20.12.10

Mery Kurisumasu!


Sempre que encontro uma imagem de Natal engraçada de algum anime, gosto de a colocar aqui para as Boas Festas. A grande maioria dessas imagens fazem parte ou de episódios especiais de Natal (não os há assim tantos) ou de promoções natalícias como CDs, DVDs especiais, merchandising, etc., algo mais comum.

Este caso concreto pertence ao genérico de abertura de Super GALS! Kotobuki Ran e é apenas mais um exemplo do que Ran massacra a desgraçada da estátua do Hachiko em Shibuya... Gosto do detalhe do bigode de Pai Natal dela, junto com as típicas botas de plataforma de gal e de o Hachiko ter virado... Rudolph!

★ Feliz Natal do Anime-comic, da Ran e do Hachiko!


14.12.10

Retoques

Dei uns retoques aqui ao blog, com o antigo layout já não estava a conseguir implementar as novas funcionalidades e widgets do Blogger e portanto arranjei um novo template. Ainda quero fazer uns retoques, tais como voltar a colocar a lista de títulos numa caixa drop down, pois é muito extensa e ocupa demasiado espaço. Mas para já basta.

Enfim, espero que as mudanças agradem e também facilitem as visitas a este blog.

じゃな!

10.12.10

Ando a ver: Crayon Shin-chan


No caso de Crayon Shin-chan não posso fazer um post "Comecei a ver:". Isso acontece fundamentalmente porque para além de ter já visto bastantes episódios da série alternados e a série é das longas. Os primeiros que vi, foram episódios algures do meio, há anos no Japão, depois fui vendo a versão remontada norte-americana na SIC e agora estou a ver a versão original, se bem que dobrada em português, que passa no Animax.

Mesmo assim consegui apanhar a série (segundo a informação da box e do Animax) quase no início, episódio 11, e, felizmente Shin-chan não obriga a um visionamento com grande rigor de continuidade.

Andava com saudades da insolência e da subversão de Shin-chan. Com o seu grafismo quase primário, visual infantilizado, Crayon Shin-chan engana bem no que toca a levar as pessoas pelas aparências. Sob essa capa visual infantil, encontra-se uma série de anime do mais adulto, subversivo, insolente, irreverente e cheia de humor negro que se possa imaginar. Quando vi os primeiros episódios, um amigo descrevia Shin-chan como Os Simpsons do Japão. A analogia pode ser válida nos argumentos que apresentei acima, mas Shin-chan é ainda mais subversivo que Os Simpsons. Definitivamente não é para crianças! O lado "bom" é que, na grande maioria, as piadas mais picantes, passam um bocado ao lado dos miúdos, ou lançam umas gargalhadas de alguma piada mais escatológica, e o assunto acaba por se resolver a si próprio sem chocar as almas mais pudicas.

Shin-chan também tem uma estrutura mais comum nos animes infantis, os episódios tem a duração normal de 25 minutos, mas são divididos em três mini-histórias, quase pequenos sketches da vida de Shin-chan a massacrar a família e conhecidos. Massacrar é a palavra que melhor descreve Shin-chan! Que peste! Não desejo um filho assim a ninguém, nem ao meu pior inimigo... Basicamente o modo de estar de Shin-chan é massacrar, moer, irritar, enervar, incomodar, envergonhar, embaraçar, armar confusão onde está e aos que o rodeiam, não olhando a idade, credo ou convicções políticas. Ao menos é democrático. Shin-chan é odiado, evitado, rejeitado, mas algo na sua inocência desenvergonhada faz com que as suas vítimas respirem fundo, suspirem, encham-se de paciência e se preparem para a próxima leva.

Mas o grande passatempo de Shin-chan é ver o seu grande herói na televisão, Action Kamen, um herói mascarado, arquétipo dos heróis infantis japoneses, que combate o mal, em geral personificado num dinossauro-clone-de-Godzilla. O quotidiano japonês revela-se então, na casa e na escola de Shin-chan, no merchandising relativo a Action Kamen, nas idas ao supermercado, nos passeios para fora da cidade. Para quem queira saber mais acerca da cultura japonesa e goste de um bocado de humor picante e insolente, basta estar de olhos e ouvidos bem atentos a Crayon Shin-chan, está lá tudo!

テレビ朝日|クレヨンしんちゃん
バンダイビジュアル★クレヨンしんちゃん★

Animax

23.11.10

Terminei de ver: Blood +


Que percurso incrível o de Saya! Saya, aquela rapariguinha despreocupada cuja satisfação era enfardar uma boa refeição ou estar com a família, mal se reconhece no final da série! Mas, ao contrário do habitual, o final é muito satisfatório, remata bem a história e aquela rapariguinha de Okinawa ainda existe dentro de Saya, provocando uma reviravolta muito interessante no final.

Não quero fazer spoilers, não vou contar nada de como Blood + acaba, mas, como já disse num post anterior, é uma série emocionante do princípio ao fim, com personagens muito interessantes e credíveis, sem um único tempo morto, sem momentos de "encher chouriços" e que se mantém consistentemente empolgante e interessante até no final, onde por vezes as coisas descambam...

Adorei Blood +, uma série que me surpreendeu muitíssimo, RECOMENDO!!

