23.11.10

Terminei de ver: Blood +


Que percurso incrível o de Saya! Saya, aquela rapariguinha despreocupada cuja satisfação era enfardar uma boa refeição ou estar com a família, mal se reconhece no final da série! Mas, ao contrário do habitual, o final é muito satisfatório, remata bem a história e aquela rapariguinha de Okinawa ainda existe dentro de Saya, provocando uma reviravolta muito interessante no final.

Não quero fazer spoilers, não vou contar nada de como Blood + acaba, mas, como já disse num post anterior, é uma série emocionante do princípio ao fim, com personagens muito interessantes e credíveis, sem um único tempo morto, sem momentos de "encher chouriços" e que se mantém consistentemente empolgante e interessante até no final, onde por vezes as coisas descambam...

Adorei Blood +, uma série que me surpreendeu muitíssimo, RECOMENDO!!

BLOOD+(ブラッドプラス)
BLOOD+ (ブラッドプラス) 予告編ライブラリー

Animax

21.11.10

Terminei de ver: Inu Yasha + Inuyasha: Tenka Hadou no Ken


Finalmente terminei de ver Inu Yasha. No geral foi uma desilusão. Tendo seguido a carreira de Rumiko Takahashi desde que me interessei mais profundamente pelo anime e manga, li grande parte de Ranma ½ e Urusei Yatsura e passei os olhos pelo Rumic World e Maison Ikkoku. Digamos que não me faltam termos de comparação.

A minha série favorita de Rumiko Takahashi é a mais controversa para o público ocidental: Urusei Yatsura. Não consigo compreender porquê, mas o humor japonês, algo pueril e atrevido, é mal compreendido entre o público ocidental e raramente as séries cómicas são verdadeiramente populares. O que adoro em Urusei Yatsura é a constante sucessão de disparates, o absurdo de uma extraterrestre, Lum, descolada da cultura popular japonesa (oni=demónio popular japonês) "invadir" a Terra e acabar por apenas "invadir" a vida e a casa de Ataru Moroboshi, o surrealismo aliado à via dia-a-dia de adolescentes japoneses, onde se aprende imenso acerca da cultura popular japonesa. O que gosto em Ranma ½ é, mais uma vez, o humor pueril, o absurdo de personagens que se transformam com água fria/água quente, o dia-a-dia num bairro comum japonês.

Inu Yasha tentou integrar isso, na vida de Kagome, no seu esforço em estudar apesar de passar 3/4 da série no passado, mas ao separar os dois universos, o normal do sobrenatural/passado por um portal (o poço) e de condicionar o seu uso a apenas duas personagens, também condiciona o humor desbragado que era uma das qualidades fortes de ambas as séries que mencionei acima. Para além disso o facto de a série se prolongar/de esticar/fazer render o peixe (escolher uma das hipóteses anteriores) e, como consequência, ter imensos fillers, tudo isto torna Inu Yasha uma série com bom potencial mas bastante chata e repetitiva. Existe mais um outro problema: a série anime (para TV) não termina onde a narrativa termina, esse final ainda não tinha sido escrito na manga à data da produção. Portanto, estamos 200 e muitos episódios à espera que Inu Yasha, Kagome, Sango, Miroku e Shippo reúnam os pedaços da Esfera dos Quatro Espíritos e derrotem Naraku mas não passamos da cepa torta.

Resumindo, Inu Yasha é uma série demasiado longa, que se pode ver mais ou menos sem ser por ordem, pois a resolução da história é ainda mais adiada do que a de qualquer telenovela venezuelana! É secante!

Mas gostei de alguns episódios, gostei da premissa e das motivações principais, só gostava de ter tido algum tipo de resolução.


Inuyasha: Tenka Hadou no Ken

Inuyasha: Tenka Hadou no Ken é o 3º filme de Inu Yasha mas não passa mais do que um episódio aleatório da série onde se foca mais nas origens de Inu Yasha, do seu pai e da sua mãe. De resto poderia ser perfeitamente um conjunto de dois ou três episódios da série. Não se nota grande sofisticação de argumento, técnica de animação, efeitos especiais ou outros que justifiquem um provável orçamento alargado. Em suma é um filme fraco, que necessita a contextualização na série mas que também não adianta grande coisa à mesma.

É com muita pena que, chegando ao final digo isto de Inu Yasha, desde o início que sempre gostei da série, mas a sua não-resolução é desapontante.

13.11.10

Comecei a ver: Super GALS! Kotobuki Ran

Opa... finalmente uma série de anime menos séria e mais ao meu estilo! Ultimamente tenho andado a dar conta de séries que queria e tinha de ver, mas cujos motivos que me levavam a vê-las não são os grandes motivos que, em geral, me levam a ver anime. É complicado explicar isto, não que umas séries sejam, a meu ver, melhores que outras ou porque são mais sérias ou porque são mais coloridas, mas há determinadas séries, e em geral não preciso de ver muitos episódios para me aperceber disso, que me enchem mais as medidas e fazem clique naquele sítio do meu cérebro que responde com um: "ah sim, isto é anime!"

