31.8.08

Comecei a re-ver: Sailormoon S

Há meses que começou a crescer em mim uma vontade difícil de ignorar de rever Sailormoon. Sou fã incondicional de Sailormoon desde antes da série estrear por cá, quando, com grandes dificuldades, conseguia arranjar alguma imprensa de anime estrangeira pelo correio. Sailormoon foi a primeira manga que li em japonês, que entretanto reli mais umas 3 ou mais vezes, e tenho, claro, a série completa em VHS, no original, sem legendas, que também já vi pelo menos 3 ou 4 vezes todos os 200 episódios. Mas como os VHS têm tendência a degradar com o tempo e as minhas cópias nem sempre têm tudo como deve ser (genéricos certos com as vozes, etc.) não queria arriscar colocá-las no vídeo mais uma vez, a não ser que fosse para converter para formato digital. Felizmente que há pouco tempo, quando comecei a reunir esforços para a arranjar pela net, arranjei uma cópias de excelente qualidade, dos DVDs japoneses e com softsubs, portanto posso continuar a ver Sailormoon sem a perturbação das legendas.

Já deu para perceber que sou grande fã de Sailormoon, e podia continuar aqui a escrever sem fim, acerca desta série. Sailormoon S é a 3ª série e a minha preferida das 5. A razão porque comecei a rever esta e não por ordem não depende de mim, mas de quem está a lançar os ficheiros, e não consegui esperar. Mas não importa, já conheço a série suficientemente bem para a poder ver sem ser por ordem sem problemas.

Depois de tantos anos (há quase 10 anos que não pego no anime) é refrescante e muito agradável voltar a conviver com Usagi e companhia. Já não me lembrava o quão ruidosa ela era, mas isso até se torna divertido, pois as personagens do mesmo tipo que surgiram depois nunca chegaram à sofisticação da caracterização de Usagi. A S é a série que nos traz três novas senshi, no desfilar de senshi que se segue. É uma série de viragem, Usagi, mantendo-se fiel a si própria, é obrigada a sofisticar-se e a amadurecer face aos exemplos mais adultos com que se cruza. Nestes primeiros episódios foi muito engraçado relembrar o quão doida é Minako e a sua parceria de loucos com Usagi. Uma das coisas que me fez pena na versão live-action foi Minako se tornar tão séria, coisa que também não é na manga. O surgimento de Haruka e Michiru é muito divertido devido ao contraste e concorrência saudável que se estabelece com o núcleo existente das outras raparigas. Até Mamoru tem concorrência na andrógina Haruka.

Mais posts se seguirão de certeza, rever estes poucos episódios relembrou-me do quanto gosto desta série!

セーラームーンチャンネル

30.8.08

Ando a ver: Chi's Sweet Home


Não tenho comentado aqui esta série por, apesar de ser muito bem feita, não apresentar grandes surpresas.

Até agora fomos vendo cenas da vida da gatinha Chi e descobrindo o mundo através da sua perspectiva. Podemos agrupar os episódios em três tipos: as fases de crescimento e aprendizagem de Chi e a sua interacção com os humanos (a descoberta do seu sexo, as idas ao veterinário, o chi-chi no caixote, a destruição de objectos na casa, escondê-la dos vizinhos, etc.); os do ponto de vista exclusivo de Chi, onde seguimos as suas aventuras solitárias, maioritariamente as excursões pela vizinhança na companhia do gatarrão preto (aprendizagem felina) e ainda a sua interacção com Youhei, o filho de 5 anos, que tem uma lógica de pensamento bastante semelhante à de Chi.

Este anime faz-me, desde o início, logo lembrar um outro anime e manga com gatos, What's Michael?, em quase tudo semelhante a este excepto que é mais adulto, o gato, Michael, é adulto, macho e nem sempre as histórias se passam no mesmo lar ou com os mesmos donos.

Não há muito mais para dizer, excepto que continua a ser um anime extremamente refrescante e divertido, que retrata na perfeição os comportamentos felinos e a sua relação com os humanos.