BLOOD+(ブラッドプラス)
BLOOD+ (ブラッドプラス) 予告編ライブラリー

Animax

21.11.10

Terminei de ver: Inu Yasha + Inuyasha: Tenka Hadou no Ken


Finalmente terminei de ver Inu Yasha. No geral foi uma desilusão. Tendo seguido a carreira de Rumiko Takahashi desde que me interessei mais profundamente pelo anime e manga, li grande parte de Ranma ½ e Urusei Yatsura e passei os olhos pelo Rumic World e Maison Ikkoku. Digamos que não me faltam termos de comparação.

A minha série favorita de Rumiko Takahashi é a mais controversa para o público ocidental: Urusei Yatsura. Não consigo compreender porquê, mas o humor japonês, algo pueril e atrevido, é mal compreendido entre o público ocidental e raramente as séries cómicas são verdadeiramente populares. O que adoro em Urusei Yatsura é a constante sucessão de disparates, o absurdo de uma extraterrestre, Lum, descolada da cultura popular japonesa (oni=demónio popular japonês) "invadir" a Terra e acabar por apenas "invadir" a vida e a casa de Ataru Moroboshi, o surrealismo aliado à via dia-a-dia de adolescentes japoneses, onde se aprende imenso acerca da cultura popular japonesa. O que gosto em Ranma ½ é, mais uma vez, o humor pueril, o absurdo de personagens que se transformam com água fria/água quente, o dia-a-dia num bairro comum japonês.

Inu Yasha tentou integrar isso, na vida de Kagome, no seu esforço em estudar apesar de passar 3/4 da série no passado, mas ao separar os dois universos, o normal do sobrenatural/passado por um portal (o poço) e de condicionar o seu uso a apenas duas personagens, também condiciona o humor desbragado que era uma das qualidades fortes de ambas as séries que mencionei acima. Para além disso o facto de a série se prolongar/de esticar/fazer render o peixe (escolher uma das hipóteses anteriores) e, como consequência, ter imensos fillers, tudo isto torna Inu Yasha uma série com bom potencial mas bastante chata e repetitiva. Existe mais um outro problema: a série anime (para TV) não termina onde a narrativa termina, esse final ainda não tinha sido escrito na manga à data da produção. Portanto, estamos 200 e muitos episódios à espera que Inu Yasha, Kagome, Sango, Miroku e Shippo reúnam os pedaços da Esfera dos Quatro Espíritos e derrotem Naraku mas não passamos da cepa torta.

Resumindo, Inu Yasha é uma série demasiado longa, que se pode ver mais ou menos sem ser por ordem, pois a resolução da história é ainda mais adiada do que a de qualquer telenovela venezuelana! É secante!

Mas gostei de alguns episódios, gostei da premissa e das motivações principais, só gostava de ter tido algum tipo de resolução.


Inuyasha: Tenka Hadou no Ken

Inuyasha: Tenka Hadou no Ken é o 3º filme de Inu Yasha mas não passa mais do que um episódio aleatório da série onde se foca mais nas origens de Inu Yasha, do seu pai e da sua mãe. De resto poderia ser perfeitamente um conjunto de dois ou três episódios da série. Não se nota grande sofisticação de argumento, técnica de animação, efeitos especiais ou outros que justifiquem um provável orçamento alargado. Em suma é um filme fraco, que necessita a contextualização na série mas que também não adianta grande coisa à mesma.

É com muita pena que, chegando ao final digo isto de Inu Yasha, desde o início que sempre gostei da série, mas a sua não-resolução é desapontante.

13.11.10

Comecei a ver: Super GALS! Kotobuki Ran

Opa... finalmente uma série de anime menos séria e mais ao meu estilo! Ultimamente tenho andado a dar conta de séries que queria e tinha de ver, mas cujos motivos que me levavam a vê-las não são os grandes motivos que, em geral, me levam a ver anime. É complicado explicar isto, não que umas séries sejam, a meu ver, melhores que outras ou porque são mais sérias ou porque são mais coloridas, mas há determinadas séries, e em geral não preciso de ver muitos episódios para me aperceber disso, que me enchem mais as medidas e fazem clique naquele sítio do meu cérebro que responde com um: "ah sim, isto é anime!"

Esta é uma série levezinha, que mostra o dia-a-dia de um pequeno grupo de adolescentes, que seguem e se vestem no estilo gal, mostram as suas ambições, sonhos e princípios. Na época em que a manga foi criada, as gals estavam na berra, foi a sua época áurea. Ainda existem bastantes gals em Tóquio, elas não desapareceram, mas em finais dos anos 90 eram o último grito na cidade. O anime levou algum tempo a ser produzido, no início dos anos 2000, o que é demonstrado numa qualidade técnica superior à dos anos 90.

Ao longo destes cerca de 10 anos, tenho me vindo a aperceber que as gals, apesar da sua aparência muito feminina e até muito sexy, de grandes decotes, saltos muito altos, roupas justas e mini saias que mais parecem cintos, elas são no fundo marias-rapaz. Kotobuki Ran é com certeza uma maria-rapaz! Cresceu numa família de gerações de polícias e é, digamos, a primeira a não querer seguir a profissão. Digamos, porque Ran é mandona e teimosa e segue com honra uma série de princípios éticos, como, por exemplo, não se vender para ter dinheiro para comprar o seu bric-a-brac de gal.

