23.12.06

Meri Kurisumasu VI

Esta época é bem fértil em imagens engraçadas, principalmente as de anime ou manga shoujo. Este ano escolhi uma que já foi o splash screen do site oficial de Sailormoon, uma das minhas séries anime preferidas de sempre.

Gosto desta imagem por uma razão: pertence à série de desenhos de Sailormoon já executados pela sua autora, Naoko Takeuchi, à posteriori, na fase de promoção tanto do site como da série live action e das reedições da manga. O traço é bem mais limpo e definido e Naoko soube fazer muitíssimo bem a transição de acabamentos totalmente à mão (pintados à mão sobre papel) para a ilustração em computador, ou seja, pintada e com acabamentos feitos em computador. Para mais exemplos é ver as novas capas da manga, que são lindíssimas.

20.12.06

CINE-ASIA: Ghost In the Shell 2: Innocence

Na sequência do Nippon Koma, na Culturgest, aqui fica a minha crítica a este filme, com o qual fiquei pouco impressionada.



Japão, 2004, 100Min.

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Ano 2032, Batou, personagem fácilmente reconhecível do filme anterior (Ghost In the Shell), gente da Section 9, é designado para investigar uma série de assassinatos de figuras importantes da sociedade, supostamente assassinadas por uma série de bonecas/robôs, as Gynoids, que avariam, matam os respectivos donos e de seguida se autodestroem. Na ausência da Major Kusanagi, que desapareceu em misteriosas circunstâncias e deixou fortes memórias a Batou, é-lhe atribuido um novo colega, Togusa, ex-detective da polícia. Os dois perseguem o criador das Gynoids sendo sucessivamente confrontados com a diferença entre homem e máquina, cada vez mais difícil de distinguir.

Crítica: Este filme é uma muito esperada sucessão do anterior êxito, principalmente entre os espectadores ocidentais, Ghost In the Shell. Feliz ou infelizmente, pelo meio houve a série dos três filmes do Matrix assumida e altamente inspirada neste filme o que torna o tema existêncialista das diferenças entre homem e máquina, animado e não-animado, com alma e sem alma, etc. um pouco gasto.

Ghost In the Shell 2: Innocence é um filme muitíssimo bem feito, com cenários em CG (computer graphics) e animações de paisagens e não só, monumentais, perfeitamente integrados com um character design um pouco mais próximo dos desenhos originais da manga de Masamune Shirow, com uma produção técnica e artística sem mácula. Pena é que a realização de Mamoru Oshii continua a ser uma realização mediana de “studio system”, pouco criativa, apesar do luxo do apoio técnico e artístico por trás desta produção.

Toda a temática filosófica é muito interessante, já vem directamente da manga, onde Masamune Shirow se diverte a dissertar e a fantasiar ao ritmo da pena e do pincel, mas neste filme sente-se um excesso de elementos e teorias com muito pouco desenvolvimento e menos ainda as conclusões. A falta de conclusões é de pouca relevância, pois a própria dissertação das diferenças entre homem e máquina é directamente proporcional aos avanços da tecnologia, e portanto as conclusões só poderão vir com as conclusões da própria humanidade. Mas a falta de desenvolvimento faz com que toda a introdução deste tema interessante mas denso, soe a académico, como se de um trabalho de faculdade se tratasse, onde o que interessa é mostrar quantidade e não qualidade. O espectador menos atento acaba por se perder entre tanta teoria e talvez não prestar atenção aos pormenores importantes.

A par da densidade do tema, sente-se falta do sarcasmo e sentido de humor algo perverso da manga, mistura essa que para além de cativar mais para o texto torna-o de mais fácil assimilação e muito mais divertido. Também se sente bastante a falta da major Kusanagi, seja pela sua figura escultórica, mas mais ainda pelo seu humor negro que contrapõe majestosamente a gravidade de Batou e a falta de ambição de Togusa.

Como o filme tem uma direcção artística de primeira e muitíssimo boa, engana muito parecendo um bom filme, com sequências de deixar qualquer um de queixo caído, tal é o deslumbramento provocado. A nível estético encontram-se influências directas de um outro filme, anterior a ambos os Ghost In the Shell, e que também já abordava, no início dos anos 80 e com grande sucesso, esta mesma temática, falo de Blade Runner. Outra curiosa influência é a do próprio Matrix, portanto já em 3ª mão.