チーズスイートホーム

O fim da Zona Animax no AXN


Pois é, hoje, no meio da exibição das séries anime da Zona Animax, anunciaram o fim da mesma já no início de Setembro, o que quer dizer na próxima 2ª feira!

Pessoalmente, como cliente da TV-Cabo (ou Zon, se quiserem) e espectadora assídua do AXN, sinto-me roubada ou, no mínimo, aldrabada. Foram lobos em pele de cordeirinho e isso é indecente! Chateia-me que quem emite os programas tenha a faca e o queijo na mão e muito pouca consideração pelos espectadores. Enviei mais que um e-mail à Sony/AXN/Animax e nem sequer uma resposta automática...

Depois admirem-se de as pessoas deixarem de ver anime nas televisões e só fazerem downloads.

Naruto na SIC também


É, hoje estreou Naruto também na SIC, desta feita dobrado em português.

A dobragem não está má e as traduções parecem-me até melhores que as das legendagens. A única coisa que tenho a apontar é que tiraram os genéricos originais, declaradamente BONS, para colocarem uma canção manhosa americana...

EXTRA [07092008]
Estive a ver os primeiros episódios, pois tinha os perdido na SIC-Radical. Já andava desconfiada que os narizes sangrentos eram apagados, mas depois de ver o episódio onde era suposto Naruto dar um beijo na boca por acaso a Sasuke confirmei: a versão da SIC está CENSURADA! Quero ver como é que se vão desenvencilhar mais lá para a frente, quando as lutas começam a ser a sério, para manter alguma coerência e lógica na narrativa, se já censuram cenas tão inocentes...

NARUTO-ナルト-

29.8.08

Ando a ver: Hello! Sandybelle


Já terminei a segunda fase da história de Sandybelle, onde ela vive em Londres. De novo é uma fase um pouco extensa, onde vemos algum amadurecimento dela. A grande diferença para a primeira fase é que esta é mais curta e existe uma franca evolução na protagonista. Digamos que a primeira fase é a escola primária, onde não acontece muito mais do que aprender os básicos e brincar com os amigos, e que esta fase é a escola secundária, onde, por via das circunstâncias, tem de haver um amadurecimento aliado ao verdadeiro amor.

A cidade de Londres por vezes parece-me uma cidade italiana. Os japoneses deviam andar a ver demasiados anime realizados por Hayao Miyazaki naquela época e a sua visão de uma cidade da Europa ficou para sempre ligada àquela imagética. Mas também vemos com frequência a Tower Bridge, o Big Ben e as Houses of Parliament e por vezes o Tamisa parece o Tamisa e não é um canal que mais poderia ser numa cidade mais a sul, no continente. Acho que é a arquitectura que falha, falta o tijolo e as bay windows, as linhas de caminho de ferro e os double deckers que aparecem só pontualmente. E depois, nessa altura Londres fervilhava com o movimento punk e toda a fauna colorida que isso implica, mas nada disso aparece num anime romântico como este. Às tantas eu estava à espera de ver uma Vivienne Westwood novinha numa esquina e Malcolm McLaren noutra ;P . Enfim, para os japoneses no início dos anos 80 não está nada mau, sou só eu a ser coca-bichinhos.

Agora é que começou a fase mais interessante da história, Sandybelle é repórter no exterior/estrangeiro. Sandy vai aliar a sua nova profissão e as suas peripécias à busca por duas pessoas amadas, o que dá uma linha narrativa principal enriquecida por várias pequenas histórias.

EXTRA: Num dos casos jornalísticos que Sandy persegue, aparece um homem que desde o início sempre achei semelhante ao actor Michael Caine. Não é que o verdadeiro nome da personagem (na versão francesa) é Michael Caine!

ハローサンディベル

28.8.08

Ando a ver: Naruto

Quando começou a dar Naruto na SIC-Radical, alguém me disse que até à primeira mudança de genéricos a série valia a pena. Depois disso tem os seus momentos.