O que nos leva ao seu irmão que está destacado para o kouban (posto de polícia) de onde? Shibuya! O bairro quartel-general das gals. A sua melhor amiga, Miyu, é mais doce e simpática e traz sempre mimos ao irmão de Ran, por quem é apaixonada. Aya, o terceiro elemento do trio, é a primeira "vítima" da justiceira Ran.

Super GALS! Kotobuki Ran é divertida, alegre, tem roupas giras, situações cómicas e naturalmente, ou não fosse este um shoujo, uma ponta de romance e amores cruzados. A música é bem animada e não é de todo desagradável, os episódios seguem num ritmo acelerado, intercalado por informação escrita no ecrã, que quebra a parede invisível entre ficção e o espectador. É, no mínimo, uma boa desculpa para "passear" em Shibuya e conhecer um bocadinho melhor umas das grandes tribos de street fashion de Tóquio.


超GALS!寿蘭

Animax

12.11.10

Ando a ver: Blood +


Blood + é definitivamente uma série de excelente qualidade! Já estou a chegar ao final da série e nem um único episódio de fillers ou recaps, mesmo os episódios mais "calmos" têm conteúdo e são interessantes de ver, já para não falar que fazem falta para descomprimir dos episódios mais agitados e, naturalmente, fazer avançar, mesmo que mais lentamente, a história.

Gosto muito de como nenhuma personagem é plana, todas têm evoluído de forma bem interessante, e há inclusive "trocas de lado" por parte de personagens chave na narrativa. Nomeadamente Julia, a dedicada cientista que apoiava a organização Red Shield e Saya, que passa a trabalhar para a Cinq Flèches rival, em prol de poder avançar com as pesquisas acerca dos quirópteros, e Solomon, o Chevalier de Diva que, apaixonado por Saya, abandona os "irmãos" de sangue, mesmo colocando em causa a sua própria existência.

A partir de mais ou menos metade existe um hiato de tempo em que Saya e Kai amadurecem consideravelmente. Saya passa de alegre e despreocupada a sombria e grave e Kai torna-se num homem interessante. Por esta altura já sabemos a origem de Saya e Diva e dos quirópteros, nem tudo está explicado, mas o essencial já sabemos, e a temática passa de familiar a bastante mais política. Descobrimos que nada é definitivo o que nos deixa coisas suficientemente em aberto para não ser possível/provável um final previsível. Uma grande qualidade! Também nos introduz um novo grupo de personagens, os Schiff, que parecendo à primeira gratuita essa introdução, acaba por fazer sentido no geral.

Tenho de mencionar novamente os genéricos. Há um esforço de não colar a estética dos genéricos à da série, trazendo outros desenhadores para os conceber. Portanto, introduzindo ou fechando cada episódio e fase da história, temos pequenos clips musicais que podem funcionar de forma mais ou menos independente. Não podia deixar de fazer notar que ambos os 2ºs genéricos (inicial e final) são cantados pelas minhas duas vozes japonesas preferidas, independentemente de gostar ou não do estilo das músicas que cantam: Hyde, vocalista dos L'Arc~En~Ciel e Mika Nakashima, que interpretou Nana Ozaki no filme live-action NANA e NANA 2.

Estando agora na recta final da série, estou naquela fase de ansiedade de querer ver como tudo irá terminar, até porque introduziram novos factores que me deixaram bastante intrigada. A mim e provavelmente a todos os que seguiram esta série. Até agora Blood + tem sido uma surpresa bem agradável, e é uma série que merecia maior destaque pelos fãs ocidentais. No Japão foi um sucesso, mas pelo menos cá em Portugal, toda a gente pode saber mais ou menos que Saya é a adolescente caçadora de quirópteros, mas o que Blood + acrescenta é que é mais, muito mais que isso.

BLOOD+(ブラッドプラス)
BLOOD+ (ブラッドプラス) 予告編ライブラリー

Animax

21.9.10

Comecei a ver: Blood +


Estou a gostar, e muito de Blood +! Gostei do filme, Blood the Last Vampire, mas, (ultimamente parece que digo sempre isto) não sendo o meu estilo de anime só o apreciei sob um olhar mais analítico. A série para TV, Blood +, adiciona à história da adolescente caçadora de quirópteros em Okinawa a dimensão que, para mim, faltava: a emoção e a empatia.

Esta Saya é uma Saya bem diferente da do filme (ainda não vi o live-action, mas calculo que seja semelhante ao outro), é uma rapariga amorosa, comilona, com amnésia, que tem como objectivo final a união da sua família mas mesmo assim está disposta a cumprir o seu destino. A Saya do filme era mais fria e indiferente, portanto menos humana e menos interessante como personagem.

