22.2.13

Macross Frontier - os filmes

Não sei porquê mas quando vi a série Macross Frontier não vi os filmes. Naturalmente agora já os vi e de certa forma foi boa ideia ter feito um intervalo.

Macross Frontier: Itsuwari no Utahime e Macross Frontier: Sayonara no Tsubasa são uma espécie de recontagem da mesma história da série e ambos são em sequência. Como tal há detalhes que são diferentes o que torna a coisa um pouco confusa. Talvez por isso, em termos de narrativa, gosto mais da série, que é mais completa. Pelo menos uma coisa é boa, o final é conclusivo apesar de ser deixado em aberto. Talvez este ano, ano do 30º Aniversário de Macross, façam um filme ou coisa parecida pegando nos nozinhos que ficaram por atar. Veremos.

A animação, principalmente dos concertos e sequências de batalha, continua a ser fabulosa e bastante superior à média das séries ou filmes actuais, mas a aposta (sempre boa) nessas sequências foi em detrimento da história que nos filmes tem muitos buracos. É verdade que estamos a ver dois filmes onde o que queremos é ver a resolução do triângulo amoroso Sheryl-Alto-Ranka e a salvação do mundo com uma canção. A permissa de todos os Macross é idiota, portanto nesse aspecto, investindo mais nas personagens, Macross Frontier, até mesmo nos filmes onde têm menos densidade, já é melhor. O certo é que a ideia de salvar o mundo com uma canção, apesar de originalmente de Macross, lembra-me sempre e inevitavelmente o filme Mars Attacks, de Tim Burton, e as cabeças dos aliens macrocéfalos a explodir nos capacetes ao som de 'Indian Love Call'. Não consigo deixar de achar a ideia ridícula.

Ambos os filmes de Macross Frontier funcionam de forma autónoma,  podem ver-se sem ver a série ou vê-los como complemento da série. Como são narrativas alternativas acho que deixam ao espectador escolher as versões que mais lhes convém. Como a animação e toda a produção são de fazer cair o queixo, são definitivamente filmes a ver, pois são deslumbrantes e enchem bastante o olho. Até diria que essa magnificência técnica nos faz esquecer facilmente a permissa um bocado tonta.

劇場版 マクロスF 虚空歌姫~イツワリノウタヒメ~
劇場版 マクロスF 恋離飛翼~サヨナラノツバサ~

13.2.13

Cosplay Photoshoot #10

 
Há muito que não falo aqui em cosplay, mas o certo é que ultimamente até tenho andado mais activa. Desde 2010 tenho feito um fato novo por ano (o meu limite orçamental) e tenho ido a mais eventos que o costume. Como o Cosplay Photoshoot comemorou a 10ª edição este ano, não podia haver melhor ocasião para falar em cosplay! Em 2011 vesti o meu fato de Yuuko, do capítulo da neve na versão da manga de xxxHOLiC, pois não gostei das cores demasiado natalícias da versão do anime. Como na manga a ilustração está só a preto e branco, o que era preto deixei preto e o branco optei por um grená. Inicialmente queria um vermelho escuro, mas a pouca escolha em tecidos acabou por condicionar a cor. Acabei por utilisar um veludo grená, que também me "obrigou" a bordar as rosas das baínhas. Ainda me falta bordá-las na baínha da saia, mas o orçamento acabou - as linhas são caras. Em 2012 não fui ao Photoshoot pois era para fazer par com um amigo meu num cosplay bastante elaborado que mal está começado... Como na 3ª-Feira de Carnaval uma amiga fazia anos, aproveitei a festa para voltar a vestir a Yuuko. Em Março arranjei convite para o Iberanime Lx, mas não levei cosplay pois os meus são quase todos mais invernosos, estava demasiado calor. Entretanto em Julho decidi fazer o fato dos corações da Hokuto (Tokyo Babylon) que levei à Festa do Japão em Belém. Tive algumas dificuldades com a estrutura da saia, só me lembrando de usar espuma na véspera do evento, quando já não tinha tempo para a ir comprar. Voltei a vestir a Hokuto em Setembro no Midori II, já com a espuma, mas ainda sem os sapatos (não consigo encontrar sapatos com a forma aproximada por um preço módico...). E finalmente regressei à BD Amadora em cosplay! Voltei a vestir a Yuuko e uma amiga tirou-me umas fotos engraçadas num cenário vagamente semelhante ao da manga, mas sem a neve...
    
