7.7.18

Ando a Ver: Saint Seiya Ω



IKKI!!!

Tinha me queixado num post anterior da ausência do meu Cavaleiro preferido, Ikki de Fénix, eis que em Saint Seiya Ω, mais uma vez dado como morto, mais uma vez quando a situação raia o desesperante, a fénix se levanta das chamas e volta para a batalha contra Pallas. Ikki continua com a sua atitude: "não luto por Atena, luto porque o desafio me interessa", mas já todos sabemos que lá no fundo o Ikki tem um coração de manteiga e que faz tudo para ajudar o maninho, os amigos e defender Atena!

A chegada de Ikki é uma boa desculpa para finalmente continuar a falar de Saint Seiya Ω, que tem continuado numa segunda temporada no BIGGS. Com certeza não há temporadas na série japonesa, ou talvez haja, sinceramente não pesquisei, de tal modo que pensava que a série tinha terminado com a Batalha de Apso, mas não interessa, o que interessa é poder ver a série, mesmo que infelizmente apenas dobrada em português.
Falando em dobragem, não gosto da voz de Ikki. A voz em si não está mal, mas eu preferia uma voz mais grave, mais máscula, como a original. Mas o que gosto menos é a entoação muito presunçosa que o actor dá à personagem, que não é o que Ikki é. Ikki não é presunçoso, é o clássico anti-herói, lobo solitário, mas que ama a sua missão e sobretudo os seus companheiros de tal forma que está disposto a sacrificar-se por eles. Também é um Cavaleiro muito poderoso e não gosta de revelar os seus sentimentos, mas sim dar ares de durão insensível. Actor de voz português, falhaste redondamente na caracterização psicológica da personagem!

A razão porque ainda não tinha escrito acerca da Batalha de Pallas, foi porque o entusiasmo e a sensação de déjà vu que a primeira parte me deu para a série original, Saint Seiya, agora sinto que está muito repetitiva e arrasta-se um bocado. Esta segunda fase basicamente é constituída por, Cavaleiros de Atena enfrentam Pallasites, derrotam Pallasites, ficam com as armaduras danificadas, mas milagrosamente Kiki ou a assistente conseguem repará-las, apesar de terem dito na última vez, que não poderiam repará-las mais, e volta ao início, mas com Pallasites um nível mais fortes.
Neste momento a batalha já vai avançada, Atena também entrou em acção, e os Pallasites são os Quatro Generais mais poderosos, enquanto se revela uma certa intriga de manipulação de poder. Mas, visto que no novo genérico Atena enverga a sua armadura e vê-se a lutar contra Pallas, também de armadura, mal posso esperar!

聖闘士星矢Ω-セイントセイヤオメガ- 公式サイト 東映アニメーション



BIGGS

6.4.18

Isao Takahata

Akage no Anne
Como todo bom português da minha geração, a primeira coisa que vi de Isao Takahata foi a Heidi (Alps no Shoujo Heidi) e a seguir o Marco (Haha wo Tazunete Sanzenri). Mas eu, mesmo pitinha, detestava a Heidi e o Marco. Via porque havia pouco mais, apesar de não perceber a revolta do meu irmão mais velho, por as legendas serem escassas. A mim, que naturalmente não percebia japonês nem sabia ler, era-me indiferente. Mas não havia falha de comunicação, a narrativa era fácil de perceber, uma característica que demarca Takahata como um génio e que torna os seus filmes universais.

Depois dos detestados e definitivamente lamechas Heidi e Marco, o anime de Takahata que realmente me marcou foi Akage no Anne, a Ana dos Cabelos Ruivos. Foi nesse momento que percebi que o problema do excesso de lamechice não era de Takahata, mas do material original. Como livro infanto-juvenil, Anne of Green Gables, de Lucy Maude Montgomery, é muitíssimo superior. O World Masterpiece Theatre, indirectamente criado por Takahata, colocou o anime nas televisões de muitos países europeus, incluindo Portugal. Só por isso e por dar início à minha paixão por anime, estarei sempre grata a Takahata-sensei.

Não, nunca vi Hotaru no Haka, por opção própria, quero ver nas circunstâncias certas e esse momento ainda não aconteceu. Mas há-de acontecer!

