29.6.08

Comecei a ver: Red Garden


Red Garden - (OP) Jolly Jolly, Jill-Decoy association

Nunca tinha ouvido falar neste anime, nem sequer rumores, deparei com ele numa navegação pelas cadeias de televisão/produtoras japonesas e o que me despertou a atenção foi a arte gráfica com muito bom aspecto.

Pois definitivamente a direcção artística deste anime é fa-bu-lo-sa! O genérico (que se pode ver em cima) é brutal, o character design é muito interessante, o trabalho 3D excelente e a história promete.

A acção passa-se em Nova Iorque, e é sobre cinco raparigas, Kate, Rachel, Rose, Clair e Lisa, todas elas mortas, mas apenas Lise não é uma morta-viva. Não sei se poderei utilizar este termo para as descrever, mas à falta de outra descrição para quatro raparigas que parecem vivas mas que lhes dizem que morreram, para já fica esta. Cada uma delas corresponde a um tipo maniqueísta de aluna de um colégio americano: a membro da elite do colégio, a rebelde descarada cheia de amigos, a geek tímida e discreta e a rebelde punk. O colégio é chique, elitista e com o seu conjunto de regras internas. E depois há as paisagens de Nova Iorque, tratadas de uma forma muito interessante.

Só espero que este anime não desiluda, para já estou entusiasmada!

RED GARDEN

28.6.08

Card Captor Sakura, the Movie

Yep, o Canal Panda passou o 1º filme de Card Captor Sakura, mas feliz ou infelizmente estava em espanhol. Felizmente porque, do pouquinho que vi a dobragem não estava nada má, a voz da Sakura é bastante parecida com o original e os nomes das cartas mantinham-se no original, em engrish. Infelizmente porque, como já tinha visto o filme, acabei por não o ver, exactamente por estar dobrado numa língua que não é nem o original japonês ou a minha língua, o português.

O filme de Sakura é bem engraçado, leva as personagens para fora do bairro de Tomoeda e do seu quotidiano e clarifica algumas questões da descendência de Shaoran de Clow Reed. Portanto, para quem viu a série já valeu a pena. Mas não é só, por ser um filme a produção é mais rica e melhor, figurinos totalmente novos, desenhados pelas CLAMP e as paisagens de Hong Kong impressionantes e muitíssimo bem elaboradas, de forma que até dá vontade de lá ir e descobrir esses locais. E claro tudo o mais que um filme de anime normalmente oferece.

Só tem um senão, quem não está totalmente familiarizado com o universo de Sakura e dos seus amigos e familiares pode achar um filme bonitinho e interessante, mas não apanhar as subtilezas da informação previamente fornecida pela série de televisão.

23.6.08

Comecei a ver: Ace o Nerae!

Como planeado, agora comecei a ver a primeira série anime de Ace o Nerae! (Jenny).

Já estava preparada para um anime envolvente e, mesmo estando no início, já gosto muito desta série.

A primeira coisa que me saltou à vista foi todo o grafismo. Os fundos são estilo aguarela, e tudo o que não é importante em cena é estilizado ao mínimo de linhas. É um estilo gráfico muito anos 70, e mais universal que o típico estilo anime dos anos 70. Em certos aspectos faz lembrar a ilustração europeia da época, com uma forte influência da Arte Nova ou mesmo das Ukiyo-e (gravuras japonesas). A paleta de cores é muito bem estudada, abusando dos pores-do-sol e contrastes fortes. Dentro destas premissas, os figurantes costumam ser silhuetas cinza apenas com contorno, ao longe os ténis (ou outros objectos mais pequenos) perdem os detalhes e "fundem-se" com as meias, os movimentos rápidos são resolvidos com linhas fortes que cortam a silhueta das raparigas, e o impacto das bolas é destacado com "explosões" de cor ou pinturas paradas (estilo esse da responsabilidade de Osamu Dezaki, realizador desta série e também de Versailles no Bara e Oniisama E...).

A música é muito ao estilo anime shoujo anos 70, dá-nos uma sensação agradável de nostalgia e as canções não chateiam, reforçam a motivação de Hiromi.

