23.3.24

Ando a ver: Hana no Ko Lunlun


A meio da série, concretamente ao episódio 24, a flor-chave mágica de Lunlun leva um upgrade, passa de uma margarida simples, com cinco pétalas, para uma flor anónima tipo malmequer, cor-de-rosa e com mais pétalas. Os poderes também levam um upgrade, para além de transformar a roupa de Lunlun no que ela desejar, dá-lhe capacidades técnicas associadas ao traje escolhido. Com isto, Lunlun passa a encarnar mais profissões úteis, alpinista, piloto, etc., que na primeira metade da série. Mas o upgrade vem com um senão, tem um tempo útil relativamente curto e no talo tem uma bolinha que serve de interruptor e a avisa quando o tempo está prestes a esgotar-se.

Também foi mais ou menos a meio que Hana no Ko Lunlun começou a aborrecer-me. As histórias de cada episódio são sempre muito parecidas, alguém que é egoísta ou age de forma menos própria, cruza-se com Lunlun e redime-se com a ajuda dela. O arco de Lunlun pouco se tem desenvolvido, as histórias, para além de repetitivas, são pouco empolgantes, embora incluam actos empolgantes, como escalar uma montanha, andar num dirigível, ou encontrar um cientista louco. Togenishia e Yabouki são vilões muito fracos e, se objectivo deles é ficar com a flor arco-íris, muitas vezes as suas acções são mais prejudiciais à busca de Lunlun que o contrário. A eventual relação amorosa entre Lunlun e Serge, que aparece sempre no fim para ajudar, qual Tuxedo Kamen, também não desenvolve e só há um ou dois episódios em que ambos realmente convivem até agora. A única coisa interessante que fica são os locais visitados, a maioria reais, mas muitas vezes genéricos, estilo Sul de França, Zona dos Lagos, campo, etc., muito provavelmente para encher chouriços. Às vezes os locais existem, como o castelo Neuschwanstein, na Alemanha, mas não são identificados como tal, para fins narrativos. No caso de Neuschwanstein, a história passa-se dentro do castelo, que é habitado pelas pessoas que interagem com Lunlun no episódio. Nos anos 70 acho que o castelo já não era habitado, não tenho a certeza se já era um museu visitável, como actualmente. Outra coisa interessante que ficou são as flores e os seus significados no final de cada episódio. 

Tenho registado numa folha Excel cada localidade e flor, por episódio, o que me tem levado a pesquisas engraçadas, por vezes morosas, pelas internetes, a maioria das vezes na Wikipedia, mas também no Google Maps e muitos sites de botânica, para saber o respectivo nome em português. Como seria de prever, muitas flores são mais nativas da Ásia que da Europa (onde se passa a série até agora - acho que vamos ter o Norte de África, pelos títulos) e por vezes tem flores que nem sequer existem na Europa. Mas a maioria cresce na Europa, mesmo que não seja autóctone. Muitas têm nome português porque crescem nas ilhas dos Açores ou Madeira.

Já só me faltam cerca de 15 episódios para terminar e ando a ver 2 de cada vez ao fim de semana para despachar o assunto. Apesar de Lunlun introduzir vários elementos-chave do mahou shoujo, o item que transforma o aspecto, a viagem por uma Europa mais ou menos romântica, não é uma das melhores séries anime de mahou shoujo, o que é uma pena, pois o character design e a produção artística em geral é bastante boa. Mas falo um pouco mais disso no meu post final.




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