15.7.14

Comecei a ver: Shin Taketori Monogatari: 1000 Nen Joou

Poucos dias antes de estrear o meu cosplay de Andromeda Promethium, a protagonista desta série, consegui finalmente encontrar 1000 Nen Joou! Infelizmente como muitas séries mais antigas e menos famosas, não foi tarefa fácil. A manga então... nem cheirá-la!

Pelo que dá para perceber pelos primeiros episódios, conta mais ou menos a mesma história que o filme, mas com muito mais detalhe, eventos que nem são mencionados no filme, e algumas diferenças, principalmente acerca dos protagonistas Hajime, e a vida dupla (tripla?) de Yukino Yayoi, que vai sendo desvendada aos poucos. Por isso também os planos dos vilões vão sendo revelados aos poucos e as suas intenções não são as mais claras.

Tal como foi planeado, 1000 Nen Joou é um claro substituto para o bem-sucedido Galaxy Express 999, tendo passado logo depois e no mesmo horário e sendo as personagens de Hajime e Yayoi uma espécie de recriação de Tetsuro e Maetel. Vem a ser que Yayoi/Andromeda é na realidade a mãe de Maetel, aliás o planeta La Metal aparece em ambas as séries e trata-se de mais uma série dos múltiplos universos cruzados de Leiji Matsumoto.

Muito provavelmente utilizando os mesmos meios de Galaxy Express, 1000 Nen Joou é uma série bem animada, e com muito boa produção para a época. A história parece intrigante q.b. e como inclui mais eventos que o filme a experiência de vê-la consegue ser fresca e empolgante. Ao contrário de Galaxy Express, a acção desta série passa-se (até agora) sempre na Terra e a ameaça, a proximidade extrordinariamente perigosa de La Metal, é sobre a Terra.

Ir passando a informação fulcral aos poucos é uma boa forma de manter o espectador ligado à série, vamos ver como se desenvolve.

Queen Millenia (TV) - ANN

RAW

7.7.14

Comecei a ver: Gankutsuou


Na realidade comecei a ver Gankutsuou muito antes de Sailor Moon Crystal, mas queria ver alguns episódios antes de me pronunciar aqui. Simultaneamente também comecei a ler, é caso para dizer finalmente, O Conde de Monte Cristo, o que se tem tornado fulcral no visionamento desta série. Gankutsuou é simplesmente uma adaptação do conhecido romance de Alexandre Dumas. Mas de simples esta adaptação não tem nada e daqui resultou uma das séries anime mais originais que já vi.

Comecemos pelos gráficos. Gankutsuou apareceu numa época em que se experimentava muito com as novas tecnologias em 3D, em especial na fase da transição da pintura das imagens em acetato uma a uma à mão, para virem a ser quase exclusivamente coloridas em computador, um método mais rápido e eficaz, que permite a introdução de padrões e texturas mais fáceis de gerir. Já falei aqui nalgumas séries onde isso era evidente, ~ Ayakashi ~, ou Le Chevalier D'Éon, mas Gankutsuou é talvez o expoente máximo dessa fase de experimentação. Os cenários, um pouco à semelhança de Le Chevalier D'Éon mas menos realistas, são uma espécie de colagem de talhas, mármores, damascos, engrenagens rocambolescas e detalhes e objectos arquitectónicos reais, que lembram as pinturas de Gustav Klimt ou vitrais de catedrais góticas, e dão uma atmosfera onírica e surreal a todos os episódios, independentemente de onde a acção se passa, se no espaço ou num prosaico jardim. Esta conjugação que facilmente poderia falhar, é um regalo para os olhos e marca de uma forma muito original a conhecida narrativa de vingança. As personagens, com um traço relativamente reconhecível e simples, são pintadas com todo o tipo de texturas que se movem com elas e com alguma indiferença às mudanças de escala. No início custa um pouco a habituar o olhar nesta nova "gramática" de pintura animada, mas logo nos habituamos, pois a história é suficientemente cativante para que o trabalho artístico não se lhe sobreponha. Creio que se a história não fosse forte e bem estruturada, eu perdesse a vontade de continuar a ver, apesar de cada plano ser deslumbrante.

