22.6.20

Terminei de ver: Pretty Guardian Sailor Moon Crystal Season III

Ufa, demorou, mas foi! Esta Season III, ou seja, Sailormoon S, na série antiga, ou o arco Death Busters, na manga, custou muito menos ver que Sailor Moon Crystal.

Esta temporada continuou a seguir de perto a narrativa da manga, mas conseguiu enfiar mais emoção na história e teve uma realização muito mais dinâmica. Mas também é a minha fase preferida de toda a Sailormoon: a revelação das outer senshi, o drama sinistro em redor de Hotaru, o facto das quatro serem personagens intrigantes e multifacetadas, ajuda. Continuo a prferir o character design da série antiga, aliás sempre o preferi aos desenhos da Naoko Takeuchi, que pecam muito pela inconsistência. Mas enquanto essa inconsistência em papel não perturba muito, e ela estrutura bem de forma dramática a narrativa, em animação não devia existir, fica esquisito.
Também tenho a destacar o excelente desempenho das actrizes de voz, começando pela minha querida Mitsuishi Kotono, mas destacando as outer senshi, mesmo sentindo falta da voz de Megumi Ogata como Haruka, Hotaru e principalmente Chibi-usa, que conseguiu tornar a personagem muito mais interessante. Por vezes fez-me lembrar a voz da Sakura, em Card Captor Sakura, é um estilo diferente de dar a voz, que nos anos 90 não se usava. E a Michiru/Sailor Neptune, continua a ser a minha guerreira preferida, pena que este formato lhe tira dimensão como personagem.

Mas tenho de deixar o meu elogio final ao engraçadíssimo e genial terceiro genérico final no masculino: "Eien Dake ga Futari o Kakeru", com direito a fanservice de Mamoru para compensar todos os genéricos anteriores.

No geral soube bem voltar ao universo de Sailormoon, mesmo que algo estivesse um bocado engasgado nas temporadas anteriores e o meu interesse não ser o mesmo. Não sei se terá sido porque vi a série aos bochechos, se é porque estou mais velha, ou porque este modelo de produção moderno de anime não me cativa. Talvez seja uma combinação dos três. Gostava que os dois arcos que faltam tivessem o mesmo tratamento, mas parece que não. Parece que vem aí um filme, provavelmente a cobrir o arco Dead Moon, mas foi adiado por causa do covido. Espero estar atenta quando aparecer e que já agora também façam algo para cobrir o arco Galaxia.

18.6.20

Comecer a ver: Mahou Shoujo Chukana Paipai

Há uns meses esbarrei com um canal de tokusatsu da Toei no YouTube, e naturalmente subscrevi, mas não vi nenhum vídeo. Depois de perceber que não tem só supersentai (que adoro), mas também tem séries mahou shoujo. Resolvi começar pelo meu primeiro amor, com Mahou Shoujo Chukana Paipai.

Logo no primeiro episódio, as comparações com anime shoujo da época, concretamente Aishite Night, surgiram imediatamente, o que me deixou deliciada. Esta série é quase visualmente um dorama de Aishite Night, onde a banda de música é trocada pelos superpoderes e a intriga típica de mahou shoujo. Onde isso é mais evidente é no genérico final, que é extremamente semelhante ao genérico final de Aishite Night, com a protagonista em vários quadros do dia a dia: à secretária, a ouvir música num pufe, a dançar, pensativa, a piscar o olho para a câmara, etc. Até um gato ela tem, só não é gordo e amarelo como o Juliano. As semelhanças não ficam aqui, o guarda roupa é praticamente o mesmo, até ao avental! Tendo em conta que a série é de 1989 e que aquelas roupas eram moda na Europa em 1983-5, volto a notar como a moda popular nos anos 80 e 90 no Japão era bastante atrasada.
Já a intriga é a típica de um mahou shoujo: uma princesa com poderes mágicos é exilada na Terra, em Tóquio, onde tenta viver uma vida comum, combatendo monstros ou vilões do seu mundo nas horas vagas, com direito a varinha mágica e tudo, muito Minky Momo, e às escondidas da "família". Paipai arranja um "emprego" de mãe substituta dos 3 filhos de um pseudo arqueólogo, directamente inspirado em Indiana Jones, com direito a música e tudo. A imagética do reino mágico é de inspiração chinesa, o que me leva às CLAMP, que são das autoras que mais usam essa estética e que estavam em início de carreira em 89.
A história da fuga de Paipai é das mais idiotas que já vi, o vilão, uma versão barata do Ming de Flash Gordon, quer casar com ela, que tem uma paixão de infância, o Raymondo! O vilão transforma Raymondo numa tijela de ramen, isso, leram bem, uma TIJELA DE RAMEN(!), que sai a flutuar, mas para trás e com Paipai, fica o seu naruto. HAHAHAHA! Não consigo parar de rir disto! x'D "Raymondo!" Pobre Paipai, tem de ir em busca de uma tijela de ramen sem naruto! x'D
Os três rapazes são os típicos rapazes criados sem uma presença feminina, o mais velho o mais melancólico, o do meio o mais brincalhão e o mais novo o mais traquinas e carente. Paipai nem sempre lida com as traquinices dos miúdos da melhor maneira e tem na Terra uma antagonista na tia mandona e egoísta, que quer tomar conta dos miúdos por interesse.

