14.9.23

Terminei de ver: Michiko to Hatchin


Custou, mas foi! Comecei a ver Michiko to Hatchin em 2008, mas interrompi cerca do 8° episódio. Algures durante a pandemia tentei retomar, mas acho que não vi mais que um episódio. Desta vez, nesta tentativa de voltar a ver anime com regularidade, fiz o mesmo que com Sailor Moon Crystal, recomecei do primeiro episódio. 

Tudo o que escrevi no post quando comecei a ver ainda é válido. Michiko to Hatchin é super bem produzido, tem uns gráficos muito bonitos, um character design muito bom, é muito bem animado, tem sequências de acção memoráveis e uma banda sonora meio jazzy, meio bossa nova excelente. E ainda ganha pontos na originalidade de ir buscar um universo inspirado no Brasil, tanto na paisagem como nas personagens, o que torna esta série única no panorama dos animes em geral. Mas, apesar das personagens bem desenvolvidas, com muito sumo e personalidade, cuja história vai sendo contada ao longo da série, a narrativa principal é um bocado confusa e bastante fraca.

O objectivo é Michiko levar Hatchin a Hiroshi Morenos, o pai de Hatchin e antiga paixão de Michiko, supostamente dado como morto antes de Hatchin nascer. Mas as semelhanças entre pai e filha são mais que evidentes e o instinto de Michiko diz-lhe que Hiroshi está vivo, mas fugitivo. Elas próprias fugitivas, do passado e do presente, numa rede de polícias bandidos e agentes duplos, vão sofrendo vários revezes para cumprir o objectivo.
Parece tudo muito simples e directo, excepto que em quase todos os episódios a série perde-se no estilo e acrescenta peripécias que vão se tornando repetitivas e que adiantam pouco à história. Só nos ultimos episódios, quando Hatchin resolve usar a sua agência e esperteza para encontrar Hiroshi, não para encontrar um pai desaparecido, mas porque Michiko ainda gosta muito dele, é que a história finalmente avança para chegar ao final.
O final fecha todas as narrativas em aberto, todas as questões do passado são resolvidas, mesmo que Michiko tenha de deixar Hatchin nas mãos do impassivo Hiroshi.
No último episódio há uma elipse onde vemos uma Hatchin mais velha, mais resolvida, que teve de desenrascar-se sozinha, pois Hiroshi, como pai, apenas o foi no sentido biológico. Hatchin finalmente reencontra Michiko e, juntamente com o seu filho bebé, seguem os três em direcção ao pôr do sol na fabulosa mota.

Piaggio MP5 "Paperino"

Falando em mota, a mota de Michiko não é uma Vespa, mas tem grande inspiração no protótipo da Vespa, a Piaggio Paperino. Até o logótipo tem o mesmo tipo de letra cursiva e a cor é igual! Como pessoa louca por Vespas, naturalmente apaixonei-me por esta mota!

Mesmo um pouco desiludida com a narrativa, Michiko to Hatchin é um regalo para os olhos e ouvidos! Não é o melhor que saiu da Manglobe, mas vale a pena ver na mesma.




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