Como declaradamente uma das coisas que gostei muito em Naruto foram as canções e a banda-sonora, fiquei um tanto apreensiva com as novas canções. A canção do 2º genérico inicial não me diz muito, é apenas uma canção de genérico de anime, mas a do 2º genérico final, Harmonia, é uma delícia e, apesar de não bater a Wind do 1º lugar do top de canções de Naruto. Elas são tão afinadinhas que a canção se torna irresistível, ainda por cima é daquelas canções que fica na cabeça, já dei por mim a trauteá-la mais que uma vez na rua... o que vale é que é daquelas canções que deixa qualquer um bem disposto, deve ser da harmonia. ☺

Quanto ao rumo que a série está a tomar, por enquanto não me desgosta. Já percebi que a fórmula é a mesma de Dragon Ball: tem fases em que eles viajam pelo mundo, onde têm confrontos pessoais intercaladas por fases de campeonato, sempre com o mesmo objectivo, ver os protagonistas a superar as próprias capacidades face a inimigos mais e mais poderosos.

NARUTO-ナルト-

26.8.08

Comecei a re-ver: Hello! Sandybelle

Hello! Sandybelle é um shoujo o mais clássico possível que conta, para variar, a história de uma rapariga, Sandybelle, determinada, sensível e corajosa. Esta série passou na RTP nos anos 90, mas infelizmente já a apanhei a meio e, como gostei, fiquei sempre com vontade de ver do início.

Não sendo um dos super-êxitos do género, as características que destacam Sandybelle dos outros shoujos do mesmo estilo são apelativas no meu universo pessoal. Tal como Victorian Romance Emma, esta série passa-se no Reino Unido, mais concretamente começa na Escócia para continuar numa volta à Europa que passa inevitavelmente por Londres. Sandybelle Christie é escocesa e, na primeira fase, temos uma exposição algo longa do seu quotidiano. Ela é órfã de mãe, o pai claramente não lhe contou a história completa das suas origens, tem um cão, um collie chamado Oliver, dá-se bem com as colegas de escola e com os miúdos mais novos, como é maria-rapaz está sempre em competição com os colegas, rivaliza com a menina rica local, Kitty, trava amizade com a Condessa de Wellington que tem um castelo junto ao lago e apaixona-se pelo seu filho, Marc.

A história, que se passa na actualidade (início dos anos 80) tem um sabor retro, principalmente no que toca ao universo da nobreza: castelos com decorações antiquadas, muitos chapéus, vestidos longos e românticos para as senhoras e fraque para os homens. As paisagens da Escócia podiam ter sido mais aproveitadas, mas mesmo assim conseguem ser deslumbrantes. Como Sandy é uma rapariga engraçada e com personalidade esta é uma série apelativa, mas só quando a história dá uma reviravolta e é criada uma intriga misteriosa é que verdadeiramente nos cativa e faz querer continuar a ver.

Mais uma vez infelizmente este é um dos anime vintage que com dificuldade se arranjar em japonês, pelo que estou a ver uma versão francesa (com legendas em romeno!) sem as canções originais. Cá também não passou com essas canções mas a versão portuguesa da canção italiana, que aliás é muito bonita e muito escocesa, com gaitas de foles. Se tem mais censura não sei, só espero que não, este é um anime bastante inocente. Mesmo assim: quero os originais!!!

ハローサンディベル

24.8.08

Ando a ver: Cutey Honey Flash

Já deve ter dado para perceber que sou fã de Cutie Honey, até mesmo de Go Nagai, o seu autor. Cutey Honey Flash foi o primeiro grande spin off desta personagem, e o que se desvia mais do original.

Cutie Honey é um shounen, mas que acabou por ser lentamente absorvido num universo shoujo devida a forte influência que exerceu no seu subgénero, o mahou shoujo. Séries como Majokko Meg-chan ou Sailormoon são herdeiras directas de variadíssimos aspectos de Cutie Honey. De certa forma, sendo Cutey Honey Flash um sucedâneo de Sailormoon e claramente uma versão shoujo de Cutie Honey, parece que se fechou o círculo no que toca a quem influencia o quê.

Cutey Honey Flash é um anime com uma produção imaculada, com uma qualidade técnica acima da média, que foi produzida exactamente para aproveitar o balanço deixado pelo fim de Sailormoon. Claro que foi produzida pela Toei e grande parte da equipa de Sailormoon transitou para este anime que a veio substituir. Portanto esta Cutey Honey é 50% Go Nagai, 50% Sailormoon.