Ao fim de 10 episódios ainda muito pouco do mistério que envolve Saya e os quirópteros foi desvendado, mas a narrativa já sofreu evoluções dramáticas bastante interessantes e já me cativou! A série introduz novas personagens fixas, os dois irmãos adoptivos de Saya, Kai, o circunspecto e caladão e Riku, doce e sossegado. Também introduz um "assistente", Hagi, que, digamos, é quem irá aos poucos guiando e ajudando Saya na sua caça ao quiróptero. Cada episódio evolui bastante, sem partes secantes ou de encher e inclui emoção e acção q.b. para agradar a meninos e meninas. Isso é bom! A introdução de pequenos elementos shoujo, como a partilha de almoços na escola, colégios internos femininos, rosas azuis, etc., contribuem para tornar este anime numa série mais abrangente. Como a mesma teve um sucesso razoável, parto do princípio que os rapazes gostam de um pouco de romance e que as raparigas gostam (ah isso gostam!) de acção.

A arte visual da série é límpida e bastante simples, um character design que faz lembrar bastante Yoshiyuki Sadamoto, de Evangelion, paisagens abertas e claras, mesmo quando está escuro ou faz mau tempo.

Para variar, desta vez gosto dos genéricos, não propriamente marcantes mas bonitos e com canções agradáveis, mas gosto especialmente das ilustrações do genérico final, num estilo muito Osamu Dezaki retro e da canção final, "Kataritsugu Koto" por Chitose Hajime, que já tinha cantado o genérico final de ~Ayakashi~ Japanese Classic Horror.

Esta série é longa e estou a gostar, portanto: aguardem-me!

BLOOD+(ブラッドプラス)
BLOOD+ (ブラッドプラス) 予告編ライブラリー

Animax

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ERRATA: Hagi escreve-se, no nosso alfabeto, com G apesar de se pronunciar J.

4.9.10

Acabei de ver: Ergo Proxy


Não tenho realmente muito a acrescentar ao post anterior, Ergo Proxy é um anime lindíssimo, de primeira qualidade, com uma história muito rica e densa. Tenho um problema com animes deste género, adoro, deixo-me envolver muito, mas exigem uma atenção redobrada ao pormenor, senão parece que estamos a perder imenso... OK, não é realmente um problema, mas o que quero dizer é que o grau de atenção que me exigem, faz com que tenha de estar muito disposta a ver a série naquele momento e, confesso, que não vi todos os episódios de Ergo Proxy como eles mereciam. É uma daquelas séries que tenho de rever.

É engraçado perceber que, no fim das contas, esta é uma simples história de amor e amadurecimento e até com um final feliz! Mas no meio é que está a virtude, é nos detalhes, na busca pelas memórias de Vincent Law, na evolução e crescimento de Re-l, na aprendizagem de Pino, na ascenção e queda da sociedade decadente de Romdeau que está a grande riqueza de Ergo Proxy, um anime bem envolvente.

Noutro olhar, criei uma pequena obsessão com a sombra dos olhos de Re-l e adorei o casacão de inverno dela. Tem um ar super quentinho e cosy e corta com o restante guarda-roupa essencialmente negro. Também achei piada à Pino vestida de coelhinho cor-de-rosa e os Proxies são lindos em termos de character design.

Só existe realmente uma coisa a qual não consigo encaixar. Eu talvez devesse gostar de Radiohead, tenho sido fã dos U2 e de semelhantes estilos musicais desde a adolescência, mas o certo é que não consigo gostar deles! Demasiado melosos para o meu gosto. Isto leva-me aos genéricos, que apesar de visualmente muito bonitos, saltei na grande maioria das vezes por a música me enervar... bah... paciência!

Ergo Proxy|エルゴプラクシー

Animax

27.8.10

Acabei de ver: Death Note


O grande problema de Death Note é o protagonista. Light Yagami é uma personagem desagradável, pouco interessante, egoísta e não suficientemente enigmático, psicopata ou louco para ser atractivo e aguentar a narrativa. Normalmente tenho tendência a gostar dos vilões, para mim o melhor vilão de sempre é Darth Vader, seguido de Makoto Shishio de Rurou ni Kenshin. Ambos estes vilões demonstram prazer no mal que fazem e são coerentes nas suas loucuras até ao final, mesmo quando, no caso de Darth Vader, se redimem. Light Yagami não tem prazer em tirar as vidas dos malfeitores da sociedade, muito menos em tentar ser um deus do novo mundo. O seu percurso é apenas um capricho de um menino mimado com tempo, inteligência e dinheiro a mais... enfim, um sonso, realmente perigoso, mas que não mete medo nenhum.

Outro grande defeito de Death Note é matarem a única personagem apelativa e o único antagonista convincente de Light a meio. L é definitivamente a única personagem interessante das que se mantém algum tempo na série mas acabam com ele antes da história estar terminada. Também não "engoli" a facilidade com que toda a gente aceita o universo e as razões sobrenaturais dos Shinigamis e do Caderno da Morte. As histórias são válidas na medida da sua verosimilhança, mas nunca, naquele universo extremamente calculista e teórico, com poucas empatias ou crenças, o conceito do sobrenatural encaixou de forma convincente. E continuo sem perceber a histeria em redor da série, agora que a acabei de ver, ainda menos...

Em relação ao final, poderia ser assim ou não, apenas comprova a minha teoria do whodunnit, do post anterior acerca de Death Note. Nos whodunnits clássicos reúnem-se os suspeitos e intervenientes da acção numa sala para explicar o que se passou e colocar em confronto o(s) suspeito(s). É assim o final de Death Note, sem grandes surpresas e N também não é lá grande antagonista, apenas coloca em prática todas as teorias anteriormente delineadas por L, sendo um fraco substituto (como personagem).

