A minha maior crítica negativa é Mawaru Penguindrum ir progressivamente entrando cada vez mais num universo de conceitos metafóricos e surreais onde se perde o vínculo com a realidade e também com o espectador. É um fenómeno que também acontece em Kare-Kano (Kareshi Kanojo no Jijou), mas aí de forma bem mais atabalhoada. Em Penguindrum isso foi claramente planeado, mas talvez tenha sido feito de uma forma demasiado rebuscada. Pessoalmente prefiro uma abordagem mais directa ou mais clara. Talvez a tendência de haver cada vez mais diálogos nas séries de anime devesse mudar, grande parte da informação poderia ser transmitida visualmente, mas nisso Kunihiko Ikuhara exagera um bocado. Penguindrum, apesar de ser visualmente lindíssimo, com um character design delicado, de Lily Hoshino, uma paleta de cores apetecível, bom guarda-roupa, tem demasiada informação e é humanamente impossível apanhar tudo à primeira, principalmente para quem é estrangeiro e está a tentar concentrar-se no texto. Mas esse é um problema que à partida os japoneses não têm, mas tenho andado a achar os animes demasiado verbosos, principalmente quando tratam de assuntos mais profundos, e Penguindrum não é excepção.
Os (não) irmãos Takakura cumprem o seu destino, chegam ao fim da linha, literalmente, e o final é comovente. Reafirmo que Mawaru Penguindrum é uma excelente série, não para todos os gostos, mas excelente. A banda-sonora é de louvar e A-M-E-I as WH (Double H ou Triple H, se contarmos com Himari). Ninguém faz uns gifs animados dos banners delas do metro???
輪るピングドラム
Sem comentários:
Enviar um comentário