Por fim, a história é mais uma vez a luta incansável da protagonista, Hiromi, para ultrapassar os seus limites, contra todas as aparências. Há gente ressabiada, adversárias duras, mas vilões-vilões não existem. Mais adiante espera-se uma história de redenção e crescimento, para reforçar as qualidades de Hiromi. Este tipo de narrativa, mesmo não sendo novidade, faz muito a noção clássica da narrativa de anime, de um herói/heroína comum mas com uma força de vontade acima da média que o faz ultrapassar todos os limites possíveis, mas tudo dentro de critérios plausíveis num universo real, mesmo que a encenação seja muitas vezes exacerbadamente dramática, assim como o penteado de Ochoufujin.

エースをねらえ!

Ando a ver: Minky Momo: Yume wo Dakishimete

Apesar das aparências, há grandes diferenças entre esta série e a primeira:
A Momo, propriamente dita, tem algumas alterações no vestuário (corações em vez de estrelas, etc.) e o character design é parecido mas esquisito (falta qualquer coisa). Nas transformações é que se nota mais a diferença, principalmente no tratamento dado ao cabelo, que é mais realista e tem menos aquele ar de balão insuflável que tinha na primeira série.
Os animais de Momo são mais coloridos e, na minha opinião, mais feios.
Os pais, sejam da Terra ou do reino mágico (Marinarsa) também são parecidos mas diferentes. O rei de Marinarsa tem peixinhos em vez de flores na coroa e o cabelo da rainha parece uma onda. Na Terra, a mãe de Momo tem o cabelo mais alaranjado e reluzente, só o pai está mais parecido.

No geral o character design tem mais linhas, é menos arredondado e a paleta de cores mais limitada que na primeira série. Mas não é apenas o character design que é diferente, as histórias têm aventuras mais descabidas e menos plausíveis, e esta Momo é muito violenta! Já não é a primeira vez que a vejo a usar armas de fogo, mas o episódio do Oeste (Dodge City, ep. 23) abusa, até com uma metralhadora automática gigante ela combateu os pistoleiros... Compreendo o contexto, e não costumo ser muito sensível à violência em desenhos animados, mas nesta série, certas opções parecem-me descabidas e totalmente fora do contexto geral!

Não me lembro de a primeira série ser assim!

魔法のプリンセス ミンキーモモ -夢を抱きしめて-

20.6.08

Hakuchou no Mizuumi

As meninas da Animania Antiga relembraram-me que nunca tinha visto o filme do Lago dos Cisnes. É verdade, nos anos 90 estava disponível nos clubes de vídeo, mas o meu era tão manhoso que tinham a caixa mas não tinham a cassete ;__; Bem, agora finalmente vi o filme.

Esta produção podia ser uma adaptação de um conto de fadas da Disney em versão japonesa da Toei, com o estilo típico da Toei. O filme não é tão espectacular como os da Disney (principalmente os posteriores a este, que é de 1981) mas é competente e bem feito. Ao contrário das séries de TV, não há economia de meios nem de animação, sendo ela fluida, bem feita e com uso reduzido de ciclos ou acetatos repetidos. Os cenários são impressionantes, principalmente os interiores e a música de Tchaikovsky é omnipresente com a adição de umas adaptações dos temas para canção.

Sendo uma típica produção da Toei, temos dois esquilos que funcionam como um prolongamento do espectador, manifestando o que sentimos mas igualmente impotentes perante os acontecimentos. Quase. Claro que há alterações ao libretto original, a história é suavizada para crianças, não menosprezando uma dose de aventura. A grande diferença está nos vilões. Apesar de Rothbart ser um feiticeiro poderoso, a sua filha Odile é que maquina e coloca em acção os planos para ajudar o pai, um palerma apaixonado, a ficar com Odete e, por consequência, Odile ficar com o Príncipe Siegfried, apenas por capricho. Claro que tem um final feliz... nem precisa de ser dito.

Como curiosidade, Igarashi Yumiko, a autora de Candy Candy e Lady Georgie (Joaninha), é assistente neste filme (de quê não sei), mas sendo a produtora a mesma (de Candy) e o filme ter sido feito pouco tempo depois de Candy, parece-me aceitável.
Colocando de lado todos os preconceitos sobre um filme romântico infantil, este filme é agradável, definitivamente romântico e vê-se lindamente, sem um momento de aborrecimento.

Não existe site oficial, fica aqui o link da ANN:
Swan Lake (movie)

16.6.08

Genji Monogatari

O romance de Genji é considerado o primeiro romance da história da humanidade. Escrito no séc.XI, por uma cortesã, Murasaki Shikibu, foi um livro escrito ao longo de muito tempo em que ela conta, em estilo novela, as aventuras e desventuras amorosas do Príncipe Resplandecente Genji. Recentemente este livro foi traduzido para português (em duas edições) e eu comecei a ler a da editora Êxodus, traduzido, de quatro versões em inglês e espanhol, por Lígia Malheiro. Ainda mal comecei a ler e o livro para além de ter dois volumes é um calhamaço, portanto ver o filme apenas serve para me situar visualmente num universo cujas referências são muito poucas.