Enfim, Death Note foi uma enorme desilusão, com uma premissa tão interessante, com o lado dos Shinigamis por explorar e um antagonista bom, acabaram por se perder num labirinto de esquemas e explicações, excesso de teoria e pouco sumo narrativo. É com muita pena que não recomendo esta série, esperava muitíssimo mais, pode ser que um dia veja o que resta de Death Note, os filmes, a manga e tudo mais... para já, fico-me por aqui.

DEATH NOTE デスノート

Animax

24.8.10

Satoshi Kon

Foi com um grande choque que li a notícia da morte de Satoshi Kon hoje. Não sendo muito fã dele e do seu estilo peculiar, desde as primeiras obras que vi dele que reconheço o seu génio e é esse mesmo estilo peculiar que o torna num. Hoje é um dia triste para o anime, ele era um pilar muito importante na disseminação e divulgação do anime no mundo e ainda por cima um com a melhor das qualidades.

Escolhi o cartaz do Paprika, por achar que é uma das imagens mais representativas do universo complexo e surrealista deste realizador. Felizmente na sua curta vida Satoshi Kon foi bem prolífico, deixou-nos muito de si, para sempre.








EDIT: 28.08.2010
Deram-me o link para este, o último filme completo de Satoshi Kon: uma delícia!

O-HA-YO - Satoshi Kon - Good Morning from Elrinda on Vimeo.



今 敏 オフィシャル・サイト - KON'S TONE
Satoshi Kon (Wikipedia)

18.8.10

Comecei a ver: Death Note

De início estava bem curiosa acerca de Death Note, era uma daquelas séries que, não sendo o meu género preferido, queria muito ver. Agora que estou a chegar sensivelmente a meio, percebo as suas qualidades, mas também percebo os defeitos e não percebo o porquê de tanto histerismo à volta de Death Note.

Death Note é uma série essencialmente cerebral e, em certos aspectos, não muito longe de Detective Conan. Quero com isto dizer que se Detective Conan é uma série em que cada episódio (ou pequeno conjunto de episódios) é um whodunnit clássico, Death Note é, na sua linha narrativa principal, também um whodunnit. A grande diferença é que em Death Note sabemos logo à partida "quem o fez" e vemos a historia do ponto de vista do "criminoso".

A grande razão porque não percebo o histerismo é que, no geral, não acho as personagens interessantes: Light Yagami é irritante e antipático, Misa é uma parvinha e todos os secundários são isso mesmo: carne para canhão. Escapam Ryuk, excelente na sua despreocupação com tudo o que de "moralmente condenável" se passa à sua volta, sendo a sua maior preocupação a própria sobrevivência, passar um bom bocado e comer maçãs (detalhe delicioso!), e L. L acho que compensa o desinteresse das outras personagens, mas talvez eu diga isto porque em geral gosto de personagens cerebrais e é isso que ele é. Para além disso é um tipo enigmático que é talvez o que Light precisa para se tornar vagamente interessante.
Para além de tudo isto, em termos do peso que possa ter em "adolescentes influenciáveis", Jigoku Shoujo, tratando essencialmente de vingança, parece-me bem mais perigosa. O único problema moral-social que vejo é o sentido deturpado de justiça de Yagami, mas as personagens que oiço mais gente comentar são o L (que tem a moral aparentemente no sítio) e Misa (que é uma parvinha).

Qualidades: é realmente uma série de primeira, com uma produção excelente. A premissa da história é muito boa, dá pano para mangas e é suficientemente flexível para se poder arrastar a história ao sabor do share de audiências.

Defeitos: não sou grande fã do character design (diga-se, dos humanos), a paleta soturna também não me fascina demasiado e até acho o visual um tanto pretensioso. Ah! Explicações a mais... gostaria que deixassem um bocadinho mais de raciocínio com os espectadores, aquilo é pior que qualquer C.S.I.! Odeio o estilo da música do genérico, só consigo tolerar este tipo de música por ser castiça em genéricos como o de Saint Seiya. Mas isso é apenas o meu gosto pessoal, que raramente anda em sintonia com genéricos de anime.

No geral estou a gostar de Death Note, mas sinceramente está a decepcionar-me um bocado. Não estava à espera.

DEATH NOTE デスノート

Animax

17.7.10

Volta Candy Candy, que estás perdoada!


Este post é um apelo aos fãs de Candy Candy em Portugal e também do Brasil, pois sei que muitos brasileiros lêem este blog, para não deixarem a Candy Candy morrer.

Como explico em traços largos no meu site dedicado à Candy Candy, a autora dos desenhos, Yumiko Igarashi, comercializou indevidamente ilustrações e merchandising da Candy Candy desrespeitando os direitos de autor da autora do texto, Kyoko Mizuki, sem a compensar dos lucros. Esse acto resultou num longo processo em tribunal que foi decidido a favor de Kyoko Mizuki. Infelizmente como resultado ambas as editoras, a Kodansha para a manga e a Toei para a série anime, bloquearam a reedição da Candy por causa da má imagem gerada pelo processo. Com isso, os direitos internacionais de edição e distribuição também estão bloqueados e os fãs de Candy Candy, que foi um dos animes mais marcantes em Portugal no início dos anos 80, estão impedidos de usufruir novamente desta história, seja em manga traduzida, seja em edição da série em DVD.

