12.8.12

Comecei a Re-ver: Majokko Meg-chan

Já tinha tido uma falsa partida há tempos e o facto de ainda ter pendurada a Candy Candy fizeram com que só tivesse revisto, desta vez na versão original, 2 ou 3 episódios de Majokko Meg-chan (Bia, a Pequena Feiticeira). Mas, tal como foi para a Candy e para Glass Mask, esta é a altura certa, está-me a apetecer imenso rever a Meg-chan. Lembro-me bem da série, mas quero ver especialmente com o meu olhar de hoje, por onde já passaram imensos mahou shoujos.

Meg-chan dificilmente deixará de ser uma das minhas séries preferidas, logo o primeiro episódio dá o tom, Meg não é uma menina bonitinha, tal como mais tarde perceberemos que também Non não é propriamente uma vilã. O lado atrevido muito presente também torna esta numa série assaz invulgar, mesmo aos olhos de hoje. Mas ao contrário de muitas séries actuais, o fanservice quase sempre presente funciona como elemento de comédia e não parece forçado, apesar de muitas vezes ser exagerado.

Graficamente a série é um espanto. O character design e a animação têm um traço tão pessoal que é inevitável reparar neles e os cenários, muito evocativos de uma Europa mediterrânica do imaginário japonês, são deliciosos. Não há uma rua plana, há imensa cor, imenso verde e os telhados são sempre vermelhos. A casa da família Kanzaki (de Meg) parece uma casa dos Estrunfes e a de Non saída das páginas da revista de arquitectura mais vanguardista dos anos 60. Do mesmo modo o guarda-roupa das duas rivais é um tratado de moda anos 60-70, até nas cores escolhidas. Esta foi provavelmente uma das primeiras séries que introduziu o "código de cores" do mahou shoujo, em que Meg usa cores quentes e Non cores frias, que reflectem ambas as personalidades. Meg é mais menina (mas raramente vemos o excesso de cor-de-rosa actual) e Non mais elegante e madura. Ah, Non anda de mota! Basicamente Meg é divertida e kawaii e Non é uma tsundere  cool.

Os genéricos são ambos uma delícia, bem animados e representam bem a série. As músicas japonesas são completamente diferentes das que passaram cá. Como adoro o ♪Bie-aa, bie-e ba-be, bie-o ba-be-bi-bo♪, custou-me a adaptar-me a duas canções fortes mas com uma sonoridade muito mais anos 60. O certo é que a canção original, cantada pela mesma cantora de Cutie Honey (produzida na mesma época), entranhou-se e já não identifico a Meg-chan com a canção italiana/portuguesa.

魔女っこメグちゃん

DVD R

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