22.7.08

Ando a ver: Glass no Kamen (2005)

Já ando a ver esta série há bastante tempo, mas como os episódios (que são 50 ao todo) levam muuuuuito tempo a estar dispiníveis, tem sido um processo lento que de certeza não seria se acontecesse o contrário. Exactamente por causa disso há cerca de 6 meses que não via um episódio e, ao ver um hoje, tive aquela sensação: "Epa, já andava com saudades disto!"

Se eu devorei a primeira série (de 1984), esta série (de 2005) é igualmente devorável mas com diferenças. A qualidade da animação, character design, cenários, etc. melhorou com uma utilização inteligente das novas tecnologias. Maya está praticamente igual, mas Ayumi e algumas outras personagens foram devidamente actualizadas. Perde-se aquele sabor vintage, mas ganha-se em empatia, pois a história é mais forte que qualquer acessório.

Ao começar a ver este anime a primeira coisa que me marcou muito foram as canções dos genéricos e a banda-sonora. As canções, não sendo particularmente interessantes como músicas, são muito intensas e algo épicas, mas ao mesmo tempo sóbrias. Muitas vezes quando não aprecio ou acho cansativas as canções dos genéricos, salto-as, mas neste caso nunca o faço. A banda-sonora propriamente dita consiste principalmente de música electrónica ou de sintetizador, mas com melodias ambientais e mais clássicas. Isto dá-lhes uma força e ao mesmo tempo algum artificialismo que, por alguma razão estranha, encaixam lindamente nesta série e adicionam-lhe mais intensidade emocional.

E depois vem a história... que, claro, é a mesma da série anterior, mas talvez com alguma continuação (só quando chegar lá é que saberei), uma vez que a série de 1984 não abrangia de forma alguma a longuíssima e interminada manga de que ambas são adaptadas. A diferença na nova série é que, como tem mais episódios, as histórias individuais desenvolvem-se a um ritmo mais lento, mas também mais pormenorizado. Essa diferença na narrativa faz com que qualquer das personagens seja mais detalhada e se torne mais envolvente ainda.

Despojada quase na totalidade do estilo de drama exagerado à anos 80 da outra série, as duras penas de Maya continuam igualmente intensas, mas mais empáticas com o espectador. O maior realismo embutido nesta série faz com que aquela primeira estranheza, que se sente ao ver um dorama, com interpretações e realização muito exageradas dos anos 80, estejam ausentes e que se viva a história com maior verosimilhança, o que neste caso dá à série uma maior qualidade. É um bocado como quando uma canção é boa, independentemente das versões que dela são feitas, a melodia principal está sempre lá e até ganha com os diversos pontos de vista.

テレビ東京・あにてれ ガラスの仮面

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