Está a decorrer uma petição online com o objectivo de pedir a Igarashi Yumiko que faça um pedido de desculpas formal a Kyoko Mizuki e, por consequente, limpar a imagem de Candy Candy e permitir que a mesma volte a ser publicada, como muitas séries dos anos 70 e 80 têm vindo a ser e com sucesso.

A petição encontra-se aqui: Rebirth of "Candy Candy" Petition, é muito fácil e rápida de assinar e a assinatura pode ficar anónima se o desejarem. Por favor assinem pois, quem sabe, não poderá haver uma edição em português da manga!

Candy Candy (Wikipedia)
Kyoko Mizuki (Wikipedia)
Yumiko Igarashi (Wikipedia)

 manga

21.6.10

Comecei a ver: Ergo Proxy

Ergo Proxy é um anime SÉRIO... e deslumbrante!

Na continuação da exploração (e aproveitamento) do canal Animax, comecei a ver mais uma série há muito adiada: Ergo Proxy. Estava adiada pois chamou-me a atenção mas não aprofundei nem pesquisei acerca da série. De certa forma ainda bem que a estou a ver bem "verde" sem saber quase nada, pois Ergo Proxy é daquelas para ver com muita atenção.

Com a chancela de qualidade da Manglobe e do canal Wowow, Ergo Proxy consegue estar no topo da escala em termos de qualidade da produção. Aos primeiros episódios deparamo-nos com uma estética deslumbrante, dentro do género ficção-científica com ares de cyberpunk, em tons escuros, quase monocromáticos, de pretos, cinzas e azuis, mas onde personagens e cenários se fundem, quase sem se notarem as costuras, formando um ambiente coerente, discreto mas impressionante. Gosto!

Quanto à história ainda mal posso falar, este não é daqueles animes onde se estabelece a situação num só episódio, tem uma narrativa complexa, cheia de meandros e novos conceitos que vão sendo apresentados aos poucos. Para já percebe-se que Re-l, a protagonista que goza de uma boa posição social, é a chave para desvendar os diversos enigmas e conspirações já sugeridos, que envolvem planos de poder e conspiração científica e social. Dificilmente dá para perceber onde esta história vai parar, também não é daquelas histórias que nos agarram com ambas as mãos e nos arrastam quase desesperadamente até ao final, mas tudo o que até agora foi sugerido desperta uma boa dose de curiosidade e promete uma excelente série.

Gostei do detalhe de algumas personagens terem nomes de filósofos modernos: Lacan, Deleuze, Guattari... se a ligação for mais que apenas os nomes, isto promete mesmo!

Como a programação do Animax não é de todo linear e apanhei muitas das séries que comecei a ver mais ou menos a meio, o processo de as terminar de ver será lento e entre cortado, mas sou uma pessoa paciente... Para já parece-me que vou ver Ergo Proxy de uma assentada, portanto até deve ser a primeira série que vou acabar desta fase.

Ergo Proxy|エルゴプラクシー

Animax

14.5.10

Comecei a ver: Honey and Clover

HachiKuro é tãããããooo giiiiiiiiiiiiiirooooooooo!!!!!!!!!!!

A sério, há muito, praticamente desde que a série estreou, que estou para ver Honey and Clover. Já conhecia o genérico mais adorável da história do anime, sabia mais ou menos as circunstâncias da história, mas só mesmo vendo, episódio a episódio, para apreciar condignamente.

Honey and Clover tem uma história slice-of-life, com uma narrativa compassada mas que evolui de modo sólido, acerca de um grupo de estudantes universitários numa faculdade de belas artes e arquitectura (será a GeiDai em Tóquio?). Naturalmente o trunfo de um anime como estes está no detalhe, nos pequenos pormenores das relações entre personagens, nos amores cruzados, na vida universitária, nas decisões de vida, sem grandes eufemismos nem exageros. Honey and Clover é no que o anime pode ser de mais próximo de um dorama ou telenovela, portanto nem sequer surpreendeu a sua posterior adaptação a live-action, melhor, dorama.

As personagens são todas muito ricas, cada uma com características psicológicas marcadas mas onde sobressai sempre Hagu, a rapariga de 18 anos minúscula e com ar infantil, que é um génio artístico.

Sendo mais uma produção do bloco Noitamina, esta é mais uma série de anime que passou originalmente num horário tardio, com um público-alvo mais maduro e uma qualidade técnica sem mácula com um pequeno toque de irreverência ou experimentalismo. Para além do maravilhoso genérico inicial, do grafismo cuidado geral da série, o character design e décors são sublimes no seu traço delicado, cores pastel e gradações de ilustração a aguarela. Esta combinação dá a Honey and Clover uma estética fora do comum e algo etérea, que liga às mil maravilhas com a história.