A primeira impressão é que, sendo o livro tão longo e estruturado em capítulos mais ou menos independentes, uma adaptação para um filme de cerca de hora e meia há de deixar sempre muita coisa de lado. A meu ver o mais prático seria fazer uma série, mas será que os japoneses querem ser mais uma vez bombardeados com o Genji? E será que, numa época em que séries deste tipo não têm mais que 13 ou 26 episódios, uma série de televisão aguentava mais que 40 ou 50 episódios? É pouco provável, portanto tenho de me contentar com o filme.

À partida o filme não surpreende. Para a época em que foi produzido (1987) até é muito bem feito. É visualmente correcto e rico, o character design está algures entre as ilustrações antigas, o Ukiyo-e e o grafismo mais clássico do anime, a paleta de cores é elegante e adequada à época, portanto satisfaz naquilo que eu buscava, uma referência visual. O ritmo, como também seria de esperar, é lento. A animação é também fluida, com boa qualidade e alguns efeitos interessantes. A música é um excercício interessante de música electrónica com muitos sons tradicionais, ou vice-versa. Não é impressionante mas sublinha bem o filme.

A história já não entusiasma... Como ainda não posso comparar com o livro, apenas dá para perceber que 'tentaram enfiar o Rossio na R. da Betesga' e não conseguiram. A história dá grandes saltos temporais (alguns também existem no livro, mas não tão espaçados), não existem grandes picos emocionais, é apenas uma sucessão dos episódios mais importantes na vida de Genji, antes de partir para o exílio. Até parece que assumem, da parte do espectador, um conhecimento prévio da obra. O delírio final, à la 2001: Odisseia no Espaço é que não vem nada a propósito. Há uma mudança radical de estilo tanto da narrativa (que adquire um lado mais fantasmagórico) como visual, onde tudo deixa de fazer sentido. Como muitas adaptações do género, tentaram deixar as coisas em aberto, mas a solução não foi nada feliz.

Ver este filme esclareceu alguns aspectos da cultura japonesa que muitas vezes transparecem no anime, em concreto Oniisama E... que acabei de ver recentemente. Em Oniisama E... muitas das alunas mais veneradas são chamadas com o sufixo -no kimi, era o modo como as pessoas se tratavam na época de Genji em vez do -sama, -san, etc. dos dias de hoje. O que me leva a outra imagem de Oniisama E... em que Nanako muitas vezes visualiza Kaoru-no kimi como o Príncipe Genji. As minhas afirmações do gosto das japonesas por homens belos e refinados são aqui todas confirmadas, o Príncipe ideal para as japonesas é o Hikaru no Ouji Genji, ou seja o Príncipe Resplandecente Genji, cujas actividades principais eram embelezar-se e conquistar mulheres. Depois há as sakura, as momiji, as hina, etc. etc. etc.

Não existe um site oficial, mas deixo aqui alguns links que encontrei sobre o filme e o livro:
Murasaki Shikibu Genji Monogatari (ANN)
紫式部 源氏物語
Murasaki Shikibu: Japan's First Novelist
The Picture Scroll of the Tale of Genji

9.6.08

Terminei de ver: Oniisama E...

Tudo me levava a crer que este anime era dos anos 80: o estilo de grafismo, o tipo de animação, o character design, as roupas, o modo como as personagens são compostas e a história se desenrola, mas afinal não, é de 1991! Foi um CD que me fez duvidar ;)

Aparentemente eu tinha razão no meu post anterior, Oniisama E... não é um anime de lésbicas. São simplesmente toneladas de egoísmo, meninas mimadas e falta de maturidade.

Este anime pode ser dividido em três partes: a primeira onde se apresentam as personagens e onde se mostra toda a teia de intriga existente no colégio de Seiran. A segunda onde as mesmas intrigas são instigadas até chegarem a um ponto que despoleta uma injustiça, que leva a uma revolução interna. Uma tragédia, que atinge as personagens principais deste anime, traz uma reviravolta gigantesca que muda radicalmente o rumo da história. Na terceira parte as personagens amadurecem, resolvem as paixões imaturas, que as levavam a actos de loucura, e todo o tom de melodrama exagerado é moderado para Oniisama E... se tornar num anime de drama mais plausível ou realista.

