24.7.08

Terminei de ver: Red Garden


Red Garden é definitivamente uma excelente série anime que passou discretamente despercebida. A sua produção é da melhor qualidade, cenários lindíssimos, 3D integrados de forma invisível, character design original e bonito, animação de muitíssimo boa qualidade e uma história muito boa e bem estruturada. De facto não há um único dos 22 episódios onde não aconteça algo de importante ou as raparigas não sofram algum tipo de evolução.

Apesar de ser um anime num contexto fantástico e de terror, existe uma grande procupação com as personagens, tendo todas elas uma caracterização meticulosamente detalhada, o que lhes dá espaço para mudanças de temperamento, amadurecimento, em suma, evolução. É interessante que todas as raparigas mudam: Rose torna-se menos infantil e mariquinhas, Claire menos agressiva e intolerante, Rachel menos fútil e insensível e Kate passa a ser menos passiva e conformada.

O final da série, ao contrário do que vem sucedendo demasiadas vezes com muitos anime recentes, não desilude e corresponde num crescimento emocional. Todas as explicações sobrenaturais para a situação e aventuras das 4+1 raparigas são plausíveis se bem que talvez um pouquinho insuficientes, mas algo tinha de ser deixado em aberto, não? Faltou saber exactamente como as maldições surgiram, mas são acontecimentos que ficaram esquecidos no passado. Pelo menos não ficam pontas soltas e a batalha final é suficientemente dura e bem coreografada para dar um bom clímax.

Gostando bastante das 3 canções dos genéricos (OP: "Jolly Jolly", ED1: "Rock the LM.C" e ED2: "OH MY JULIET."), a súbita aparição das raparigas a cantar canções melancólicas nos primeiros episódios é esquisita e artificial. É certo que faz alguma ligação entre os sentimentos de dúvida e confusão que as assaltam, mas faz pouco sentido num anime com uma caracterização geral para o realista. E as melodias, que como melodias de fundo até passam, como canções são demasiado melosas, não se integrando no ambiente funky e moderno nova-iorquino do resto do anime.

Aliás é de certa forma refrescante o cenário nova-iorquino, retratado de forma tão meticulosa, por oposição à grande maioria das séries que se passam num contexto mais nipónico ou às vezes europeu ou mediterrânico. É fácil conjugarmos este anime com as inúmeras séries e filmes americanos passados no mesmo contexto.

Ainda há uma pequena série de OAVs, Dead Girls, relacionada com este anime, espero conseguir vê-la também.

RED GARDEN

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