30.5.06

Ando a ver: NANA

Já ando mais entusiasmada com esta série. Passados os rumores de que Ai Yazawa andava insatisfeita com a adaptação e retomado o fio narrativo da manga, parece que a história encarrilou. Se contar a história das duas Nanas de forma não linear resultou no filme e ajudou numa necessária economia narrativa, na série, definitivamente, não funcionou.

Habituei-me às vozes e já não me fazem confusão. Agora que se começou a entrar verdadeiramente na história das duas raparigas, a perceber que Hachi, apesar de subserviente, é suficientemente simpática e fiel para ser impossível gostar dela, que Nana, por trás da aparência fria tem sentido de humor e é generosa, já há espaço para a relação delas se desenvolver. Agora é que se começa a ver em acção o génio de Ai Yazawa que consegue criar histórias comuns, que nos tocam a todos, em ambientes menos comuns.

Estou expectante para ver como vai ser o concerto dos Trapnest, o reencontro de Nana com Ren e o recomeçar dos Blast.

Só continuo a detestar aqueles finais com uma menina de carne e osso chamada Nana, suposta apresentadora de TV, que não têm graça nenhuma e descontextualizam totalmente a série, apesar de serem um modo de nos mostrar locais que existem na realidade.

NANA ーナナー

22.5.06

CINE-ASIA: Fushigi no kuni no Miyuki-chan & Kagami no kuni no Miyuki-chan

Miyuki-chan no País das Maravilhas & Miyuki-chan no País do Espelho


Japão, 1995, 29min

Página Oficial - Trailer - Fotos

Sinopse: Uma versão dos dois contos de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas” e “Alice do outro lado do espelho” em fast-forward e só com mulheres.

Crítica: Estes OAV’s (Original Animation Video) são um dois-em-um que resultam de uma espécie de brincadeira das autoras da manga, as CLAMP, sobre alguns dos temas que lhes são mais queridos: os livros da “Alice” de Lewis Carrol e jogos de consola. A brincadeira, aliada ao delirante espírito criativo das quatro, resultou num projecto conjunto que incluiu uma manga de edição especial (formato grande e com mais narrativas para além das de Lewis Carrol, tal como “Miyuki-chan no País da TV”, “Miyuki-chan no País dos Jogos”, etc.) e estes dois curtíssimos mas muito intensos filmes, “Miyuki-chan no País das Maravilhas” e “Miyuki-chan no País do Espelho”.

O bom nos anime feitos a partir da obra das CLAMP é a garantia de proximidade com os desenhos e as histórias desenvolvidas por elas para papel. Elas costumam ter um controle estreito na concepção dos anime extraídos das suas manga, mesmo quando não as quatro integrantes da equipa. Normalmente Mokona Apapa (agora apenas Mokona), a desenhadora principal, supervisiona o character design ou cria o guarda-roupa e Nanase Ohkawa (agora Ageha Ohkawa), a argumentista do grupo, escreve os argumentos ou, no caso das séries de TV, supervisiona essa escrita.

Estes videos são totalmente delirantes! Os diálogos são tão poucos e tão integrados na acção que mesmo que não se perceba japonês e se vejam os filmes sem legendas se percebe quase tudo. A familiaridade com as histórias originais ajuda um pouco também. Apesar da velocidade, todos os elementos mais importantes da história estão lá e, de uma certa forma, esta pequena narrativa é uma lição para quem adapta romances ao cinema.

O desvio do original começa com a protagonista, Miyuki-chan, uma rapariga estudante da escola secundária, com o uniforme de marinheiro (serafuku), característico das escolas japonesas. Como está na sinopse, não há homens, portanto todas as personagens masculinas do original sofreram uma “troca de sexo” e todas as habitantes do País das Maravilhas e do País do Espelho são mulheres sexy e extremamente atrevidas.

