29.4.24

SPY × FAMILY CODE: White

SPY × FAMILY é mais uma daquelas séries anime que descobri através do cosplay. Achei o design muito apelativo e algo no tema da espionagem despertou a minha curiosidade. Mas como a lista de séries a terminar de ver e a ver é longa, não pensei mais no assunto.

Mas eis que o filme SPY × FAMILY CODE: White caiu-me no colo para traduzir. Para entrar no contexto rapidamente, em vez de ver a série, li o primeiro volume da manga e gostei bastante. Mas nem era necessário, pois o filme faz uma introdução sucinta às personagens principais, as suas motivações e a missão.

O filme é muito divertido! Mas eu sou suspeita, sempre gostei de filmes de espionagem e identifiquei rapidamente as referências a James Bond (o cão chama-se Bond - entre outras), à Guerra Fria e às duas Alemanhas. Gostei disso. Também é comédia e eu adoro anime de comédia, que nem sempre é compreendida no ocidente.

As família Forger é uma delícia! Loid (que se fosse eu tinha transcrito para caracteres romanos como Lloyd) é profissional e sério, mas com o avançar da história começa a derreter-se com a sua família falsa. Yor é deliciosamente ingénua e bem-educada para uma assassina que prefere armas brancas a armas de fogo. Anya é a grande catalisadora de tudo o que acontece, pelo menos no filme, e a protagonista que faz avançar a narrativa. A sua personalidade é infantil mas muito esperta e a única que conhece a verdadeira identidade dos "pais", graças ao seu poder telepático. Bond é um São Bernardo fofinho e o grande companheiro de Anya, que é a única que o compreende.

O filme funciona como um episódio especial para cinema, onde Loid tem uma missão dentro da missão (Stryx) que envolve toda a família e os leva num fim-de-semana de férias à neve. Em Frigis encontramos uma vila simpática em estilo germânico, com direito a um Mercado de Natal e tudo! Há neve, dirigíveis, vilões militares de cara feia, com nomes eslavos e agendas dúbias, cenas de acção espectaculares e culinária refinada. Que mais poderíamos desejar?

O estilo gráfico, que inicialmente me chamou - tenho de declarar que o fato de assassina de Yor favorece todo o tipo de corpos, o que explica a sua popularidade no cosplay (para além de ser uma mulher badass) - é muito bonito e ganha imenso com os excelentes valores de produção actuais. A animação é sem mácula e não é muito fácil distinguir a animação 3D (às vezes topa-se, mas é preciso estar atento), as expressões e cenas oníricas de Anya, a cereja no topo do bolo, ou será do meremere? A narrativa é muito engraçada,  bem preenchida e rocambolesca q.b. para nos deixar agarrados ao ecrã duas horas sem pestanejar. Como já disse, apesar de funcionar como um episódio especial, é suficientemente autónomo para não ser forçosamente necessário ver a série para perceber o contexto e as personagens, a exposição é curta mas bem feita e não sai forçada. 

Foi muito divertido traduzir este filme, adorei brincar com as palavras e perceber que o vocabulário escatológico japonês é tão variado como o português! Não conto mais, não quero fazer spoilers, mas, quando virem o filme, fiquem até ao fim, 90% das pessoas na antestreia perdeu a cena final...

"Vai para o inferno, bebé!"

Agora, quando terminar a outra série que comecei ontem (é longa), é ver a série SPY × FAMILY e ler a manga.

SPY × FAMILY CODE: White

NOS Colombo (antestreia)

27.4.24

Terminei de ver: Hana no Ko Lunlun

Como a própria Lunlun diz no penúltimo episódio: "Esta viagem toda foi inútil."
[SPOILERS!]
Ela refere-se ao facto de a Flor-do-Arco-Íris estar o tempo todo na terra dela. O avô responde que é o resultado de todas as experiências que viveu e de todas as pessoas que conheceu, mas eu estou com ela, os únicos episódios que vale realmente a pena ver em Hana no Ko Lunlun são o primeiro, o último e o penúltimo. Isto em termos narrativos.

Não me interpretem mal, Hana no Ko Lunlun é um mahou shoujo muito bem produzido, com um character design fofinho, boa animação, uma boa pesquisa sobre flores, apesar de de vez em quando incluírem flores demasiado exóticas para a Europa, e uma excelente répèrage de locais pela Europa fora, com uma pitada de Norte de África. Mas os argumentistas limitaram-se a escrever os episódios-chave, o primeiro, o episódio 24 e o penúltimo e último, onde realmente acontece alguma coisa a Lunlun e companhia, e deram os restantes 46 episódios aos estagiários. Se os primeiros 24 episódios se vêm bem, em parte pela novidade, os restantes 26 arrastam-se em mais do mesmo e devo ter levado o dobro do tempo a vê-los. Mas tenho a certeza que Hana no Ko Lunlun fez imenso dinheiro em merchandising, pois ainda se encontra actualmente bastante pelas internetes.

Resumindo, Hana no Ko Lunlun é um mahou shoujo simpático, bonitinho, mas muito fraquinho. Só recomendo a quem, como eu, goste muito de mahou shoujos e os queira ver todos. Dos que já vi, este só não foi o pior por que existe Wedding Peach e outros mahou shoujos dos anos 90 muito maus, mas Lunlun é um teste à perseverança, é daquelas séries anime que se despachava com 12 ou 13 episódios.

Já me esquecia, fica aqui o link para a folha excel com as localidades, flores e significados de cada episódio:




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