Por ser de Ikeda Riyoko, a autora de Versailles no Bara, este anime despertou-me a curiosidade.
Oniisama E... (Querido irmão...) circula no universo de um colégio ao estilo ocidental, melhor, no que os japoneses nos anos 70 achavam que era um colégio ao estilo ocidental, feminino. A protagonista, Misonoo Nanako, uma rapariga simples, ingénua e sensível, e na ilusão de que entrou para o colégio dos seus sonhos, é arrebatada para um universo cheio de intrigas, rivalidades, poder e mistério. Como estes elementos, aliados a um outro mistério na sua família, temos os ingredientes certos para muito (melo)drama ao melhor estilo japonês. Sim, porque apesar de a "paisagem" ser ocidentalizada, a nível de relações e emoções este anime não podia ser mais japonês!
A nível técnico, dentro da época que foi criado, é um anime excepcional, sem bem que um pouco coxo para os dias de hoje. O trabalho de arte e desenho de personagens é muitíssimo elaborado, a paleta de cores escura e contrastada, mas a animação abusa um pouco dos quadros parados ou repetições em situações de tensão, conflito ou êxtase. A música é como os vestidos delas: romântica, com imenso piano e os vestidos com muitos laços, flores e folhos.
Este anime é conhecido pelas conotações lésbicas entre as diversas raparigas. Ainda vou no início, já deu para perceber que algo de estranho se passa principalmente com as duas raparigas mais masculinas, Saint Juste e Kaoru no Kimi. Mesmo assim, como normalmente este tipo de relações em manga e anime shoujo costumam apenas ser implícitas ou platónicas, vou esperar para ver mais para depois me pronunciar.
Ah! Não falei do irmão do título (oniisama). Esse irmão, é um rapaz mais velho a quem Nanako pediu para escrever como se fosse seu irmão mais velho e pensa que não o é, mas é quase irmão dela, mas não é. Confuso? É mesmo para ser (por enquanto).
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