Não fui cheia de expectativas, mas mesmo assim a conferência de ontem foi agradável e uma boa oportunidade de ter uma preview in loco dos filmes que irão ficar na boca de muita gente no próximo ano, pelo menos foi isso que aconteceu com os três do ano passado: Toki o Kakeru Shoujo, Paprika, Tekkonkinkreet. Os três filmes comerciais apresentados este ano pela professora Kei Suyama foram, Kappa no Coo to Natsuyasumi, Gake no Ue no Ponyo e Sky Crawlers. Do primeiro filme já tinha vislumbrado algures uma imagem e era um exemplo do uso da mitologia japonesa para fazer passar uma mensagem pedagógica, realizado por um dos realizadores do divertido e corrosivo Crayon Shin-chan. De Ponyo, que tem um ar ultra-kawaii, não vou falar muito porque é o filme que certamente mais cedo nos chegará às salas, mas com este último Miyazaki estou bastante entusiasmada, depois da desilusão de Howl. Mesmo assim, tudo o que vi e li acerca do filme até agora, me faz lembrar mesmo muito o livro A menina do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andersen, cuja história é bem semelhante. Sky Crawlers foi uma clara demonstração do uso do 3D em imagens de combate aéreo, e é o filme acerca do qual estou mais céptica. Céptica pois nunca gostei de um único filme de Mamoru Oshii, parece-me tudo um enorme show off e acho que o senhor não tem sentido de humor, mas a Sr.ª. Suyama disse que este filme é bastante diferente dos anteriores, a ver vamos.
De seguida falou mais um convidado, Taku Furukawa, que nos mostrou um fantástico e psicadélico filme dele dos anos 70, Coffee Break, um outro filme de um grupo de animadores "geriátricos", os G9+1, ao qual pertence, que era uma espécie de showreel do trabalho deles em que cada um animou 45 segundos ao som da versão electrónica de músicas tradicionais, que tinha segmentos muito interessantes. E, por fim, a selecção de filmes dos alunos finalistas do Curso de Animação da Universidade Tokyo Kogei, de que em geral gostei mais a nível da qualidade e técnica da animação que dos do ano passado. Eles são mesmo muito bons!
A Livraria Byblos mostrou que o auditório está extremamente bem equipado e, apesar da ausência de portas, que fez com que o choro lancinante de uma criança irrompesse pela sala a dada altura, é um exemplo a seguir. É uma pena que não tenha sido a mesma pessoa a desenhar a sala do Museu do Oriente, que infelizmente tem imensos problemas técnicos.
Gostava de notar, apesar de achar um pouco despropositado, a Goth-Loli que apareceu por lá, impecavelmente vestida de branco da cabeça aos pés! Isto era uma conferência, não uma convenção, mas ela estava muito bonita.
2 comentários:
Olá, gostei do teu artigo e acho interessante teres registado a experiencia ^^ sou a lolita que viste na convençao e gostaria de acentuar que a moda lolita, ao contrario do cosplay, nao se limita ao outfit para a reuniao ou convençao anual - é um estilo que requer mais esforço etc que algo mais casual mas ha ate quem vista todos os dias. Eu estava de ferias e vesti lolita no Sabado e na Segunda. Tambem visto lolita para ir ao cinema, passear, ir a encontros lolita ou o que se propuser! Queria apenas deixar esta nota ^^ continua a escrever!
Como é que te consegues manter tão impecavelmente branquinha?? o_O
Sei disso que dizes, mas não é definitivamente comum por cá :) Continua a vestir-te assim sempre que te apetecer, acho que fazes muito bem!
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