21.11.10

Terminei de ver: Inu Yasha + Inuyasha: Tenka Hadou no Ken


Finalmente terminei de ver Inu Yasha. No geral foi uma desilusão. Tendo seguido a carreira de Rumiko Takahashi desde que me interessei mais profundamente pelo anime e manga, li grande parte de Ranma ½ e Urusei Yatsura e passei os olhos pelo Rumic World e Maison Ikkoku. Digamos que não me faltam termos de comparação.

A minha série favorita de Rumiko Takahashi é a mais controversa para o público ocidental: Urusei Yatsura. Não consigo compreender porquê, mas o humor japonês, algo pueril e atrevido, é mal compreendido entre o público ocidental e raramente as séries cómicas são verdadeiramente populares. O que adoro em Urusei Yatsura é a constante sucessão de disparates, o absurdo de uma extraterrestre, Lum, descolada da cultura popular japonesa (oni=demónio popular japonês) "invadir" a Terra e acabar por apenas "invadir" a vida e a casa de Ataru Moroboshi, o surrealismo aliado à via dia-a-dia de adolescentes japoneses, onde se aprende imenso acerca da cultura popular japonesa. O que gosto em Ranma ½ é, mais uma vez, o humor pueril, o absurdo de personagens que se transformam com água fria/água quente, o dia-a-dia num bairro comum japonês.

Inu Yasha tentou integrar isso, na vida de Kagome, no seu esforço em estudar apesar de passar 3/4 da série no passado, mas ao separar os dois universos, o normal do sobrenatural/passado por um portal (o poço) e de condicionar o seu uso a apenas duas personagens, também condiciona o humor desbragado que era uma das qualidades fortes de ambas as séries que mencionei acima. Para além disso o facto de a série se prolongar/de esticar/fazer render o peixe (escolher uma das hipóteses anteriores) e, como consequência, ter imensos fillers, tudo isto torna Inu Yasha uma série com bom potencial mas bastante chata e repetitiva. Existe mais um outro problema: a série anime (para TV) não termina onde a narrativa termina, esse final ainda não tinha sido escrito na manga à data da produção. Portanto, estamos 200 e muitos episódios à espera que Inu Yasha, Kagome, Sango, Miroku e Shippo reúnam os pedaços da Esfera dos Quatro Espíritos e derrotem Naraku mas não passamos da cepa torta.

Resumindo, Inu Yasha é uma série demasiado longa, que se pode ver mais ou menos sem ser por ordem, pois a resolução da história é ainda mais adiada do que a de qualquer telenovela venezuelana! É secante!

Mas gostei de alguns episódios, gostei da premissa e das motivações principais, só gostava de ter tido algum tipo de resolução.


Inuyasha: Tenka Hadou no Ken

Inuyasha: Tenka Hadou no Ken é o 3º filme de Inu Yasha mas não passa mais do que um episódio aleatório da série onde se foca mais nas origens de Inu Yasha, do seu pai e da sua mãe. De resto poderia ser perfeitamente um conjunto de dois ou três episódios da série. Não se nota grande sofisticação de argumento, técnica de animação, efeitos especiais ou outros que justifiquem um provável orçamento alargado. Em suma é um filme fraco, que necessita a contextualização na série mas que também não adianta grande coisa à mesma.

É com muita pena que, chegando ao final digo isto de Inu Yasha, desde o início que sempre gostei da série, mas a sua não-resolução é desapontante.

2 comentários:

Maria disse...

Penso que a serie começa bem, mas depois enrola-se numa quantidade de fillers que deixa qualquer um sem paciência!
No entanto a continuação que trata os últimos capítulos da manga, InuYasha: Kanketsu-hen, acaba por estar bem melhor já que tem só 26 episódios e permite a conclusão da história, por isso recomendo :)

Misato disse...

Sim, concordo, e também já sabia. Mas mesmo assim muito obrigada por partilhares a informação, Maria :)

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