O Coelho Branco é uma coelhinha da Playboy (Bunny-san), as maçanetas da “Porta” são as mamas da Rapariga da Porta e todas as outras apresentam um guarda-roupa bastante reduzido. Em vez de estranharem ou serem agressivas para Miyuki (como com a Alice original) elas flirtam abertamente com ela, chamando-a constantemente de menina querida (kawaii ojou-san) chegando até a alguns apalpões muito pouco desejados por Miyuki. O culminar deste “assédio” é a Rainha de Copas, uma dominatrix com direito a chicote e tudo e as cartas, que querem ser “castigadas” por ela! Ou então o jogo de xadrez que é um strip-chess... e mais não digo!

Todo o desenho de personagens é extremamente engraçado e criativo, Tweedle-dee (Cho-ri) e Tweedle-dum (Tou-ri) são duas lutadoras gémeas, mas vestidas uma de azul e outra de vermelho, qual Chun-li de “Street Fighter”, quando luta contra ela própria. Os cenários levam-nos às vezes à segunda paixão das CLAMP, os jogos de consola. As cascatas flutuantes em “Miyuki-chan no país do espelho” lembram directamente um jogo de plataformas tipo “Sonic” ou “Nights in Dreams” (bastante populares à época). A música é talvez a parte mais delirante dos filmes. É completamente repetitiva, como a música dos jogos de consola, mas vai mudando de ritmo conforme os acontecimentos e parece que nos suga mais ainda na louca espiral de peripécias por que Miyuki passa e que se sucedem umas às outras.

A animação é de qualidade OAV, isto é, superior à qualidade de animação usada em séries de TV e um pouco inferior à qualidade exigida à animação para cinema. O que não implica que não tenha algumas cenas bastante caricatas, onde a animação dificilmente poderia ser melhor. Apesar de estes filmes serem feitos directamente para o mercado de vídeo, tal como as séries de anime para televisão, são sempre filmados em película de 35mm, o que lhes dá sempre uma qualidade de imagem que nem sempre se nota no NTSC. Em suma, é uma versão bastante pervertida da Alice, mas muito, mesmo muito, divertida.

Classifcação: 7/10

16.5.06

~Ayakashi~ Bake Neko


Bake Neko só tem três episódios, mas de resto a política da série manteve-se: os genéricos mudaram seguindo o grafismo da história que também mudou.

Esta história fala de um vendedor de remédios que entra, sem ser convidado, num casamento de uma família de classe alta. A noiva morre imediatamente antes de sair de casa e o vendedor revela-se mais como uma espécie de exorcista ou xamã, cuja missão ali é matar um demónio que assombra a casa e os seus habitantes.

O grafismo é deveras interessante, a paleta de cores parece imediatamente tirada de uma gravura de kabuki de primeira edição, em que as cores mais primárias têm um brilho de novas. Todo o design dos cenários é extremamente barroco e colorido, a arquitectura da casa é tradicional, mas a sua decoração não corresponde à decoração, normalmente sóbria, em que as cores são secundárias, com contrastes fortes de claro-escuro. Aqui não há um painel, porta ou parede que não seja decorado, com motivos de animais, há umas fusuma (portas de correr) ricamente decoradas com dois galos, flores, plantas, etc. Também há uma grande predominância de vermelhos e azuis-esverdeados, sem abandonar, claro, o preto e os dourados. Variadas vezes somos lembrados das cores da cortina de um palco de kabuki, na sua exuberância. Em cima disto tudo, inclusive das personagens, foi aplicada uma textura, semelhante ao papel feito à mão, que reforça mais ainda esta sensação de gravura.

O character design é também muito interessante, principalmente porque não há duas caras parecidas (corrijo, há duas: Tamaki e a noiva, mas faz sentido), e são algo caricaturados. Todos têm caras com feições muito características, o velho tem penca de velho, a noiva (e Tamaki) são as duas belezas da história, a criada tem feições redondas e lábios cheios, um dos homens tem manchas na cara, um outro covinha no queixo, etc., etc. O único que é verdadeiramente diferente é o vendedor de remédios que, apesar de se dizer humano tem orelhas em bico e umas pinturas-tatuagens na cara que lhe dão imediatamente uma ligação ao xamanismo nipónico. É talvez a personagem com o character design de que menos gosto, talvez por ser o menos realista do conjunto, mas continua a fazer sentido, pois deixa-nos sempre na dúvida em relação ao que a personagem verdadeiramente é.

