Sailor 9 senshi shûketsu! Black Dream Hole no kiseki
Japão, 1995, 60min
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Sinopse: Usagi, Chibi-usa e as amigas fazem biscoitos em casa de Makoto. Chibiusa oferece os dela a um rapaz gentil que conhece na rua, Peruru, e Usagi oferece os dela ao namorado, Mamoru. Em casa de Mamoru os dois ouvem na rádio a notícia de que andam a desaparecer misteriosamente, durante a noite, as crianças de várias cidades. Nessa mesma noite uma estranha melodia encanta as crianças de Tóquio e, juntamente com elas, Chibiusa.
Usagi e as amigas seguem-na e descobrem que as crianças estão a ser raptadas para um navio extraterrestre, sob o comando de Vadiane que quer usar a energia dos sonhos das crianças para criar o “black dream hole” que sugará a energia da Terra e do Universo. Super Sailormoon e Super Sailor Chibimoon unem as forças e, com a ajuda de Peruru e das outras 7 guerreiras, destroem os planos de Vadiane e devolvem as crianças à Terra.
Crítica: Baseado livremente no conto “O flautista de Hamelin” e outros contos tradicionais europeus, Sailormoon SuperS tem uma narrativa simples e concisa que dá espaço tanto a mostrar as personalidades das protagonistas da série de Sailormoon como para demonstrar os seus poderes. Apesar de não ser particularmente interessante a história, pode-se dizer que os argumentistas aprenderam com os filmes anteriores a dosear os “elementos obrigatórios” com os elementos novos.O equilíbrio entre a relação de Usagi, Chibiusa e Mamoru, as cinco amigas Usagi, Ami, Rei, Makoto e Minako, as outer senshi Haruka/Uranus, Michiru/Neptune e Setsuna/Pluto e as respectivas transformações e ataques com uma narrativa nova, com novos vilões e co-adjuvantes. Neste filme também são introduzidos alguns dos novos elementos da série de televisão Sailormoon SuperS, tais como a fase pré-adolescente romântica de Chibiusa e um ambiente algo delicodoce.
Mesmo tendo um maior equilíbrio que os filmes anteriores a história nova falha em ser pouco forte e motivada. É demasiado açúcarada e de um romantismo algo pueril, mas não tão emocionate, sofrida ou negra como seria de desejar. Infelizmente esta fase da série de televisão foi reescrita para um público mais novo que o que seguia a série e a manga desde o início (já se tinham passado cerca de três anos, desde então) o que desapontou um pouco. Na manga a história foi ficando progressivamente mais intensa, soturna e madura e o anime não seguiu esse crescimento, tal como este filme, surgido da série de TV.
Técnicamente é um filme sem mácula mas também sem impressionar. O character designer é o mesmo que entrou para a quarta série, que elevou considerávelmente os acabamentos e paleta de cores para um nível de qualidade correspondente à popularidade da série. Os técnicos cumprem as suas funções de um modo profissional e competente mas não vemos nenhum rasgo de criatividade ou originalidade em relação ao que fora feito anteriormente. A pequeníssima excepção é a arquitectura do início do filme, claramente mais europeia, quem sabe se alemã, inspirada no conto original, pois essa acção não se passa obrigatóriamente no Japão.
A banda-sonora é discreta e condizente com a acção, integrando muito o som das flautas com um toque de música clássica, sistema aliás já utilizado no filme anterior a partir da permissa das bailarinas. Este é um filme que se vê, mas com a caução para quem não goste de filmes muito cor-de-rosa, o que lhe vale é que não é muito longo, não se corre o risco de um enjoo demasiado forte.
Classificação: 5/10
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