Vale pelos cenários e sequências na cidade, pela parada com os elefantes (elementos importantes numa das alegorias mencionadas no filme), pela mansão e pela banda-sonora do mais-que-conhecido Kenji Kawai, que não desilude mas também surpreende pouco.

Classificação:6/10

17.12.06

Cowboy Bebop

Cowboy Bebop, que regressou à SIC-Radical, é uma das minhas séries anime preferidas e um clássico. Hoje finalmente madruguei para (re)ver Evangelion e acabei por ver o episódio de Cowboy Bebop, Session#09: Jamming With Edward, e tive a triste lembrança das péssimas legendagens/traduções. Entre outros erros (infelizmente até alguns de português) o pior é um que tem imenso a ver com a maneira de pensar dos japoneses e em particular da deliciosa personagem que é a Ed. Quando Ed entra em contacto com o satélite rebelde e decide dar-lhe um nome mais simples, ela chama-lhe "Npyu" da palvra konpyutaa [nota: escrevi a romanização do modo como se escreve computer em katakana], porque ela está a falar com o computador/inteligência artificial do dito satélite.

Eu sei que a série infelizmente não foi traduzida directamente do japonês, que foi traduzida de uma tradução, já algo criativa, francesa e daí ter ficado o satélite batizado de "Plume", o que não faz sentido nenhum pois Ed tinha acabado de explicar o porquê do novo nome. Também sei que é caro, difícil, etc. fazer traduções do japonês, mas neste caso (e de todos os outros anime) fala simplesmente mais alto a conveniência de despejar a tradução à empresa mais próxima, que faz descontos se houver um volume maior de projectos a legendar... resumindo: o dinheiro e a eventual rapidez falam mais alto. Só que, "depressa e bem, não há quem"!

A maior pena que tenho nisto tudo é que Cowboy Bebop é uma das melhores séries de anime que já passaram nas televisões nacionais, que inclusive já adquiriu o estatuto de clássico e, ao contrário dos clássicos dos anos 70 e 80, tem uma qualidade técnica muito acima da média. Foi um dos primeiros anime produzidos para um público-alvo mais maduro, na sequência da acima mencionada série Shin Seiki Evangelion, uma tendência que tem vindo a aumentar. Merecia um tratamento melhor.

Resta-me continuar a desfrutar de Cowboy Bebop e tentar não ler as legendas, para não me irritar logo a um sábado de manhã.

カウボーイビバップ

12.12.06

CINE-ASIA: Tonari no Totoro

Crítica, para o Cine-Asia, do meu filme preferido de Hayao Miyazaki.



Japão, 1988, 86min

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Uma família, o pai e as duas filhas, a responsável Satsuki e a introspectiva Mei, mudam-se para uma nova casa no campo que mais parece uma mansão assombrada. A casa é perto de uma árvore centenária que esconde alguns mistérios. A mãe das raparigas está hospitalizada por perto o que as faz sofrer de modos diferentes. Sem notícias da mãe, Mei foge, fazendo com que Satsuki inicie uma extraordinária busca.

Crítica: “O meu vizinho Totoro” é um filme intemporal e para todos, tal é a sua universalidade. É talvez das obras mais fundamentais de Hayao Miyazaki, o filme que marcou o seu reconhecimento no Japão (basta ver a quantidade e variedade de merchandising existente). Mas este filme é muito para além de mero comércio, é um retrato do comportamento e modo de encarar a vida para os japoneses. O primeiro aspecto relevante será talvez a maneira como uma potencial casa assombrada e espíritos sobrenaturais não são uma via disciplinadora para as crianças, mas sim um dado extra, encarado com excitação e naturalidade, é como se viesse com o pacote de mudarem para o campo.

A história é de tal forma equilibrada e abrangedora que conjuga o lado fantástico, mais pitoresco, belo e infantil com uma narrativa que aborda a complexidade da mudança e de encarar a dor e eventual perda de um parente próximo, sem que o espectador dê muito por isso. É nessa subtileza que está a verdadeira magia de Totoro e se revela o génio de Miyazaki. Foi com certeza um filme muito trabalhado e amado por quem o fez.

Como curiosidade foi o próprio Hayao Miyazaki quem escreveu as letras de ambas as canções dos genéricos, com o propósito de serem de fácil entendimento tanto para crianças como adultos. No ocidente, são uma boa maneira para iniciantes à língua japonesa se sentirem preenchidos por as perceberem com facilidade. Isto traz-nos à que é provávelmente a primeira banda-sonora, da colaboração Miyazaki/Joe Hisaishi, que foi um sucesso de popularidade.

De resto este é um filme de pequenos detalhes: a arquitectura de uma casa no campo, as plantas, os animais, uma bolota, andar à boleia numa bicicleta, apanhar uma molha ao voltar da escola, pequenos hábitos do dia-a-dia, relações interpessoais entre crianças e adultos e um elogio à natureza como qualidade de vida e uma mais-valia para os seres humanos que a habitam. É também neste filme onde aparecem pela primeira vez os pequenos seres de fuligem que mais tarde retornam em “Sen To Chihiro no Kamikakushi”.

Desta volta, em vez da abordagem do choque, utilizada tanto em “Nausicaä”, como em “Laputa”, onde personagens lutam para defender a natureza, Miyazaki dá à ecologia uma forma mais ligada aos conceitos do Shitoísmo, ainda muito presentes na cutura japonesa. A árvore gigante é encarada com respeito e admiração, os seres/deuses sobrenaturais fazem parte da natureza e os seres humanos aceitam-nos com naturalidade e, mais uma vez, respeito. Os seres humanos integram-se na paisagem e vivem com e da natureza sem a adulterar em demasia, com propósitos egoístas e desnecessários.

Em contrapartida, através destas duas miúdas, de cerca de 10 e 4 anos, assistimos a um crescimento e aceitação de novas realidades muitas vezes tingidas por dificuldades difíceis de ultrapassar como é ter a mãe doente. Na esperança e preserverança de duas pequenas raparigas, temos a força para continuar a viver o melhor que podemos, apreciando as pequenas coisas do dia-a-dia.

A história é simples e com poucas reviravoltas, o que dá espaço para a apreciação dessa mesma natureza e dos seus habitantes,sejam eles as pessoas da aldeia, os animais domésticos ou selvagens ou seres sobrenaturais. Por isso o filme deixa muito espaço para as viagens mágicas com Totoro e os seus “colegas”, que constituem grande parte da atracção e apreciação deste delicioso filme. Não é um filme contemplativo e muito menos aborrecido, todas as cenas mágicas são isso mesmo, transportam-nos para uma outra realidade que gostariamos que pervalecesse mais tempo.

Há uma pequena piscadela de olho à paixão de Miyazaki por máquinas voadoras, na personagem do miúdo Kanta que brinca frequentemente com um pequeno avião de aeromodelismo. É um filme que nos diz para parar e olhar para as belas coisas em volta, apreciar a vida como ela é, não ambicionando para além das nossas capacidades, atropelando os que nos rodeiam. É um apelo à vida no campo, com as suas dificuldades mas maior qualidade de vida. E, convenhamos, o Totoro amolece o coração mais empedrenido!

Classificação: 9/10

10.12.06

Nippon Koma 06: dia 6

A sessão de hoje à tarde valeu o Nippon Koma inteiro! O filme Ski Jumping Pairs: Road to Torino 2006 é simplesmente hilariante! Numa edição anterior do Nippon Koma (estou com demasiada preguiça para ir ver qual delas foi) já tinham passado a sequência em 3D da 3ª parte deste filme, e já nessa altura despertou em mim valentes gargalhadas. Desta vez saí da sala cheia de lágrimas de riso.

Ski Jumping Pairs é um fakumentary (=falsomentário - se é que o género poderá existir) onde se simula, em três episódios, o acompanhamento do "drama" que foi o percurso da modalidade de saltos de ski em pares, desde a sua invenção/descoberta até ao reconhecimento como modalidade olímpica. Não fora o subtil humor japonês e a sucessão de disparate após disparate, cada vez mais descabido, o filme está de tal forma bem feito que convence. Todos os elementos que denunciam a ficção vão aparecendo em crescendo, provocando, de início apenas estranheza no espectador até o levar, por fim, com o 3D das sequências de saltos, às lágrimas de riso. Um excelente ensaio de humor e inteligência.