A animação continua sem mácula e a história é bastante interessante, emocionante e um pouco sinistra, pois a maldade dos homens supera a maldade do demónio (Bake Neko=gato-demónio).

Com esta história, termina a série ~Ayakashi~. Foi uma excelente aposta pois as histórias confirmam a grande fama de histórias fantásticas que o Japão tem. O grafismo e realização mudarem com cada história fez com que toda a série tivesse um ar de animação de autor, mais cuidada, trabalhada e personalizada, disfarçada de animação comercial. Esta série é um bom exemplo para mostrar que a animação no Japão não é só Ghost In the Shell ou Akira, que eles têm excelentes profissionais e uma tradição na animação de autor maior ainda!

É no Japão que há um dos mais importantes festivais de animação do mundo, o Festival de Hiroshima, e muitos dos autores, que trabalham na indústria para televisão, quem sabe se para pagar as contas, têm uma rica obra de filmes de autor bem menos conhecida que os seus trabalhos mais comerciais. O maior exemplo disso é o grande Osamu Tezuka, autor da primeira série de animação para televisão, Tetsuwan Atom, Astro Boy, que tem uma enorme filmografia de pequenos e muito bons filmes de autor.

怪~ayakashi~

Ando a ver: xxxHOLiC

Definitivamente xxxHOLiC está a melhorar! O 5º episódio tem todos os ingredientes que gostaria que tivesse tido desde o primeiro: a ingenuidade e trapalhice de Watanuki, Yuuko a arranjar toda e qualquer desculpa para limpar a casa de sake, Mokona a enervar Watanuki e uma dose cavalar de mitologia tradicional japonesa aliada à aprendizagem de Watanuki num episódio maioritáriamente nocturno.

Ainda temos de brinde Doumeki a mostrar as suas impecáveis qualidades no Kyudo e a sua relação com Watanuki e Himawari a evoluir. Esperemos que continue neste caminho.

Para além disso, o pequeno raposinho não poderia ser mais kawaii [=cute]!

xxxHOLiC - TBS Animation

13.5.06

Protesto

Hoje vi um episódio da fabulosa série Noir, mas nem tudo estava OK, via a Mireille, a Kirika e a Cloe esticadinhas.

Nos últimos tempos há uma "moda" nos anime de serem em formato 16:9, não tenho absolutamente nada contra isso, considero apenas uma opção estética. O que não percebo é porque raio a SIC-Radical, se compra as séries nesse formato, depois as emite em 3:4.

Tenho um amigo que tem uma televisão panorâmica e que fica todo satisfeito quando as séries são transmitidas assim (também aconteceu com Last Exile), isto porque os limites da imagem são esticados para atingir os limites do écran, mas se a série for emitida com as famosas barras negras ele acaba por ver a imagem a "nadar" no meio do écran. Por isso é que eu, com uma banal televisão de 3:4, as vejo esticadinhas e ele, com uma televisão panorâmica (16:9) as vê como deve ser.

Por mais que compreenda o ponto de vista do meu amigo, aqui é que está o problema: acredito que a grande maioria dos portugueses pertencem ao meu grupo e têm uma televisão clássica 3:4 e, portanto, vêm a maioria dos anime da SIC-Radical distorcidos. Quem tomou a opção de emitir assim as séries deve pertencer à minoria que tem uma TV panorâmica e deve se estar pouco lixando para a grande maioria que as não tem! Que raio de opção é essa? Não sei ao certo o que isso implica tecnológicamente numa estação de emissão de TV, mas compreendo mais ou menos o que se passa com os DVDs e se, com os DVDs o problema pode ser resolvido, este tipo de falhas técnicas nunca deveriam acontecer! Agora lembrei-me, a RTP quando transmite algum programa em formato panorâmico, faz um pequeno aviso e nunca que eu vi esses programas esticados. Cá para mim a SIC deveria substituir ou os técnicos ou a maquinaria de emissão.

Acho que quem tem esse tipo de função deveria ter a preocupação de emitir um programa no formato da maioria dos receptores, do mesmo modo que, quem concebe sites para internet, tem de os testar nos variados browsers. O ideal, ideal seria que ambos os casos, o meu e o do meu amigo, saíssem satisfeitos e nenhum visse as séries com falta de qualidade: eu com as barras negras e sem distorção e ele com a imagem a preencher totalmente o écran.