Como parte das transformações feitas para adaptar esta série ao que se esperava que o público de Sailormoon queria, temos um character design mais doce e feminino, corpos lânguidos por oposição à voluptuosidade habitual de Cutie Honey, alguma mas menos nudez, cores mais vivas e alegres, algumas personagens que se mantêm, outras personagens novas e um contexto semelhante com premissas novas. Sendo assumidamente um mahou shoujo, Cutey Honey tem 10 vezes mais transformações, existe um interesse romântico maior por Seiji, e um misterioso Tasogare no Prince (Príncipe do Crepúsculo). O grosso da vida de Honey passa-se num colégio privado, Natsuko (Nat-chan) é a sua melhor amiga, e o Prof. Kisaragi, o pai de Honey, foi raptado nos primeiros episódios pela Panther Claw.

No geral o que muda verdadeiramente é o tom da série que é mais romântica e virada para os sentimentos de Honey, primeiro o desespero do rapto e provável morte do pai, a aproximação romântica por Seiji, os encontros emocionantes e misteriosos com o Tasogare no Prince e depois o dilema de ser uma andróide. Cada episódio segue uma fórmula semelhante à de Sailormoon em que temos um distúrbio causado pelos Panther Claw, Honey transforma-se numa série de alter-egos diferentes para, no fim, se transformar em Cutey Honey e derrotar os Panther Claw com um ataque especial. Ao longo dos episódios pequenos detalhes da narrativa principal vão sendo desvendados, mas que não afectam muito a narrativa individual de cada um.

É uma série anime engraçada, vê-se bem, mas não é muito entusiasmante. A qualidade da produção é um grande trunfo, que se não fosse assim talvez não fizesse este anime ser tão agradável de ver. Não é, de todo, a melhor adaptação de Cutie Honey que já vi. Depois desta ficam a faltar-me as séries antigas, com essas é que vou poder ver o que sobrou do espírito original nesta adaptação.

Quem lê este post há de notar que por vezes escrevo Cutie Honey e outras Cutey Honey. O que aconteceu é que, até sair a série Cutey Honey Flash escrevia-se キューティーハーニー [kyuu-tii-haa-nii] das duas formas, a primeira ortograficamente correcta em inglês, a segunda não, um erro de romanização bastante comum entre os japoneses. Com Cutey Honey Flash adoptou-se sempre esta romanização e, quando saiu o filme live action de Cutie Honey e a série de OAVs Re: Cutie Honey, resolveu-se normalizar o nome oficial para Cutie Honey para todas as versões menos a Flash, que sempre usou o mesmo modo de escrever e é considerada um "desvio" do original. Portanto, quando escrevo Cutie, refiro-me à manga original, ao universo Cutie Honey ou às outras séries e, quando escrevo Cutey, refiro-me a Cutey Honey Flash em específico.

キューティーハニーF

21.8.08

Whisky Cutie Honey THE LIVE



De todas as coisas doidas que os japoneses inventam, de vez em quando há uma, relacionada com anime, que é, no mínimo, engraçada! Desta vez, a marca de bebidas alcoólicas Charassyu lançou uma garrafa de Whisky com as formas de Cutie Honey, versão THE LIVE!

Acho que as fotografias dizem tudo...

16.8.08

Terminei de ver: xxxHOLiC ♦ Kei


Quando escrevi o post anterior já ia a mais de metade da série que tem apenas 13 episódios, por oposição aos 24 da primeira, pelo que começar a vê-la foi lentamente e um bocado aos soluços, mas terminar de vê-la foi rápido e de uma assentada.

xxxHOLiC ♦ Kei deixa-nos na manga exactamente onde eu também parei (no 10º volume) pelo que pode ou não haver uma terceira série. Do modo como o último episódio é uma espécie de reunião geral das personagens que conviveram e criaram laços ao longo da série, faz-me pensar que uma nova série não está nos planos imediatos das produtoras, infelizmente. Mas como xxxHOLiC é um anime de certo modo discreto, não movimentando massas de fãs entusiasmados, parece-me normal que o anime se fique por aqui.