FOTOS: Joana Fernandes, Isabel Tomás, Leo Pinela

Entretanto, como aliás fiz vários posts aqui, encontrei os episódios que me faltavam ver de Glass no Kamen de 2005, comecei e li a manga até onde pude (vol.48) e vi o dorama. Excusado será dizer que rapidamente Glass no Kamen se tornou uma das minhas manga/anime preferidos pelo que decidi levar a paixão ao próximo patamar, fazer o cosplay de Tsukikage-sensei. Escolhi-a por várias razões, gosto do fato, apesar de ser simples, gosto do drama que lhe está associado (a cicatriz, o cinto com um ar vintage) e, para além dos figurinos de Maya e Ayumi, Glass no Kamen não é propriamente a série mais fértil em bons cosplays. Outro factor decisivo é que dificilmente eu faria cosplay de Maya ou Ayumi, demasiado adolescentes para mim, não faço crossplay (Masumi ou Onodera - HAHAHA! ia ser engraçado!) pelo que me restava Tsukikage-sensei, que é a personagem com a imagem mais marcante. Gostei imenso de fazer este fato, pois envolveu mais do que costura, que é o meu forte. Aliás, neste fato a costura foi o mais fácil, também tive de pentear a peruca, que vinha menos volumosa e encaracolada que eu queria, fazer o cinto, que envolveu fazer de raiz a jóia verde em resina e caracterização, com a cicatriz de queimada de Tsukikage-sensei, que, à falta de orçamento para latex, fiz com cola UHU, base, e maquilhagem que tinha em casa. Não fotografei a cicatriz das três vezes que a fiz (uma de teste, para o Photoshoot e para um pequeno evento num restaurante), mas é uma cicatriz mutante XD. Posso assegurar que vou fazer sempre a cicatriz, mesmo que se veja mal por trás do cabelo, sempre que fizer cosplay de Tsukikage-sensei.

O Cosplay Photoshoot é definitivamente o meu evento preferido. É o mais democrático, pois as pessoas vão essencialmente para se divertir, é o mais fácil, pois é no Carnaval, o que faz com que os mais tímidos tenham menos receio de se mascarar e é o evento com a maior aglomeração de cosplayers de todo o país. Não tenho 100% certeza disto, mas aposto como é. Este ano houve faltas de cosplayers habitués, e é sempre com pena que vejo cosplayers à civil no evento. Mas é sempre muito bom passar uma tarde a falar de tecidos, perucas, adereços, métodos de construção com um punhado de pessoas com quem normalmente só "converso" online. Foi muito divertido e naturalmente já ando a pensar no do próximo ano, que será um remake do único cosplay meu que falhou. Na altura não encontrei o tecido que queria, a peruca teve de ser em lã e ficou muito feia e é uma personagem que A-D-O-R-O! Claro que não é o único cosplay da lista, que está sempre a crescer. Fiquem atentos...

E fiquem com a galeria das fotos que tirei no Photoshoot #10:


Parque das Nações

4.2.13

Ando a ver: Mawaru Penguindrum


Mawaru Penguindrum não é definitivamente uma série vulgar que mistura quatro adolescentes, 3 deles irmãos, um crime horrível, destino e uma segunda dimensão sobrenatural. Sensivelmente a meio da série ainda pouco mais foi revelado que a ligação entre os quatro protagonistas e a existência desse mundo sobrenatural que tanto pode estar na cabeça deles, como não. Vai na volta a explicação é daquelas super simples: estão todos mortos... ou talvez não!

Visualmente Mawaru também é invulgar, utiliza bastante a sinalética do metropolitano, os pinguins como logótipos, as Double H, com significados adicionais que nos obrigam a ver a série com muita atenção. Outra coisa que não pude deixar de reparar é o hospital de Himari ser o Centre Pompidou, em Paris. Ora vejam:

Hospital de Mawaru Penguindrum

Centre Pompidou, Paris
Isto reforça ainda mais o lado surreal da série, uma vez que o Centre Pompidou é um centro cultural de artes plásticas e visuais, uma referência na arte moderna, cuja arquitectura marcou muito a vida cultural de Paris nos anos 80, quando foi construído. O ângulo é ligeiramente diferente, mas as turbinas claramente visíveis na imagem de Penguindrum também existem no Pompidou, aliás foi isso que me confirmou a citação. Adoro encontrar referências destas no anime!

輪るピングドラム

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