12.5.06

Comecei a ver: xxxHOLiC

Depois da agradável surpresa que foi o filme xxxHOLiC: Manatsu no Yoru no Yume, a série de TV tem custado um pouco a arrancar. Agora que vi o 4º episódio, todas as personagens principais e o ambiente em que actuam foram introduzidos, finalmente a história avançou um pouco. Os episódios anteriores não foram, de todo, inúteis, mas também não foram muito cativantes. Para além de alguma falha, até agora, em intensidade de emoções (talvez agravada por uma animação aquém das minhas expectativas) o humor irónico de Yuuko e as simpáticas trapalhices de Watanuki não são assim tão presentes.

O que sinto é que o filme criou expectativa para um novo trabalho, baseado numa manga das CLAMP, fora da quase-rotina a que tinham chegado, mas a série de TV é uma versão um pouco suavizada do muito interessante, bem feito e divertido filme. Também, hoje-em-dia, num universo de anime cheio de séries fantásticas e de terror, com produções acima da média e com atenção a um público adulto, acho que esperava algo mais soturno e intenso e com uma qualidade técnica correspondente ao esperado de estúdios como a Production I.G..

Tenho lido algumas opiniões na net sobre esta série de anime, uma vez que não li a manga e não posso fazer essa comparação. Aparentemente a manga corresponde mais às minhas expectativas de um universo mais obscuro e misterioso. Ao que parece as ligações a Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE, não vão existir, mas pelo que vi da série de televisão, ainda bem!

Continuo a gostar muito do character design (se bem que menos cuidado que no filme) e adoro o guarda-roupa de Yuuko, mas isso é 100% responsabilidade das autoras, as CLAMP. Também continuo a gostar muito do modo como Mokona fala, muito parecido com o da Ed de Cowboy Bebop.

Quanto à banda-sonora, achei banalzinha, nada que chame a atenção. Não acho piada à canção do genérico de abertura, mas a do genérico final é engraçadita.

Vendo xxxHOLiC até agora, vou ter de me mentalizar para alguns episódios de enchimento, onde pouco acontece, mas, pela amostra do episódio 4, os episódios em que a narrativa avança, têm boas possibilidades de ser bastante bons!

xxxHOLiC - TBS animation

6.5.06

CINE-ASIA: Loft

Como escrevi anteriormente, sendo que este filme não é anime, não publico a crítica aqui, uma vez que este é um blog dedicado a anime e seus derivados. Este é o último filme de Kyoichi Kurosawa, um dos melhores realizadores japoneses desta nova geração de cineastas do fantástico e terror. Clicando no título do post, pode-se ler a crítica no Cine-Asia. Boa leitura!

4.5.06

Captain Tsubasa

Eu sou daquelas aves raras em Portugal que não liga a mínima a futebol, mesmo assim, não poderia deixar passar a reposição de Captain Tsubasa no Canal Panda em branco até porque acho esta série deliciosa! Não sei se vou seguir a série episódio a episódio, porque já a vi, em tempos, quando deu ainda na RTP, aos fins de semana de madrugada, parte dobrada em português, parte dobrada em italiano!

Dobragem e alterações de nomes à parte, coisa que aliás nunca percebi, em particular nesta série em que a grande maioria dos intervenientes são japoneses e os nomes japoneses, apesar de exóticos, são mais fáceis de pronunciar correctamente por um português que nomes anglo-saxónicos, é uma boa série de anime.

A melhor e mais divertida recordação que tenho da primeira vez que vi esta série eram os extremamente intensos, emocionantes e longos jogos de futebol que se prolongavam por dois ou mais episódios, era quase necessário só um para eles atravessarem o campo de futebol.

Revendo hoje um episódio cheguei à conclusão que, apesar de um character design algo tosco, de uns cenários muito simples e uma genérica ausência de efeitos especiais (fora as proezas dos jogadores), esta é uma série muitíssimo bem realizada. A ideia de filmar os jogos com a câmera à altura da bola (no chão) é, no mínimo, digna de génio. Todo o modo como os jogos a decorrer e a relação entre personagens, dentro e fora, é conjugada torna os longos jogos extremamente emocionantes de uma forma bem diferente de ver um verdadeiro jogo de futebol (pelo menos na TV), de tal forma que fez uma desinteressada no futebol, como eu, ficar vidrada.