Se o aspecto gráfico de Gankutsuou é original, a equipa que produziu a série não se ficou por aí e em vez de fazer uma adaptação linear da história do Conde de Monte Cristo, como aliás muitas que já vi e gostei, resolveram mudar radicalmente o ponto de vista, retirá-lo ao Conde/Edmond e passá-lo para o filho do seu arqui-inimigo, Albert de Moncerf. Assim vamos descobrindo o plano de vingança do Conde através das suas potenciais vítimas e o Conde passa de vítima vingativa a vilão carismático. É sem dúvida uma reviravolta extremamente interessante que, tal como os gráficos, podia facilmente falhar, mas os argumentistas de Gankutsuou agarraram na sua decisão com punho firme e, para além de a narrativa correr rapidamente episódio a episódio, sem tempos mortos, têm sido coerentes e sólidos na mudança de ponto de vista. Mas não é apenas isso. Mantendo os nomes e locais (excepto um ou outro menos importantes) a acção passa-se num futuro incerto, num planeta que poderá ser a Terra com seres humanos e não-humanos. O espaço-tempo passa-se numa espécie de cruzamento de ficção científica com fantasia, que aliás justificam os cenários, as novas texturas e a paleta de cores invulgar.

Ambas as canções dos genéricos são insolitamente cantadas em inglês por um senhor com nome francês, Jean-Jacques Burnel. A voz dele lembra vagamente a de Damon Albarn dos Blur e as canções facilmente poderiam ser baladas da banda anglo-saxónica. É estranho, mas a melodia cola-se bem ao tom melancólico da história, os genéricos são bonitos e elaborados e de todo o conjunto é talvez o elemento mais banal.

Mal posso esperar para ver como se desenvolve a história, mas também quero ir novamente buscar O Conde de Monte Cristo à biblioteca, pois tive de o devolver quando ia a meio (é um calhamaço, um calhamaço que se lê bem, mas um calhamaço!). Estava a correr bem fazer as duas coisas ao mesmo tempo e o livro ajuda-me a manter-me a par de um leque enorme de personagens e de uma intriga bem rebuscada.

巌窟王

5.7.14

Comecei a Ver: Pretty Guardian Sailor Moon Crystal



Sendo toda a série de Sailor Moon (manga, anime, live-action) uma das que mais me marcou no meu percurso como fã de anime e manga, não podia perder a estreia da Sailor Moon Crystal, a mais recente adaptação da manga para anime.

Felizmente tenho conseguido manter-me longe de spoilers, acho que pouco passou para o público e, com o primeiro episódio acabadinho de ver, vou deixar as minhas primeiras impressões. Afinal termo de comparação não me falta!

Ao ver os primeiros segundos, a primeira coisa que pensei foi: "sofisticado". Sofisticada é a palavra perfeita para descrever o tipo de produção que esta 6ª série de Sailor Moon recebeu. Apesar de adorar as séries antigas, havia muitos episódios de encher e a animação às vezes era muito trôpega. Actualmente, em que há mais séries bonitinhas, que com conteúdo, isso não se justifica, portanto tais erros seriam imperdoáveis. Não me parece que isso venha a acontecer. A segunda coisa que me chamou a atenção foi a banda sonora. As canções não são nada más e relembram bastante as antigas. A banda sonora propriamente dita é também mais sofisticada, menos música electrónica barata (mesmo que bonita, continua a ser barata) como nas séries antigas, e com coro e orquestra!

O ambiente lembra simultaneamente a manga e a 1ª série, mas puxa mais para a manga, assim como o character design. O character design parece quase directamente tirado dos desenhos de Naoko Takeuchi, mas mais limpo e a cores. Os cenários têm cores um pouco mais vivas que na série original, mas também não fogem à paleta de cores da manga.

Quanto à história do primeiro episódio, é tal e qual a manga, até inclui os sonhos do Moon Kingdom e o Mamoru aparece a primeira vez de smoking, exactamente como na manga.

Até agora parece que a minha expectativa de ser mais próxima da manga se concretizou nesta série e se se mantiver assim tenho a certeza que vou gostar, pois sempre gostei mais da narrativa da manga. Sailor Moon Crystal nunca vai ocupar o lugar das outras séries, mas não tenho dúvidas que irei acarinhá-la como acarinhei Pretty Guardian Sailormoon.

アニメ:美少女戦士セーラームーン20周年プロジェクト公式サイト

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...