De qualquer forma o saldo é positivo, a série acaba com a história de Himawari, que é extremamente importante no total e emocionalmente forte, colocando todas as personagens principais numa situação de viragem e tomada de decisão. É um anime que se desenrola a um ritmo um pouco lento e compassado, que não nos agarra ao écran ou deixa impacientes para ver mais, mas cujo o conjunto permanece extremamente coerente e forte, com pitadas geniais de humor pelo meio. Comparando com muitas séries recentes que nos colocam o mesmo estilo de elementos na mesa, sobrenatural, tradições japonesas, gótico, visual exuberante, esta é talvez das poucas que não desilude na narrativa, tem personagens bem construídas e interessantes, cumpre o prometido e bem, terminando de uma forma agradável e satisfatória.

xxxHOLiC e xxxHOLiC ♦ Kei são das séries recentes as que mais me encheram as medidas puramente dentro do meu gosto pessoal, recomendo vivamente a quem goste das CLAMP e dos outros temas que mencionei acima.

TBSアニメーション 「xxxHOLiC◆継」

14.8.08

Ando a ver: xxxHOLiC ♦ Kei

Quis tanto ver esta série, porque gostei muito da primeira e porque ando a ler a manga (de que também estou a gostar muito), e acabei por ver os primeiros episódios com imensa lentidão. A culpa não é da série, outros anime é que se intrometeram. Agora que já encarrilei, está mais que na altura de comentar.

Comparativamente à primeira série, esta é mais fiel à manga, tanto na cronologia como nos acontecimentos. Há diferenças, como a cena em que Mokona, Maru e Moro constroem kits de plástico e, entre eles, está um Tachikoma, de Ghost in the Shell - SAC, também produzido pela Production I.G. Mas, ao contrário da primeira série, as diferenças não fazem grande mossa, são apenas pequenos pormenores engraçados, talvez menos CLAMP, mas que adicionam dinamismo ao anime.

A parte da história abordada nesta 2ª série é também mais sinistra pois os acontecimentos estranhos estão mais ligados aos protagonistas, principalmente ao triângulo Watanuki-Himawari-Doumeki. Face a esta grande diferença, a 1ª série parece mais uma introdução prolongada ao universo xxxHOLiC. Yuuko é que permanece a mesma, gozona, bêbada mas simultaneamente responsável e misteriosa.

Apesar da ambiência sinistra e das histórias extremamente apelativas, este é um anime que talvez dificilmente agrade a todos. Digo isto porque não é nem cheio de acção nem muito romântico, é atípico no modo como aborda tanto as personagens como a narrativa, é um anime visualmente rico mas narrativamente discreto. Talvez seja exactamente por isso que eu gosto tanto. O certo é que continua muito bem feito e, ao contrário de algumas opiniões que já li, continuo a gostar imenso do character design lânguido e dos movimentos desengonçados de Watanuki

As músicas continuam engraçadas mas nada de extraordinário, se bem que, confesso, a canção do genérico inicial de xxxHOLiC, 19 Sai, acabou por se entranhar e posso até dizer que gosto dela.

TBSアニメーション 「xxxHOLiC◆継」

Mach Girl

Andava eu a dar uma olhadela aos novos anime do Outono e não é que a Tatsunoko vai lançar uma série, spin-off de Mach GoGoGo (Speed Racer), que é uma espécie de Mach GoGoGo cruzado com a Penelope Pitstop das Wacky Races.

A série é protagonizada por uma rapariga chamada Lip que viaja ao encontro de variadas corridas de automóveis, no seu Mach cor-de-rosa. O character design é fabuloso e o carro promete pelo menos sete gadgets espectaculares (um já foi revelado no primeiro episódio).

O site oficial tem o primeiro episódio (de 3 minutos) disponível e grátis, e bem me pareceu reconhecer a voz da Lip, é a mesma actriz que fez de Miwako em Paradise Kiss, Marika Matsumoto. Pela amostra, quero ver mais!!! Mas parece que vou ter de esperar ainda cerca de um mês, estreia em Setembro.