No fim das contas este é mais um anime onde temos uma clássica história de amadurecimento e redenção à japonesa, tal como nos anime mais antigos. Nada mais.

Mesmo assim é um anime digno de ver e uma grande referência. É muito intenso, principalmente a partir da 2ª parte, e lida com aspectos emocionais e sociais muito importantes, em particular na sociedade japonesa. E, bem! Que raparigas mais cruéis tem este anime! Felizmente todas elas crescem e percebem que há coisas mais interessantes que andar a fazer a vida negra aos outros!

[spoiler - seleccionar o texto para conseguir ler]
O irmão de Nanako, Henmi Takeshi, é filho do pai dela, que ele abandonou, mais a mãe para se casar com a mãe de Nanako. Mas Nanako não é filha verdadeira do Prof. Misonoo, foi adoptada por ele quando se casou com a sua mãe (tinha Nanako cerca de 5 anos) mas ela acaba por considerar Henmi como seu irmão verdadeiro ao saber de toda a verdade.
[fim de spoiler]

PS - A Nanako do final até fica mais bonita!

Oniisama E... (ANN)

5.6.08

Ando a ver: Oniisama E...

Definitivamente há raparigas apaixonadas por raparigas neste anime! Mas é tudo muito contido, num ambiente exacerbadamente feminino, onde o convívio com rapazes (ou homens) é visto com maus olhos. Não consigo olhar para este anime como uma manifestação homoerótica no feminino, mas sim um despertar da sexualidade e amadurecimento das personagens em que as relações, de amizade ou amorosas, entre o mesmo sexo são aceites como parte integrante deste microcosmos, enquanto que relações entre o sexo oposto são alvo de escândalo e mexerico. O engraçado nisto tudo é que as duas ingénuas apaixonadas, a protagonista Nanako e a nova e franca amiga Mariko, se interessam pelas duas raparigas mais másculas ou maria-rapaz do microcosmos do Colégio Seiran, Saint-Juste e Kaoru-no-Kimi.

Não há dúvida que se trata de uma perspectiva estranha numa visão ocidental e heterosexual da sexualidade, mas também me parece que toda esta simbologia e intensidade de relações fazem parte de um universo exclusivamente feminino, para ser usufruido em privado. Esta história também vai buscar muito a um gosto antigo das japonesas por homens andróginos e/ou efeminados que personificam um ideal romântico. A dada altura Mariko refere-se aos homens como sujos e brutos, numa clara recusa dos homens másculos e guerreiros, que dificilmente partilham este universo tão feminino.

Não sou de todo especialista em sociologia ou mesmo antropologia, mas este é um anime que dá muito para pensar em relação ao modo como os japoneses, mais concretamente as mulheres japonesas, vivem a sexualidade e o seu papel em relações românticas idealistas. Não será por acaso que a companhia exclusivamente feminina Takarazuka Revue (que encena dramas musicais românticos) tem uma gigantesca popularidade entre as mulheres e as otokoyaku (actrizes que fazem os papeis masculinos) têm legiões de fãs, como se de um Brad Pitt ou Johnny Depp se tratassem. Não há dúvida que é um universo fechado, exclusivamente nipónico, que teve a sua época áurea entre os anos 60 e 80, época essa em que a manga e anime de Oniisama He... foram produzidos.

Ao ver esta série também encontro claríssimas influências no anime mais recente, Utena, assumidamente inspirado na mais famosa manga da mesma autora desta, Ikeda Riyoko. Ao contrário de Versailles no Bara, aqui as influências não são tanto visuais mas mais do ambiente, das hierarquias, das personagens e suas relações.

Mach GoGoGo

Acabei de ver mesmo agora uma reportagem da estreia do filme Speed Racer e fiquei chocada! Deu-me mais razões ainda para não querer ver.

Speed Racer, ou Mach GoGoGo no original, é uma simples série anime de desporto, que passou no Canal Panda há alguns anos. Como foi produzida nos anos 60, e por consequência é uma das primeiras séries anime dos estúdios Tatsunoko, que marcou o seu estilo muito particular, faz algum sentido que as corridas de Grand-Prix onde o Mach 5 participa sejam algo mais que simples corridas de carros.