Esta é uma série levezinha, que mostra o dia-a-dia de um pequeno grupo de adolescentes, que seguem e se vestem no estilo gal, mostram as suas ambições, sonhos e princípios. Na época em que a manga foi criada, as gals estavam na berra, foi a sua época áurea. Ainda existem bastantes gals em Tóquio, elas não desapareceram, mas em finais dos anos 90 eram o último grito na cidade. O anime levou algum tempo a ser produzido, no início dos anos 2000, o que é demonstrado numa qualidade técnica superior à dos anos 90.

Ao longo destes cerca de 10 anos, tenho me vindo a aperceber que as gals, apesar da sua aparência muito feminina e até muito sexy, de grandes decotes, saltos muito altos, roupas justas e mini saias que mais parecem cintos, elas são no fundo marias-rapaz. Kotobuki Ran é com certeza uma maria-rapaz! Cresceu numa família de gerações de polícias e é, digamos, a primeira a não querer seguir a profissão. Digamos, porque Ran é mandona e teimosa e segue com honra uma série de princípios éticos, como, por exemplo, não se vender para ter dinheiro para comprar o seu bric-a-brac de gal.

O que nos leva ao seu irmão que está destacado para o kouban (posto de polícia) de onde? Shibuya! O bairro quartel-general das gals. A sua melhor amiga, Miyu, é mais doce e simpática e traz sempre mimos ao irmão de Ran, por quem é apaixonada. Aya, o terceiro elemento do trio, é a primeira "vítima" da justiceira Ran.

Super GALS! Kotobuki Ran é divertida, alegre, tem roupas giras, situações cómicas e naturalmente, ou não fosse este um shoujo, uma ponta de romance e amores cruzados. A música é bem animada e não é de todo desagradável, os episódios seguem num ritmo acelerado, intercalado por informação escrita no ecrã, que quebra a parede invisível entre ficção e o espectador. É, no mínimo, uma boa desculpa para "passear" em Shibuya e conhecer um bocadinho melhor umas das grandes tribos de street fashion de Tóquio.


超GALS!寿蘭

Animax

12.11.10

Ando a ver: Blood +


Blood + é definitivamente uma série de excelente qualidade! Já estou a chegar ao final da série e nem um único episódio de fillers ou recaps, mesmo os episódios mais "calmos" têm conteúdo e são interessantes de ver, já para não falar que fazem falta para descomprimir dos episódios mais agitados e, naturalmente, fazer avançar, mesmo que mais lentamente, a história.

Gosto muito de como nenhuma personagem é plana, todas têm evoluído de forma bem interessante, e há inclusive "trocas de lado" por parte de personagens chave na narrativa. Nomeadamente Julia, a dedicada cientista que apoiava a organização Red Shield e Saya, que passa a trabalhar para a Cinq Flèches rival, em prol de poder avançar com as pesquisas acerca dos quirópteros, e Solomon, o Chevalier de Diva que, apaixonado por Saya, abandona os "irmãos" de sangue, mesmo colocando em causa a sua própria existência.

A partir de mais ou menos metade existe um hiato de tempo em que Saya e Kai amadurecem consideravelmente. Saya passa de alegre e despreocupada a sombria e grave e Kai torna-se num homem interessante. Por esta altura já sabemos a origem de Saya e Diva e dos quirópteros, nem tudo está explicado, mas o essencial já sabemos, e a temática passa de familiar a bastante mais política. Descobrimos que nada é definitivo o que nos deixa coisas suficientemente em aberto para não ser possível/provável um final previsível. Uma grande qualidade! Também nos introduz um novo grupo de personagens, os Schiff, que parecendo à primeira gratuita essa introdução, acaba por fazer sentido no geral.

Tenho de mencionar novamente os genéricos. Há um esforço de não colar a estética dos genéricos à da série, trazendo outros desenhadores para os conceber. Portanto, introduzindo ou fechando cada episódio e fase da história, temos pequenos clips musicais que podem funcionar de forma mais ou menos independente. Não podia deixar de fazer notar que ambos os 2ºs genéricos (inicial e final) são cantados pelas minhas duas vozes japonesas preferidas, independentemente de gostar ou não do estilo das músicas que cantam: Hyde, vocalista dos L'Arc~En~Ciel e Mika Nakashima, que interpretou Nana Ozaki no filme live-action NANA e NANA 2.

Estando agora na recta final da série, estou naquela fase de ansiedade de querer ver como tudo irá terminar, até porque introduziram novos factores que me deixaram bastante intrigada. A mim e provavelmente a todos os que seguiram esta série. Até agora Blood + tem sido uma surpresa bem agradável, e é uma série que merecia maior destaque pelos fãs ocidentais. No Japão foi um sucesso, mas pelo menos cá em Portugal, toda a gente pode saber mais ou menos que Saya é a adolescente caçadora de quirópteros, mas o que Blood + acrescenta é que é mais, muito mais que isso.

BLOOD+(ブラッドプラス)
BLOOD+ (ブラッドプラス) 予告編ライブラリー

Animax
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