マッハガール

12.8.08

Ando a ver: Naruto


Duas ou três coisinhas que ando a gostar em Naruto:


1. Wind, de Akeboshi, a canção do genérico final (sobre a qual já me manifestei no post anterior).



2. As botas/sapatos de Naruto e companhia. Por incrível que pareça, já tive, em tempos idos, umas botas bem parecidas (viam-se menos os dedos) e da Tamanca (quem diria!).

3. O modo como a imagem muda para cores menos saturadas e um efeito tipo as tramas da manga quando há um flash-back, imaginação ou recordações na narrativa. [infelizmente não consegui arranjar uma imagem para exemplo]


4. O gorro de dormir de Naruto. É daqueles objectos um bocado parvos, mas muito giros de que os japoneses costumam adorar e que demonstra bem o lado alegre e infantil de Naruto. Para além de que muda de expressão de acordo com a disposição dele.


5. O porta-moedas-sapo. Acho que a imagem diz tudo!


NARUTO-ナルト-

3.8.08

Terminei de ver: Minky Momo: Yume wo Dakishimete


Se tivesse visto logo o primeiro episódio de Minky Momo: Yume wo Dakishimete, tinha tido uma pequena amostra da desilusão que viria a ser a série. É que o primeiro episódio introduz logo o tema da agressividade bélica até mesmo na segunda transformação em adulta de Momo em toda a série.

O mahou shoujo, como qualquer género, tem regras implícitas, e por mais que permita cenas de acção, cenas de luta ou até mesmo mortes, o tom geral do género é suposto ser anti-violência, com valores éticos muito fortes, deixando uma sensação positiva, optimista. Outro ingrediente que o mahou shoujo tem que ter em algum grau (claro que depende sempre da idade da protagonista, nem que seja para manter alguma plausibilidade) é o romantismo, principalmente em relação à protagonista. O excesso de artilharia militar ao longo de toda a série, principalmente a partir da segunda metade, a ausência de qualquer envolvimento romântico da parte de Momo, e a constante quebra destas e de outras regras do género tornaram este anime numa série desequilibrada e muito pessimista.

Ainda comparando com a primeira série, Minky Momo, existe também por parte desta Momo uma ausência de objectivos claros e fica extremamente confuso se alguma vez algum dos esforços que ela fez deu frutos concretos, como por exemplo que a Marinasia tenha subido um pouco à superfície. Para esticar a série foram se arranjando pretexto atrás de pretexto para a existência de Momo na Terra mas sem uma preocupação de coerência seja com a série anterior, seja com os episódios anteriores. O excesso de intrigas gratuitas, o exageros nas participações especiais de personagens pouco interessantes, a introdução da outra Momo (da primeira série, agora renascida como humana) em mais que um episódio sem nenhuma justificação e até mesmo a fraca e mal sustentada introdução da profissão dos pais terrestres de Momo (arqueólogo e escritora de contos policiais e de terror), são mais alguns dos defeitos desta série.

A sensação que me ficou da primeira série de Minky Momo é de algo kawaii, muito cor-de-rosa, ingénuo e optimista, apesar do seu final um pouco triste. A sensação que esta segunda série me deixou foi de desilusão, armas de fogo, intrigas mal concebidas, fragmentação e dispersão e de um pessimismo e desesperança constantes.

Não compreendo como é que esta série conseguiu a duração de 60 e tal episódios quando faltavam os ingredientes principais que fizeram as muitas outras séries mahou shoujo um sucesso de popularidade. Alguém na escrita de argumento deveria ter obsessão por armas ou estar frustrado por não estar a trabalhar num anime de mechas, só pode ser!

Minky Momo: Yume wo Dakishimete deve ser dos poucos anime mahou shoujo que não quero voltar a ver...

魔法のプリンセス ミンキーモモ -夢を抱きしめて-

Canal Panda
2ª - 6ª: 07:30, 20:40
sáb.: 13:00
dom.: 13:10, 20:40

2.8.08

Ando a ver: Detective Conan

Depois do estranho e chato precalço de o AXN (e aparentemente o Animax também) terem começado a dar Detective Conan a partir do 116º episódio, a SIC também estreou a série (desta feita dobrada em português) no fim de semana passado e a partir do 1º episódio.

