A estreia da nova série de xxxHOLiC, xxxHOLiC ◆ Kei, fez com que retomasse esta série que apenas ficou pendurada por falta de disponibilidade para ver tanto anime.
Comparando com a manga, que entretanto estou a ler, esta série faz muitas alterações, com alguma falta de lógica. A primeira grande alteração, e talvez a única justificada, é a liagação com a outra história das CLAMP, que se desenvolve em paralelo, Tsubasa-RESERVoir CHRoNiCLE-. Mas como não gostei de Tsubasa, não me faz diferença. De qualquer modo, esta ausência deve-se essencialmente ao facto de as duas séries serem produzidas por estúdios diferentes e emitidas em canais diferentes de televisão: Bee Train e NHK para Tsubasa e Production I.G. e TBS para xxxHOLiC. Outra alteração grande é a ordem das histórias, que não tendo grande força na narrativa principal, não faz mossa, mas que em certos casos, onde se justifica por falta de coincidência de calendário, obriga a mudanças na história, como foi o caso dos episódios do Dia de S. Valentim e White Day. Por outro lado houve episódios onde se acrescentou perfeito disparate gratuito de anime, talvez apenas para encher... Tenho bastante pena dessas alterações pois assim perderam-se alguns detalhes bem divertidos da manga. A última grande alteração, nem sempre consensual entre os fãs, foi a cor do cabelo de Ame Warashi, a espírito da chuva, azul claro na manga, vermelho fogo no anime. Apesar de eu gostar mais do vermelho, não encontro nenhuma razão para essa mudança.
De resto é um anime bem interessante, com um aspecto de comédia fantástica, gótica e esotérica, escondento por trás sentimentos e noções filosóficas bem sérios interessantes. Muitos desses conceitos de destino e etc. já vêm de trás na obra das CLAMP, directamente inspirados pelo Budismo e Xintoísmo, e não são, de forma alguma gratuitos.
O guarda-roupa de Yuuko continua fabulosamente exótico, se bem que aquém das ilustrações da manga. Com o tempo até passei a achar graça à canção do genérico inicial, 19 Sai, mas a primeira canção do genérico final, Reason, nunca me convenceu. Por outro lado a segunda canção do genérico final, Kagerou, interpretada pelo grupo(?) BUCK-TICK, fez me lembrar, juntamente com a animação de Maru, Moro e Mokona, a maneira de cantar do brasileiro Sidney Magal.
Há alguma coisa no final da série que me fez confusão: o penúltimo episódio termina como se fosse o fim da série, dando a ideia de que Yuuko vai continuar a atender quem precisar dela e depois há um último episódio, encarado como um especial, em que conta uma história bem pessoal de Watanuki. Não vejo porque não foi integrado no meio do resto da série, apesar de nos dar alguns elementos do passado de Watanuki, elementos que já andavam implícitos no resto dos episódios.
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