A vantagem de repor no Canal Panda é que, pelo menos, os episódios hão de passar todos seguidos e em horários fixos, sem as alterações loucas de programação dos canais públicos (não cheguei a acompanhar a 2ª série por causa disso). Se bem que o horário não é lá muito simpático, só se se for morcego ou madrugador (e vivam os VHS!).

Como curiosidade: no 2º volume da manga de Captain Tsubasa: Road to 2002 (a série de manga mais recente) aparecem várias vedetas do futebol internacional, incluindo no nosso Figo, que os japoneses, não sabendo como o nome se pronuncia, escreveram à inglesa ファイゴ - Faigo. Não são só os portugueses que se enganam!

Captain Tsubasa - TV Tokyo

Canal Panda
2ª - 6ª: 07:00, 13:00, 20:30
sab., dom.: 08:00, 14:00, 20:30

1.5.06

Comecei a ver: NANA

Já não era sem tempo de falar aqui de NANA, afinal a série já estreou há quase um mês. Mas, na realidade, faltou-me um bocado de motivação para o fazer.

De uma certa forma a série de anime tem sido uma pequena decepção, o estilo é demasiado melodramático, não gosto por aí além do cast de vozes e continuo a achar que as músicas dos Blast não são punk, mas qualquer coisa entre o rock e o pop, mas ainda estou para perceber o que é que os japoneses entendem por música punk. Talvez seja a voz feminina, que desvia o som para outros géneros, ou então compromissos comerciais com as editoras discográficas, mas, para mim, música punk é um som como Sex Pistols, The Clash, PIL e Blondie (maravilhosa Debbie Harry!), para dar alguns exemplos.

Acho que estava à espera de algo mais intenso e pontuado com o habitual humor sarcástico de Ai Yazawa. Confesso que a personagem de Komatsu Nana (Hachi) nunca me atraiu muito, acho-a sonsa e parvinha, mas a sua relação com Oosaki Nana (Nana) e o seu grupo de amigos, já acho muito interessante. A história de uma rapariga "normal" que se integra num grupo de outsiders simplesmente porque tem uma personalidade simpática e acessível, mas com uma enorme carência por verdadeiras amizades. Já Nana considero uma personagem bem mais complexa, com um passado duro e triste que a tornou muito independente e lhe deu uma força descomunal para lutar pelos seus sonhos.

Acho a voz de Hachi demasiado infantil, podia ser aguda e feminina sem esse lado demasiado Usagi de Sailormoon, não fica bem numa história como NANA. Por outro lado a voz de Nana é demasiado grave, gostei muitíssimo mais da voz de Mika Nakashima no filme, que fala sempre num tom grave e sério mas que tem, na realidade, um timbre mais agudo e feminino. A personagem já é muito forte, a sua voz não precisa de ser redundante. Ren parece-me ter uma voz demasiado calma, suave e séria, mais de acordo com a personalidade de Yasu, ele é circunspecto e independente, mas não tão adulto e responsável. Todas as outras personagens que apareceram até agora, as suas vozes parecem-me adequadas, bem, a de Misato [não sou eu! ;)] é demasiado infantil também.

Pelo lado positivo, e, apesar do que disse anteriormente, estou a gostar da série, o character design respeita muito os originais de Ai Yazawa, ao contrário de Para Kiss, mas gostava que o uso das cores fosse um pouco mais semelhante, acho demasiado rebuscado nos efeitos de luz, sombra e dégradés, coisa que não se vê nas ilustrações da mangaka, que são mais pop.

Das adaptações de Ai Yazawa a anime, continuo a preferir, de longe, Gokinjo Monogatari, e a achar que, apesar de o character design ser demasiado diferente do original, Para Kiss estava mais perto do universo dela na abordagem feita à narrativa e no tom em que a acção se desenvolvia.

NANA ーナナー
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