É engraçado ver as claras influências ocidentais, mas só os japoneses para misturar Indiana Jones com Flash Gordon, num contexto do quotidiano japonês.
Uma pequena busca por uma imagem para este post, diz-me que esta série foi criada por Shotaro Ishinomori, o mesmo da maravilhosa Cyborg009! Também vejo muito de Go Nagai na série, mas é normal, eram todos "colegas", provavelmente eram amigos, e Go Nagai também trabalhou em tokusatsus e de certa forma criou o mahou shoujo na sua forma clássica.

Adoro este tipo de séries e histórias, é verdade que são muito kitsch, e é muito por isso que gosto delas, mas também são tão divertidas! Ao contrário da maioria das séries actuais, não se levam demasiado a sério, não são forçadas e não tentam agradar ao espectador ou a estatísticas que só costumam levar a produtos desinteressantes.
As interpretações, embora com bastantes maneirismos típicos dos actores japoneses de televisão, são surpreendentemente boas, mesmo dentro dos doramas. Os efeitos especiais são rudimentares e muito simples, mas usados de modo inteligente e complementam, não distraem.

Como irá Paipai encontrar Raymondo? E em que estado? Que raio de ideia um vilão transformar o rival num produto perecível e difícil de conservar? x'D

14.4.20

Ando a ver: Pretty Guardian Sailor Moon Crystal Season III

A quarentena serviu-me de alguma coisa: comprar um cabo HDMi para ligar o PC à TV e ver as coisas em ecrã grande e disciplinar-me a ver as séries que tenho cá por casa. O facto de algumas das séries que via na TV terem terminado, também ajudou que tivesse algum tempo extra para ver mais coisas penduradas. E o que anda mesmo muito pendurado são os animes, por isso resolvi também ver pelo menos um episódio por noite. Em tanta coisa que tenho pendurada, por onde começar? Ainda hesitei entre Michiko to Hatchin ou Gankutsuou, mas resolvi ir para aquela que foi o abandono mais criminoso de todos: Sailor Moon Crystal.

Finalmente terminei a saga da Black Moon, perdi a conta às vezes que vi o episódio 22, nas várias tentativas de retomar a série, mas estava difícil! O rescaldo das duas primeiras sagas de Crystal é um grande "porquê?". Porquê aquelas transformações num 3D manhoso, porquê um argumento pouco empolgante, quando o material de origem foi seguido quase à risca e foi completamente empolgante na primeira, segunda e terceira leituras? Porquê a Black Lady não tem pathos nenhum? Porquê as personagens parecem vazias? Se dependesse da Crystal, Sailormoon nunca seria um dos meus animes preferidos, seria daquelas séries que eu vejo para nunca mais pensar nela. Porquê?

Mas... Alguém lá em cima na hierarquia da Toei estava atento, e só pelo primeiro episódio de PGSMC-SIII, já deu para ver que o entusiasmo por esta série vai ser completmente diferente. Levou um valente upgrade!
Sailormoon S, na série antiga, é a minha temporada preferida e a Michiru/Sailor Neptune, a minha guerreira favorita. Mas como a Black Lady é talvez a minha vilã preferida de Sailormoon e não lhe achei graça nenhuma em Crystal, apesar de me dizerem que melhorou bastante com as Death Busters e as Witches 5, não fiquei convencida.

O que melhorou:
Começa com ambos os genéricos, em que as duas canções são muito mais bonitas, menos Sailormoon mas mais bonitas. A do genérico final até tem, pela primeiríssima vez, uma voz masculina! O genérico final, para além de lindíssimo, não esconde nada: Haruka e Michiru são um casal.
As transformações deixaram de ser no tal 3D manhoso, são muito parecidas com as de Sailormoon S, mas não tão bonitas, acho o character design e a animação estanhos. Mas face às anteriores, aceito e não refilo!
Não gosto tanto do character design da Haruka e da Michiru, mas como os das outras meninas melhorou, também não me queixo.
Gosto de o Pharaoh 90 aparecer logo de início e basicamente respeitarem o modo como a história é contada na manga.

Pela primeira vez Sailor Moon Crystal deixou-me empolgada para ver o próximo episódio! É caso para dizer: Finalmente!

アニメ:美少女戦士セーラームーン20周年プロジェクト公式サイト


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