Nos últimos anos, graças ao Monstra, Festival de Animação de Lisboa, tive o privilégio de ver quase todos os seus filmes em sala, tendo sido o último, um dos seus primeiros, o delicioso Cello-hiki no Goshu, de um período pré-Ghibli, no passado mês de Março. Infelizmente a disponibilidade de blogar acerca dos filmes não tem sido muita, mas os posts hão-de chegar.

Takahata conseguiu o fenómeno de criar filmes universais, que divulgam o anime da forma certa, não se encaixando em modelos de produção formatados e fazendo sobretudo cinema de autor, animação de autor, usando os meios da animação comercial, que tanto atrito criou com o seu mais pragmático e prolífico sócio. Sem Takahata não haveria Mamoru Hosoda ou Makoto Shinkai, não nos moldes com que ambos filmam. Se Miyazaki é um bom autor/realizador, Takahata é um poeta e é como um poeta que hei-de recordá-lo sempre!

Isao Takahata

26.1.18

Comecei a ver: Card Captor Sakura - Clear Card Hen

Cheguei um bocadinho atrasada ao comboio, pelo que só agora vi 3 episódios de uma assentada, o que me fez, a mim que raramente faço maratonas, desejar já ter todos os episódios para fazer maratona de Cardcaptor Sakura- Clear Card Hen.

Tinha saudades! Muitas! Já não me lembrava como a Tomoyo é engraçadíssima no seu stalking :'D, de como a Sakura e o Shaoran são fofos ("Hoe?!"), de como todo o universo de CCS é giríssimo e divertido! Melhor, esta série "cresceu" bem, agora pintada e finalizada digitalmente, dando bom uso às novas tecnologias nos efeitos, mas mantendo fielmente a estética original. Calculo que sejam novos, mas os cenários parecem ser os mesmos de então.

* A PARTIR DAQUI O TEXTO PODER TER SPOILERS,
AVANÇAR COM CUIDADO! *

Melhor ainda, a história deixou-me curiosa (não, ainda não li a manga) e parece bem empolgante. Nanase Ohkawa FTW! Há coisas que acho que já adivinhei, acho que quando ela converte as novas cartas, são as cartas dela que ficaram transparentes. Quando tiver mais que 3, as que tem agora, e o volume for maior, será quando vão reparar nisso - ou não - realmente não sei o que se vai passar, são apenas conjecturas.

Agora as diferenças da série original. Clear Card não é um remake, é uma continuação 3 anos depois, portanto todas as personagens cresceram/envelheceram. Sakura e os colegas já não são pré-adolescentes, mas adolescentes de 14 anos. A Sakura parece ter amadurecido pouco, está um bocadinho mais calma, mas igualmente ingénua e por vezes tolinha (mas eu gosto!), a Tomoyo não se desenvolveu nada e o Shaoran é quem apresenta as maiores diferenças, tendo se tornado ainda mais sorumbático e algo misterioso. Touya, Yukito, Fujitaka, Eriol, Ruby e Kaho aparentam estar exactamente na mesma, mas há mistério em Inglaterra.

Fisicamente as diferenças ainda são menores, Sakura e Tomoyo parecem estar mais esticadas e Sakura perdeu os totós, mas de resto, iguais. Shaolan está praticamente igual, nem a voz mudou. Há pequenos detalhes diferentes, um deles é nos acabamentos, principalmente nos olhos, onde o digital é muito bem utilizado. ADORO as novas cartas! Os novos fatos de batalha da Sakura, feitos pela Tomoyo, são giríssimos, gosto particularmente da gabardina e galochas de rã, mas continuam bastante infantis. Não estou à espera de uma Sakura sexy, mas gostava de ver mais uma miúda de 14 anos e não uma de 10-11. Há os sapatinhos de salto do fato dos cristais do genérico, mas para já é só.

Ainda está muito no início da série para avaliar condignamente, portanto vou esperar pacientemente os próximos episodios. Como de costume, irei comentar mais a meio ou se algo for suficientemente marcante. Para já estou muito contente por CCS voltar, tinha saudadinhas!

NHK アニメワールド|カードキャプターさくら クリアカード編

PC
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