Dramatic, YUKI - Honey and Clover OP1

ハチミツとクローバー
Honey and Clover (J.C. Staff)

Animax

11.5.10

Comecei a ver: Yakitate!! Ja-pan

Graças ao novo brinquedo da box, comecei a ver um número considerável de séries de anime, algumas que já tinha começado a ver e outras que queria ver mas ainda não tinham calhado. No meio disto tudo dei por mim a ver Yakitate!! Ja-pan (Amassando Ja-pão - boa tradução do título!) e a ficar viciada!

De todas as séries a dar no Animax (e não só) fui logo cair na menos provável. Yakitate!! Ja-pan era daquelas séries de que via constantemente referências na revista Newtype, na qual reparei essencialmente pelo título, mas à qual não dei importância alguma, digamos que se infiltrou. Dentro dos anime de comédia que já vi, este não é dos melhores, mas como todo o anime de comédia, se se gosta e se percebe minimamente o humor, proporciona boas gargalhadas.

Como a maioria dos anime de comédia, à semelhança de Excel Saga e Keroro Gunsou, Yakitate!! Ja-pan é um anime que vive das referências a outras séries de anime, doramas, J-pop e todo o tipo de cultura pop japonesa. Um bom exemplo é o grupo rival dos Pantasia (sim, nome genial!), chamado CMAP que é claramente uma paródia à velhíssima boys-band japonesa SMAP que têm (ou tiveram, não tenho a certeza) um popular talk show, de referir um talk show à japonesa, chamado SMAP x SMAP. O vilão é o Gendou de Evangelion, na equipa de Pantasia têm um samurai que é uma versão do Goemon de Lupin III e assim sucessivamente... os clones são descarados!

Como o título indica, Yakitate!! Ja-pan é um anime cujo tema principal é o pão. Melhor, o tema principal é conseguir fazer o pão do Japão (daí o trocadilho do título). Portanto trata-se de uma série em que em cada episódio vemos o herói, Kazuma Azuma, junto com os seus amigos, mentor (o genial e bronzeado Matsushiro Ken, que enverga uma afro e é mais uma referência ao cinema popular japonês dos anos 70) e rivais convertidos a superar uma série de provas, uma cada vez mais louca que a anterior, em que as suas capacidades inventivas de fazer o ja-pão perfeito são colocadas à prova.

Em si, cada episódio e a linha narrativa principais não têm nada de especial, mas é impossível não rir à gargalhada quando o júri do programa de TV/concurso Yakitate Nine, Kuroyanagi Ryo, se transforma em Super-Kuroyanagi, nada mais que um super sayajin de Dragon Ball, ao provar o pão da equipa rival e depois na sua versão de super sayajin II ao provar o pão de Kazuma e da aua equipa de Pantasia.

Problemas: apesar de terem acertado muito bem no título, a tradução continua duvidosa e com opções altamente questionáveis. Kanmuri Shigeru, um rapaz kawaii, mas definitivamente um rapaz (até já apareceu de tronco nu) é muitas vezes "traduzido" como uma rapariga. Quando o 1º membro dos CMAP que aparece (o de cabelo vermelho, não me lembro do nome) , ao falar ele utiliza imensas palavras em inglês e até as usa de forma correcta. Na versão portuguesa acharam por bem substituir cerca de metade dos termos em inglês pelos seus sinónimos, também em inglês, opção que me passa totalmente ao lado. Para quê? Se está uma palavra em inglês no original, se ela não é traduzida por causa do tipo de diálogo que a personagem fala, para quê substituí-la por um sinónimo em inglês? Por quê substituir "quit" por "resign"? Não percebo...

De resto é daquelas séries para ver e ficar bem disposto, é divertida, alucinante e mesmo que não se apanhem as referências todas, as mais óbvias apanham-se bem e nunca nos sentimos a leste da piada. Outra qualidade desta série é que, inadvertidamente, acabamos por aprender imenso acerca de pão, culinária japonesa e produtos regionais do Japão. É um anime didáctico! Mas talvez seja melhor não o ver de estômago vazio...

テレビ東京・あにてれ 焼きたて!! ジャぱん
YAKITATE-JAPAN.COM -焼きたて!!ジャぱんコム-

Animax

11.4.10

Recomecei a ver: Inu Yasha



Grande revolução cá em casa: larguei a TV-Cabo e agora com o novo sistema do Clix e uma box de gravação tenho o Animax! Não estou deslumbrada com o Animax e, de momento ando com pouquíssima disponibilidade de engolir anime às colheradas, mas uma box de gravação tem as suas vantagens e a partir de agora vou aproveitar, é claro! E não é só no Animax que anda a dar anime que quero ver: o Panda, a SIC-Radical e a MTV (? - pois é, também fiquei surpresa quando soube) também!

Com isto tudo vou voltar a pegar naquelas séries que foram cruelmente interrompidas quando o AXN deixou de passar anime e aproveitar para ver as que ainda não vi, e que me interessam, que estão a passar no canal e noutros também. A primeira delas é Inu Yasha, que fui forçada a interromper no episódio 150 e tal e que agora retomo no 213. Pode ser que consiga ver os que estão pelo meio, no Animax repetem tanto a programação que é bem provável. Felizmente os episódios de Inu Yasha são mais ou menos semelhantes entre si e perco relativamente pouco da narrativa principal, se bem que a quero ver na mesma, é claro! Não seria capaz de fazer isto com uma daquelas séries que estão no topo da minha escala, mas Inu Yasha está na categoria do "gosto, quero ver, mas não me importo de não ver tudo de seguidinha e certinho".

