3.3.25

Fushigina Melmo

Fushigina-Melmo deve ser o anime mais estranho que vi em toda a minha vida! Manga criada pelo mestre Osamu Tezuka em 1970, adaptada para anime em 1972, eu vi a versão remasterizada para DVD dos anos 90, Renewal, com a imagem restaurada e um elenco de vozes e canções completamente novos. As canções são as mesmas, mas regravadas com outra(s) cantoras e uma orquestração um pouco diferente.

Há poucos meses descobri que uma série de canais oficiais no YouTube, entre eles a Toei, a TMS (Tokyo Movie Shinsha) e a Tezuka Pro, andam a fazer upload de séries antigas e estou a aproveitar para ver algumas. O único senão é que os episódios só estão online por um período limitado, o que me tem obrigado a retomar o hábito de ver anime ao pequeno-almoço, como fazia disciplinadamente nos anos 90, na TV. Outro senão, não tanto para mim, mas para quem esteja a ler isto e tenha interesse, é que as séries não estão legendadas noutras línguas. Com isso, já perdi uma série de séries, entre elas Ribbon no Kishi, que gostaria de ver ou rever, mas consegui ver a Melmo, estou a rever Oniisama E... com excelente qualidade, vi uns OAVs de Black Jack e comecei a ver Jungle Taitei.

Regressando à Melmo. No primeiro episódio, portanto não é lá grande spoiler, a mãe de Melmo, uma menina de 9 anos, e dos seus dois irmãos mais novos, Totoo, com cerca de 5 anos, e Touch, um bebé, morre atropelada. Como último desejo, ela pede ao panteão dos deuses que tomem conta de Melmo e dos irmãos, e a solução é um frasco cheio de rebuçados azuis e vermelhos, que são entregues a Melmo. Aqui é que começa a ficar estranho. Os rebuçados azuis permitem a quem os toma crescer, ou envelhecer, 10 anos, e os vermelhos fazem o contrário, rejuvenescem 10 anos. A ideia inicial seria a Melmo poder tomar uma forma adulta, para tratar de assuntos adultos, e fazer com que os irmãos não tivessem de sair de casa ou ir parar às mãos de alguém que os maltrate. Mas Melmo tem 9 anos e é imatura como seria de esperar, apesar de ser bastante esperta. Cedo ela descobre que se tomar uma determinada combinação dos rebuçados, regressa à forma embrionária e pode transformar-se no animal que quiser, o que faz com que o irmão do meio passe parte da série na forma de uma rã com umbigo. Esta série também tem uma quantidade surreal de fanservice, pois as roupas de Melmo não acompanham o seu crescimento, a sua transformação mais frequente é na forma de 19 anos, o que faz com que a já curta minisaia fique extremamente curta e mostre as cuecas, e Melmo torna-se uma adolescente bastante avantajada no peito. Nem sempre Melmo permanece vestida e as cenas de nudez também são bastante frequentes...

Aparentemente a intenção inicial de Tezuka com esta série era fazer uma espécie de tratado em educação sexual e darwinismo para crianças, incluindo algumas cenas explicativas, mas cujo resultado é extremamente surreal. Gostei bastante da série, mas nunca pensei que tal coisa pudesse existir e puxa bastante pela suspensão da descrença.

Deixo aqui ambos os genéricos, pois são um bom resumo da história e onde se pode ver as diferenças e a qualidade entre a versão original e a restaurada.

Fushigina Melmo (1970)

Fushigina Melmo <Renewal> (1998)

手塚プロダクション公式チャンネル (YT)

YouTube

23.7.24

Blue Lock - Episode NAGI -

Quando percebi de que Blue Lock - Episode NAGI - é um anime sobre futebol, cuja narrativa não é focada nas personagens nem na sua evolução, percebi que não é anime para mim. Não sou fã de futebol, viver cerca de 10 anos entre dois dos maiores clubes do país simplesmente fez-me passar de "Detesto futebol!" para a indiferença pelo desporto, a não ser que me perturbe o dia a dia.

Se o filme de Haikyuu! me despertou alguma curiosidade acerca da série, pois tem bastantes personagens com piada e o filme tem uma narrativa cativante, Blue Lock tem protagonistas desagradáveis, manipuladores, narcisistas e sem grande densidade psicológica.

Para além disso, o filme não acompanha um jogo de futebol, como Captain Tsubasa, que era super divertido, com personagens cativantes e apaixonadas pelo futebol. Não era preciso mais nada.

Reo é um menino mimado que, por mais talento que tenha, simplesmente joga futebol para contrariar a família (não optando pelo negócio multimilionário da família) e não passar os dias aborrecido. Ele aposta todas as suas cartas quando descobre que Nagi, um narcisista apático, tem talento para a coisa. Tal como Reo, Nagi passa os dias aborrecido e só os videojogos lhe despertam algum tipo de faísca. Reo manipula Nagi para formarem a equipa perfeita, mas acaba por criar um monstro. