30.3.09

Terminei de ver: Basilisk


Finalmente acabei de ver Basilisk, não sem adormecer em mais que um episódio pelo meio, mas vi, aguentei! O mais incrível é que esta é daquelas séries que se tivesse uns 7 ou 8 episódios contava a história na mesma e para além de deixar de ser chata, tinha bom potencial para ser até uma série interessante. Digo isto porque os últimos episódios, em que finalmente a história desenvolve, atinge o clímax e chega à conclusão, foram bastante interessantes.

Basicamente Basilisk é uma lição de como tornar uma história interessante, com uma boa intriga numa série chata que é apenas um desfilar de criaturas ninja grotescas a exibir os seus poderes irreais para serem mortas logo a seguir. O tempo que esta série perde em batalhas atrás de batalhas é inacreditável e creio que nem o fã mais ferrenho de artes marciais veja algum interesse nelas porque são demasiado irreais e demasiado curtas.

Nos últimos episódios a conclusão chega a ser emocionante mas é previsivelmente mais uma história de Romeu e Julieta sem fazer jus ao original de Shakespeare.

Os gráficos, embora muito elaborados e cheios de efeitos não me convenceram pelo seu exagero que nem a manga shoujo mais barroca dos anos 70 atinge. Esta série deixa sempre uma sensação enorme de insatisfação, por deixar perceber que tem uma boa base, bons meios, bom orçamento e que foi muito mal aproveitada em prol de razões que custo a compreender.

E, para variar, a SIC-Radical não pensa na maioria do seu público, com televisores de 3:4, e passou uma série em formato panorâmico encolhida como um harmónio...

SIC-Radical

22.3.09

Silent Möbius: the movie 2

Descobri, graças ao Twitter, um site com TV japonesa em directo, e acabei por ver esta tarde uma relíquia dos anos 90, o filme Silent Möbius 2.

Silent Möbius não é, definitivamente o meu estilo de anime preferido, mesmo dentro do cyberpunk, mas é um anime/manga pelo qual tenho um carinho especial, pois foi a primeira manga que comprei na vida, ainda numa edição da Viz em inglês e a cores, no início dos anos 90. É claro que não escolhi, basicamente quando topei o volume da manga, apelidada de "graphic novel", na loja Yellow das Amoreiras (onde é agora a Bertrand), percebendo que se tratava de banda-desenhada japonesa, já não saí da loja sem ela! Digamos que foi o início de uma bela colecção...

O filme é um filme de qualidade acima da média, principalmente para a época em que se trata, que não faria feio frente a filmes actuais em termos técnicos, de animação, cenários, desenho de personagens, etc. Não sou grande fã do desenho de personagens, apesar de semelhante ao da manga, é mais rígido e rectilíneo, perdendo alguma beleza e languidez do traço de Kia Asamiya.
Onde o filme falha, a meu ver, é mesmo na história, demasiado básica, quase equivalente a um qualquer episódio de uma série televisiva, pouco aprofundada e pouco desenvolvida. O filme é curtinho, tem pouco menos de uma hora, mas poderia ter mais sumo narrativo. Esse é um aspecto em que os actuais filmes mudaram bastante, apostando muito mais na narrativa que nos anos 90 onde se apostava alto nos gráficos e animação.

Está visto, era um filme que não morria por ver, mas de que tinha alguma curiosidade. De certa forma é uma interessante viagem ao passado e bom para ver as diferenças instaladas pelo digital e pelas várias evoluções dos gostos e do mercado.

FreshVerse

Streaming

Ando a ver: Fullmetal Alchemist



Fullmetal Alchemist é daquelas séries de anime que estou a insistir ver, nem que seja porque por todo o lado apenas vejo opiniões positivas, mas que ainda não me convenceu. Não é uma má série, é agradável de ver, sendo um shounen tem vários elementos que apelam também a um público feminino, como personagens femininas fortes, dilemas emocionais, character design e direcção artística apelativos e paisagísticos, história com um ligeiro cariz romântico de aventuras, magia, mas há algo de pouco consolidado, e o facto de a história levar algum tempo a desenvolver, sem picos emocionais, que não me chama.

Mas no episódio que vi hoje houve uma pequena citação ou piada aos Salteadores da Arca Perdida que não podia deixar de mencionar: Edward está a tentar entrar num edifício aparentemente abandonado mas cheio de defesas. A dada altura as defesas são como nos Salteadores, ele pisa uma lage, saem lanças do tecto, pisa noutra, saem setas da parede, abre-se um alçapão no chão, e assim sucessivamente até que... se ouve um ruído ao fundo do corredor, eu disse para mim própria: "é a bola dos Salteadores!"... e era! Só faltaram mesmo as tarântulas!

Como o contexto da série não tem nada a ver com os filmes de Indiana Jones, a piada foi particularmente eficaz, principalmente para a minha geração que viu o filme ainda adolescente. Foi uma homenagem engraçada dos autores de Fullmetal Alchemist ao que provavelmente deve ser um dos seus filmes preferidos.

鋼の錬金術師 公式ホームページ

SIC-Radical

4.3.09

Ando a ver: Wedding Peach



Já cheguei a mais de 1/3 da série e posso afirmar que no geral melhorou um pouquinho: as transformações já são resumidas em quase todos os episódios (apesar de ainda serem longas - cerca de 2 minutos as duas transformações + os ataques só para a Peach), a história desenvolveu um bocado, mudaram os genéricos (se bem que a qualidade da música não melhorou) e descolou um bocadinho da matriz Sailormoon.

Mas o melhor até agora foi episódio extra: Episódio nº 10,526 - Gomen ne Yousuke [Desculpa Yousuke] que basicamente é um mecha Wedding Peach! Foi com grande surpresa que vi este especial, que brinca com a série original e as séries de mechas, em particular Gundam, de um modo super divertido, cheio de humor e bem mais interessante que toda a restante série. Foi uma oportunidade para umas boas gargalhadas, e para melhorar a minha opinião acerca de Wedding Peach! Pena é que aparentemente existe uma segunda parte e não a tenho :(

Agora a série já começa a entrar na recta final, já surgiu a 4ª Ai Tenshi (Anjo do Amor), Salvia/Scarlett, e poucos mistérios restam para desvendar.

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