano (literalmente), os excelentes e históricamente rigorosos cenários e direcção artística, o ritmo compassado e lento, a banda-sonora, etc. Há um certo empenho neste anime que o torna especial, é, sem dúvida, uma produção extremamente cuidada e fora dos parâmetros comuns para televisão.

Apenas uma coisa se manteve coerente em relação a outros anime e, em particular, à cultura japonesa: a história. É algo melancólica e uma slice-of-life sem um fim conclusivo, fechado, com moral ou feliz. Nisso, que considero o melhor das narrativas nipónicas, este anime surpreendeu e agradou.

É triste e enervante ver até que ponto a rigidez do estatuto social e das regras da educação victorianas levam duas personagens a não escolher o caminho que desejariam. Toda a acção decorre dentro de um decoro e timidez impostos que atrasam tomadas de decisão e transformam as pessoas em fantoches de uma sociedade virada para a ascenção social e económica. O indivíduo não tem lugar, tem de servir o grupo, isto é: a família. Provavelmente os japoneses revêm na sociedade victoriana as suas próprias dificuldades sociais em se imporem como indivíduos com vontade própria e poder decisivo nas próprias vidas.

Definitivamente basta abrir um pouco os olhos, prestar alguma atenção e ver com olhos de ver para perceber que se andam a produzir muito boas séries de anime no Japão, que há muito já ultrapassaram o estigma de desenhos animados para criancinhas. Este é um anime para ver com atenção e calma, de preferência acompanhado por uma bela chávena de Earl Grey, para nos fazer recordar dos "bons velhos tempos" das séries da BBC, tais como Reviver o Passado em Brideshead, A Família Bellamy e outras, que passavam na RTP.

英國戀物語エマ

4.11.06

CINE-ASIA: DocLisboa 2006 Report

Dada a oportunidade e privilégio que tive em poder assistir de perto ao DocLisboa e ter um contacto um pouco mais próximo com os dois realizadores japoneses presentes, fiz um pequeno e pessoal relatório sobre o que assisti no festival para o Cine-Asia.

Para ler basta clicar no título deste post.

1.11.06

Comecei a ver: Princess Tutu

Princess Tutu foi daqueles anime que me apelou devido ao factor rapariga: o Ballet. Felizmente que no pacote veio muito mais que isso, esta é uma série de anime, shoujo claro, de-li-ci-o-sa!

A narrativa adapta muito livremente certas partes do conto do Quebra Nozes (de Hans Christian Andersen), junta-lhes personagens e a partitura de muitos dos grandes ballets clássicos, num universo que mistura realidade com contos de fadas num resultado algo insólito. As personagens tanto podem ser humanas como animais ou bonecos a começar pela protagonista Ahiru, cujo nome significa pato e que é mesmo uma patinha amarela, mas que é transformada, por Drosselmeier (o misterioso tio de Clara em Quebra-Nozes), numa rapariga algo desastrada. O professor de dança é um gato (Neko-sensei) que, quando se irrita, pede as alunas em casamento e, quando elas recusam passa de um comportamento humano antropomórfico para um comportamento 100% felino.

Cada episódio tem alguma ligação a algum ballet conhecido e a junção de uma protagonista desastrada e cómica, com duas melhores amigas totalmente sarcásticas, a um "principe" romântico e vilões algo trágicos, dão um resultado bem interessante.

Toda a direcção artística é muito bonita e variada, dentro de um tom germânico na arquitectura. O character design é muito engraçado e, devido à variedade das personagens, não se cinge a apenas um grafismo fixo em que mudam as cores dos olhos e cabelos para diferenciar personagens.

Também adorei as duas canções dos genéricos, extremamente adequadas ao tipo de anime que é, e com uma fortíssima remeniscência de certas cançõezinhas dos anos 60, cantadas suavemente por uma voz muito feminina.

プリンセスチュチュ
ADV: Princess Tutu
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