Este anime partilha um espírito muito anos 60 em que este tipo de corridas, Monte Carlo e Steve McQueen estavam na moda e vai beber a todas estas inspirações, com aquele visual streamlined, graficamente muito limpinho da época.

Infelizmente a série foi muito (demasiado) remisturada nos Estados Unidos, onde foi um sucesso retumbante, que lhe tirou parte da pureza e frescura originais. Talvez por isso me tenha assustado tanto o excesso de 3D e efeitos digitais (de qualidade questionável, topava-se sempre que o Mach 5 era em 3D) nas imagens que vi do filme que, na intenção, a la Dick Tracy, de lhe conferir um visual colorido de desenho animado, estragou. O cabelo à Pin-y-Pon de Speed (Go Mifune no original) também não ajuda.

Há coisas (e séries anime) que devem ser deixadas sossegadinhas no lugar onde sempre estiveram, principalmente se continuam populares há mais de 30 anos!

マッハGoGoGo

3.6.08

Minky Momo: Yume wo Dakishimete

Quase tive um ataque quando percebi que o Canal Panda estava a dar este anime. Pensava que era a mesma série que tinha dado cá, na falecida Europa Television, no final dos anos 80, sob o título de Gigi, mas afinal é a segunda série, já produzida em 91 (a primeira é de 1982-83).

Mesmo assim é sem dúvida um anime que quero seguir! Já andava com saudades de um mahou shoujo à séria!

Como em quase todos os mahou shoujos a permissa é simples: Minky Momo vem de um reino mágico, o Reino dos Sonhos, para a Terra, viver como uma rapariga normal para salvar os sonhos dos humanos. A característica que a distingue dos outros é que Momo se pode transformar, graças, claro, a uma varinha mágica em adulta com as mais variadas profissões ou capacidades. Não é um anime muito profundo ou intrincado, mas é simpático e divertido de ver.

Gostava também de rever a série original, principalmente nas condições desta, com o genérico integralmente em japonês e os nomes das personagens mantidos. Pedir que não seja dobrado é demais para o Canal Panda, mas neste caso é uma pena pois nesta segunda série a voz de Momo não é mais que a famosérrima Megumi Hayashibara (Rei em Evangelion, Faye em Cowboy Bebop), num dos seus primeiros papéis de renome.

魔法のプリンセス ミンキーモモ -夢を抱きしめて-

Canal Panda
2ª - 6ª: 07:30, 20:40
sáb.: 13:00
dom.: 13:10, 20:40

1.6.08

Comecei a ver: Oniisama E...

Por ser de Ikeda Riyoko, a autora de Versailles no Bara, este anime despertou-me a curiosidade.

Oniisama E... (Querido irmão...) circula no universo de um colégio ao estilo ocidental, melhor, no que os japoneses nos anos 70 achavam que era um colégio ao estilo ocidental, feminino. A protagonista, Misonoo Nanako, uma rapariga simples, ingénua e sensível, e na ilusão de que entrou para o colégio dos seus sonhos, é arrebatada para um universo cheio de intrigas, rivalidades, poder e mistério. Como estes elementos, aliados a um outro mistério na sua família, temos os ingredientes certos para muito (melo)drama ao melhor estilo japonês. Sim, porque apesar de a "paisagem" ser ocidentalizada, a nível de relações e emoções este anime não podia ser mais japonês!

A nível técnico, dentro da época que foi criado, é um anime excepcional, sem bem que um pouco coxo para os dias de hoje. O trabalho de arte e desenho de personagens é muitíssimo elaborado, a paleta de cores escura e contrastada, mas a animação abusa um pouco dos quadros parados ou repetições em situações de tensão, conflito ou êxtase. A música é como os vestidos delas: romântica, com imenso piano e os vestidos com muitos laços, flores e folhos.

Este anime é conhecido pelas conotações lésbicas entre as diversas raparigas. Ainda vou no início, já deu para perceber que algo de estranho se passa principalmente com as duas raparigas mais masculinas, Saint Juste e Kaoru no Kimi. Mesmo assim, como normalmente este tipo de relações em manga e anime shoujo costumam apenas ser implícitas ou platónicas, vou esperar para ver mais para depois me pronunciar.

Ah! Não falei do irmão do título (oniisama). Esse irmão, é um rapaz mais velho a quem Nanako pediu para escrever como se fosse seu irmão mais velho e pensa que não o é, mas é quase irmão dela, mas não é. Confuso? É mesmo para ser (por enquanto).
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