A sessão da noite apresentou um clássico do anime Ghost in the Shell: Innocence, um filme daqueles que já toda a gente viu, menos eu, que normalmente só costumo ver estes filmes se mos colocarem à frente e eu estar com preguiça suficiente para ficar ali a vê-los. Dentro dessa mesma preguicite é assim que acabo por ter visto este filme no Nippon Koma. Já que ia ver os filmes todos, já agora vejo o filme que todos os não-fãs de anime que dizem que apreciam anime já viram.

Sobre o filme em concreto, daqui a uns dias há de estar uma crítica minha no Cine-Asia, e aí falarei do que achei.

9.12.06

Nippon Koma 06: dia 5

A entrevista/conversa de Nagisa Oshima (com um fatinho de cabedal castanho todo catita!) a Shinsuke Ogawa era um dos filmes que mais queria ver neste ciclo, na sequência do Doc Lisboa. É, sem dúvida, um documento e testemunho interessante acerca da metodologia utilizada por Ogawa nos seus documentários. Não há dúvida que o senhor era exaustivo! O resultado foi exibido no Doc Lisboa, no filme Magino Mura.

Agora a seca que passei na sessão de animação de Tanaami Keiichi e Nobuhiro Aihara é indescritível! Cerca de duas horas de pequenos filmes em média de 6 minutos que mais pareciam ter 60! De todo o pacote apenas dois eram interessantes, Ki-Moving e Mask, e alguns dos écrans de títulos, o resto era uma sucessão de animações experimentais que se repetiam até à exaustão num desfilar de orelhas fálicas (não me perguntem!) que apenas provocavam gargalhadas nervosas em alguns dos espectadores. Foi daquelas sessões em que parte do público não aguentou e saiu a meio. Para chatear mais um pouco a ordem dos filmes foi alterada e as transições entre filmes demoravam demasiado tempo. Nem sequer colaram as cópias em película umas às outras, definitivamente este pessoal não faz testes de projecção!

7.12.06

Nippon Koma 06: dia 4

Hoje foi dia da sessão apoiada pela OneDotZero mas este ano achei o pacote algo fraquinho, sem nenhum filme que se destacasse. Mesmo assim houve alguns mais engraçados/interessantes que os outros:
  • Tough Guy, de Kishimoto Shintarou, as aventuras marciais de uma louva-a-deus;
  • Highway 77, de Nakao Hiroyuki, dois rockabillies a fazer pequenos delitos numa autoestrada, à laia de jogo de computador;
  • Platform, de Tacoroom, salarymen à tareia no cais de uma estação de metro, um filme que já tinha passado numa edição anterior do Nippon Koma, mas que é bom o suficiente para passar mais vezes;
  • os dois filmes da marca de cerveja Hifana, Mr. Beer, de 5jgn/VJ Gec e Wamono, de +Cruz/W+K Tokyo Lab;
  • Motto Shiritai Desu yo, de Hideyuki Tanaka, uma engraçadíssima publicidade do search engine japonês Goo;
  • e Speaker Typhoon, também de Hideyuki Tanaka, e também passado na Tailândia.

O documentário da noite, Kiba, Tokyo Micropole, era interessante no tema, banal como documentário e não era japonês, apesar de falar sobre a vida num bairro antigo do centro de Tóquio.

6.12.06

Nippon Koma 06: dia 3

Hoje foi um dia sem grandes acontecimentos, dentro ou fora do écran. O documentário da tarde era interessante no método mas não deixou marcas. A série Paranoia Agent foi projectada em japonês (com legendas em inglês) e acabou.

Se a organização do Nippon Koma, com aquele relambório todo sobre o anime ser hoje-em-dia apenas uma indústria de conteúdos, acha que Paranoia Agent não é anime de conteúdos e é do melhorzinho que se anda a produzir no Japão... acho que estão mal informados ou mesmo enganados. Paranoia Agent é uma série engraçada, bem feita, interessante nalguns aspectos, mas que não deixa marcas apesar de se destacar num aspecto: a crítica social. Só que essa crítica é feita de um modo comedido e tortuoso o que faz com que seja pouco eficaz. Gosto mais quando as séries me emocionam, chocam, esta sensação de falta de tempero faz com que continue a não ligar muito ao anime 'mainstream' das supostas elites de apreciadores.