Para já, mais uma vez insisto, porque não tenho muito tempo, vou ver cerca de 1 episódio de uma série por dia. Portanto o avanço será lento, mas seja pelo brinquedo novo ou seja porque simplesmente me apetece, está me a saber bem!

犬夜叉 Avex
犬夜叉 YTV

Animax

3.4.10

Summer Wars

Não tenho visto anime ultimamente, daí o estado de abandono deste blog, mas o anime veio ter comigo... Por razões profissionais veio me parar às mãos este filme magnífico, Summer Wars! [bom trabalho o meu, não?]

Summer Wars conta-nos a reviravolta de 180º que o mundo de Kenji, um génio da matemática, dá, quando a sua colega Natsuki o "contrata" para um trabalho de Verão. Kenji, Natsumi, os Jinnouchi, a família dela, e Sakuma, o seu melhor amigo, vivem num futuro próximo, onde as pessoas vivem uma segunda vida no mundo virtual de OZ. Mas, ao contrário do que este resumo deixa a entender, o cenário deste filme é campestre e dentro de uma tradição o mais japonesa possível.

A história, sem fazer spoilers, é muito inteligente, utilizando bem os contrastes entre a tecnologia sofisticada e os pequenos detalhes da vida no campo. Esse contraste também é notório entre a família minúscula e urbana, solitária e quase sem interacção social, de Kenji (filho único, pais separados e ocupados com os empregos) e a família gigante, unida, meio louca e tradicional de Natsuki.

Escusado será dizer que os preparativos para a festa do 90º aniversário da bisavó, Sakae, as pequenas quezílias entre parentes, as rivalidades, um passado rico, uma casa belíssima e gigantesca, todo o historial familiar que remonta à era dos Samurais e as histórias que daí advêm, são um regalo para os olhos e ouvidos e quase que todos queremos fazer parte daquele bando de loucos amistosos.

Apesar da estranheza inicial, o elemento estranho, Kenji, acaba por ser o catalisador de diversos eventos que vão desde os preparativos para a festa de aniversário à possível destruição do mundo. O certo é que, todos unidos, esta família de gente doida consegue se superar, encontrar novos talentos e, claro, acolher o seu mais novo elemento.

A animação de Summer Wars, sendo produzido pelos estúdios Madhouse, é sem mácula, utilizando uma estética naturalista, que faz lembrar Toki o Kakeru Shoujo, uma tendência recente entre filmes do género, e uma estética muito Takashi Murakami para o mundo de OZ, onde os avatares são tão variados e criativos quanto as pessoas os utilizam.

vídeo de abertura do filme e apresentação do mundo de OZ

Recomendo vivamente o site oficial, mesmo não compreendendo a língua japonesa, pois tem uma série de informação acerca do filme, tal como a árvore genealógica dos Jinnouchi, vídeos, wallpapers e uma série de posters do filme.

映画「サマーウォーズ」公式サイト [JP]

Quem tiver possibilidade, este filme e outros dois filmes produzidos pela Madhouse, vão passar em sala durante o festival de cinema independente Indie Lisboa, na secção Indie Júnior. A programação estará no site para a semana.

19.2.10

Cosplay Photoshoot #7

Pois é, fiz o meu cosplay comeback! Já há muito tempo que não participava em eventos de cosplay (mesmo muito) e uns anitos (bastante menos) que nem sequer fazia cosplay... A vida tem destas coisas, por vezes uma pessoa opta por fazer uma pausa em determinadas coisas pelas mais variadas razões e essa pausa prolonga-se mais tempo que o previsto.

Nunca tinha ido ao Photoshoot, mas desde que comecei a ver fotografias do mesmo na net que de certa forma prometi a mim mesma que se algum dia fosse era para ir em glória e acho que o cumpri. Não foi um grupo particularmente interessante, em cada cosplayer havia 3 pessoas à civil e duas mais ou menos (isto é, com um ou outro adereço relacionado com anime). Isto aliado a uma chuva chata dispersou de tal forma as pessoas que dificilmente se teve uma boa ideia dos bons fatos que por lá passaram. Mas no meio da maralha de Narutos e afins, de gente encasacada onde mal se vislumbravam os fatos e de os poucos cosplayers que conheço pessoalmente ou não terem ido ou terem aparecido à civil, diverti-me bastante e valeu a pena!

Quanto aos cosplays destaco o par Kagome-Inu Yasha, estavam tal e qual! O Jack Skellington, que apesar de não estar perfeito, a cabeça e o laço-morcego estavam fabulosos, a Mokona Modoki pelo esforço e originalidade, fatos desse tipo não são os mais fáceis de conseguir mas são sempre eficazes. E depois... uma Eternal Sailormoon (mesmo sem as asas) e uma Super Sailor Mars são sempre razão de festa!

Mais uma vez tirei fotos que estão aqui. Perdoem-me o exercício narcisista, a maioria são minhas, mas pelo menos uma vez por ano tenho direito, não?



Parque das Nações
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