Ao princípio, e cheguei a comentar isso aqui neste blog, Meitantei Conan era daquelas séries em que não estava a atingir o porquê do seu enorme sucesso no Japão, onde já dura há 8 anos, e tem uma enorme legião de fãs. As histórias são pequenas intrigas policiais simples mas sem buracos, seguindo uma estrutura em tudo semelhante mais às histórias de Agatha Christie e menos às de Conan Doyle. OK, viam-se bem, todos os episódios que vira eram bem feitos, mas não percebia o que a série tem de extraordinário.

Passado mais de um mês a ver Detective Conan, depois de também investigar como realmente começa a história, acho que já começo a perceber. Começando pela personagem de Conan Edogawa/Shinichi Kudo, que apesar de ser uma personagem bastante despreocupada e bem disposta, através da sua mutação revela por vezes um lado sombrio extremamente intrigante que lentamente me começou a cativar. A chegada de Haibara Ai também ajudou. Ai consegue ser ainda mais misteriosa e carismática que Conan por causa da sua postura mais madura e cínica. O que também é engraçado é o facto de nem ser a curiosidade, que está lá e agradece-se, de saber como Conan voltará à sua forma de Shinichi que realmente me motivou a continuar a ver a série e a começar a gostar gradualmente. Ao fazerem de cada episódio ou par de episódios histórias independentes, mas bem escritas, não se torna (por enquanto) demasiado repetitivo e é um bom estratagema para sutentarem os 500 e tal episódios que a série já tem. Reflectindo bem, acho que são as personagens bem caracterizadas e que se mantém sólidas e coerentes, mesmo que haja uma evolução, a ténue linha narrativa principal, apenas presente a intervalos regulares, uma boa animação, um character design coeso e agradável, uma banda-sonora que suporta lindamente a história e é ao mesmo tempo muito anime, que tornam este anime aparentemente desinteressante num anime que vai cativando aos poucos.

Ainda só vi um episódio na SIC, infelizmente perdi os primeiros dois. Porque SIM!, a SIC está a passar a série do início!!! Mas já deu para avaliar a dobragem que está invulgarmente boa! Gostei das vozes de Conan/Shinichi, se bem que na versão japonesa parecem mais a mesma voz (onde a de Shinichi é do famoso Yamaguchi Kappei) mas, claro, versão criança e versão adulta. Mas a que mais me impressionou foi o Detective Mouri, o pai de Ran (love interest de Shinichi), ter, na versão portuguesa, uma voz quase igual à original! Isso em termos de dobragens portuguesas é um prodígio digno de festejar! Acho que em anime deve ser uma das primeiras vezes que se é tão fiel. A grande qualidade das restantes vozes é não termos ninguém a fazer más pronúncias do norte ou afins e vozinhas de falsete artificiais, entre outros defeitos comuns das nossas dobragens. Todos soam naturais, inclusive os miúdos, e nenhum se destaca por causa de maneirismos. Prefiro sempre o original, mas PARABÉNS!!!

Por outro lado, as legendagens do AXN continuam péssimas e a escrever os nomes das personagens à espanhola. Quando se lêm esses nomes e se presta atenção como os dizem na série, não bate a bota com a perdigota! De Jeiyi a Heiji (lê-se Heiji, com o H aspirado) vai uma grande distância. Para não falar do professor Hakasei que é em japonês Agasa hakasei, em que Agasa é o nome (apelido) dele e hakasei quer dizer professor (como professor universitário ou cientista), que se traduzirmos verdadeiramente o horror que eles lá põem fica professor Professor... Já enviei mais que um mail ao AXN/Animax, mas nunca obtive qualquer resposta, nem sequer um educado automático a dizer que receberam o meu e-mail... Portugal não é Espanha!!! (por enquanto)

名探偵コナン

AXN
sab., dom. 14h05, 07h35 (reposição)

SIC
sab., dom. cerca das 07h00
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