5.12.06

Nippon Koma 06: dia 2

As falhas técnicas continuam... mas as de hoje foram apenas ridículas e nada graves. Na sessão de curtas de animação, mais que uma vez o público viu o interface do DVD e um dos filmes, felizmente um dos mais engraçados passou duas vezes.


Hoje as animações venceram, o documentário não era nada de especial. Dos filmes de animação gostei particularmente de Gate Vision de Kobayashi Kazuhiko, que filma uma viagem de Shinkansen (comboio-bala) através de uma lente que dá à imagem um efeito, tipo caleidoscópio, o que transforma a paisagem em grafismos muito interessantes.

O outro filme de que gostei (e o que foi repetido) chama-se Kotasu Neko (Lit.: Gato da 'braseira', mas que poderia ser traduzido muito livremente como Gato de sofá), de Aoki Jun. Kotatsu Neko é uma aparente animação de marionetes (stop motion), mas em 3D, divertidíssima com um gato preguiçoso que faz tudo, menos o óbvio, para alcançar os objectos que não estão ao alcance da pata. O filme é não só divertido pela situação em si, mas também pela música, um metal da pesada em que o vocalista, com uma voz bem rouca e grave, canta diversas vezes "Kotatsu Neko...". Só ouvindo mesmo!

4.12.06

Nippon Koma 06: dia 1

O ano passado fiz um report diário aqui neste blog sobre essa edição do Nippon Koma, a que assisto desde a primeira. Este ano não penso ser tão exaustiva, mas apenas falar dos filmes que mais me chamaram a atenção ou de pormenores interessantes, principalmente nas sessões de curtas de animação.

Este ano, à semelhança do ano passado, o "festival" não começou bem... hoje também houve projecção da série Paranoia Agent e, para manter a coerência a sessão foi projectada com a dobragem em inglês e legendas em inglês. Como se o facto já não fosse grave, por vezes o diálogo e a legendas "não batiam a bota com a perdigota". Refraseio: o que era dito muitas vezes não correspondia ao que era escrito. Resta apenas uma dúvida: qual versão estará correcta? Ao menos ao ouvir a versão original pode-se ter alguma noção da qualidade da tradução.

Mais uma vez lá fui eu fazer o papel da vilã, mal a sessão começou protestei para que pusessem as vozes originais, mas nada... No fim da sessão, os desgraçados dos arrumadores (por sinal um deles o mesmo do ano passado) é que me tiveram de ouvir... de novo! Mas não se pode deixar passar um erro destes que ainda por cima é sinónimo de preguicite aguda. Não se explica que um comissário ou organização que põe de pé este ciclo de cinema/vídeo não faça antecipadamente um teste de projecção dos filmes, juntamente com o projeccionista, principalmente tratando-se, como era o caso desta sessão, de um DVD americano que muito provávelmente está formatado para iniciar assim, em inglês.

Só espero que um erro tão estúpido como este não volte a acontecer. Se quando há ciclos como este, mais alternativos mas oficiais e as coisas não correm como deve ser, depois não se admirem de o pessoal fazer downloads dos filmes na net!

3.12.06

Duas versões de Tóquio

Tenho andado um bocado distraída (quem sabe se cansada também) e só na semana passada é que reparei que estão a re-transmitir na SIC Radical o "meu" Evangelion, com o reeditado título de Neon Evangelion. Será que se esqueceram da palavra Genesis? Se é para encurtar, seria preferível chamarem apenas de Evangelion (que se lê: ê-van-gue-lion, à alemã, e não como muitas outras variantes que já ouvi). Ontem acabei por não ver, para confirmar se está na versão original legendada ou se repetiram as dobragens que passaram anteriormente na SIC. Como o site deles nunca está actualizado só mesmo ligando a TV é que se fica a saber...

Num comentário a um post deste blog sobre Tokyo Mew Mew também fiquei a saber que a série aparentemente está a dar no Canal Panda, mas como o site do Panda também nem sempre é devidamente actualizado... mais uma vez, só vendo.

SIC Radical
Canal Panda
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