29.10.06

Terminei de ver: Jigoku Shoujo

Finalmente acabei de ver esta série. Sem surpresas, as histórias individuais de cada episódio mantiveram-se iguais, para a narrativa se precipitar numa conclusão nos últimos 5. Em cinco episódios é nos mostrado o porquê da existência da Jigoku Shoujo, tudo o que provocou e realmente havia uma ligação forte entre Shibata e Tsugumi e Enma Ai, mas o final fica algo inconclusivo, talvez porque já estivesse na mira uma segunda série, que entretanto já estreou.

No geral gostei da série, apesar de ser muito repetitiva. A ambiência sinistra e soturna, muito bem suportada pela banda-sonora e pelos gráficos ajudaram bastante a que se visse a série na quase totalidade sem enjoar muito. No geral as histórias individuais eram convincentes, nem que seja na inutilidade da vingança. De qualquer modo preferia que ao longo da série tivessem sido dadas mais dicas acerca do passado de Ai e da sua ligação a Tsugumi, mesmo que de modo subtil e sem chamar a atenção. Na conclusão achei que faltava alguma densidade à personagem de Ai para se querer vingar, tantos séculos depois, depois de um longo esquecimento, com tanto ódio. Para haver sentimentos fortes, tem de haver uma motivação forte, senão não convence.

Como vem aí mais, vamos lá ver se a segunda série preenche os vazios e complementa bem a primeira.

地獄少女

Ando a ver: NANA

25 episódios, metade da série, genéricos novos. Gosto mais desta abertura, conta mais a história e está mais próxima dos gráficos de Ai Yazawa. Mesmo assim acho que, na tentativa de dar um tom realista a NANA, a direcção artística, se bem que muito boa, descola-se das cores fortes e das superfícies lisas ou com padrões da manga. Dado que aparentemente Anna Tsuchiya anda demasiado ocupada com o lançamento de um album, ou semelhante, agora Olivia canta ambas as canções. Também prefiro esta canção, a música de Olivia é algo gótica mas interessante, ao passo que há algo na música, ou na voz, de Anna Tsuchiya que não me convence.

A história já ultrapassou a linha narrativa do filme e, como ainda não li a manga, tudo daqui para a frente é (mais ou menos) surpresa. A história de Hachi adensou-se, ela começa a ser confrontada com a própria futilidade e facilidade com que se entrega ao primeiro que aparece. Nana e grande parte dos outros andam preocupados com ela, mas seguem as suas vidas com o próximo grande concerto que deverá ser decisivo na carreira dos Blast. Para isso Misato (não eu ;) ) voltou a aparecer e o resto... virá.

NANA ーナナー

13.10.06

CINE-ASIA: Tenkuu no Shiro Laputa



Japão, 1986, 124min

Página Oficial - Trailer - Fotos

O CASTELO DO CÉU LAPUTA
Sinopse: Sheeta cai misteriosamente do céu literalmente para os braços de Pazu, que vive e trabalha numa pequena cidade nas montanhas. Este encontro leva ambos a uma série de aventuras provocadas pela perseguição de piratas do ar e do exército a Sheeta, que acabam numa busca pela identidade dela e pelo misterioso castelo no céu, Laputa.

Crítica: Mais um filme onde Hayao Miyazaki expressa a sua profunda paixão por máquinas voadoras, desta vez a quase totalidade do filme se passa com os pés muito pouco assentes na terra. É um filme com uma permissa simples, todas as personagens buscam no castelo Laputa um sonho, uma utopia. Sheeta busca a sua identidade, Pazu concretizar o sonho do pai e aprender com a tecnologia, os piratas tesouros e o exército, na personagem de Muska, o poder. A dada altura todos encontram o que buscam, mas nem todos são bem sucedidos e simplesmente os maus são castigados e os bons recompensados, mas não sem algum sacrifício ou a destruição do próprio sonho.

Com um enredo mais político mas ao mesmo tempo mais simples que Nausicaä, Laputa é um filme um tanto desequilibrado, balançando entre peripécias que se arrastam e climaxes imponentes. Mas se algumas partes se prolongam, tudo é compensado com a chegada ao fantástico castelo no céu. Toda a paisagem é lindíssima, a concepção arquitectónica do castelo de uma decadência romântica e é aí que o filme verdadeiramente começa a cativar com a resolução, pouco a pouco, de todos os mistérios.

Também é na fase do castelo que verdadeiramente vemos a mensagem ecológica de Miyazaki em acção, num castelo de uma civilização tecnológicamente avançada mas que, à semelhança de Macchu Picchu (onde muita da paisagem se inspira) ou das cidades dos Maias, foi misteriosamente abandonado. Como tal a natureza tomou conta do lugar indiscriminadamente até tornando o único robô que resta em actividade numa espécie de delicado protector da natureza, ao contrário do seu aspecto beligerante. Neste robô encontro uma outra referência a um importantíssimo filme de animação francês, “Le Roi et L’Oiseau”, de 1980, onde um robô semelhante, delicadamente abre a gaiola de um minúsculo passarinho.

Se prestarmos atenção, a grande maioria dos filmes de Miyazaki são conduzidos por uma protagonista forte (Nausicaä, Kiki, Chihiro, etc.). Neste filme temos uma personagem masculina em pé de igualdade, Pazu. Em muitos aspectos acho-o muito semelhante a Conan (da famosa série de TV “Mirai Shounen Conan” – “Conan, o rapaz do futuro”), na determinação, no engenho e em vários aspectos físicos, a começar pela fisionomia e a terminar nalguma agilidade fora do comum.

Na direcção artística vemos aqui uma confirmação do rumo já anteriormente traçado de paisagens idílicas onde a natureza domina, onde o céu é muito azul e o verde muito verde. A característica mais marcante e invulgar sendo que as poucas paisagens terrestres são extremamente acidentadas, paisagens agrestes onde difícilmente o homem e a sua tecnologia destroem sem critério (mais uma referência a Macchu Picchu). O culminar da beleza desta paisagem é o castelo que lembra certas representações, da pintura do periodo romântico europeu, de um certo Olimpo utópico.

A animação é, como sempre, intocável, abusando, no bom sentido, de cenas aéreas em céus nublados. A banda-sonora é, como sempre, de Joe Hisaishi mas ainda bastante discreta e sem um tema marcante. É um filme espectacular em termos visuais e detalhe, com talvez alguma ressalva para a narrativa ligeiramente desequilibrada.

Classificação: 7/10

6.10.06

1 ano de anime-comic

Já me ia esquecendo, sou um bocado distraída com certas comemorações, mas a verdade é que dia 8 este blog já faz um ano.

Para comemorar fiz um título para o blog em imagem, coisa que já andava para fazer há que tempos. O título só em texto nunca me deixou 100% satisfeita, mais ainda tendo o blog o nome que tem.

Recentemente houve alguns intervalos no visionamento de anime, muito devido à ausência de episódios novos de algumas das séries que ando a ver: Jigoku Shoujo, xxxHOLiC e, em parte, NANA. Mas o intervalo terminou, ando a ver mais novas séries como Le Chevalier D'Eon, continuo a ver, mais devagarinho, Daddy Longlegs, Ashita no Nadja, Hiatari Ryoukou, Utena, Candy Candy e muitas outras, portanto os posts mais frequentes voltarão.
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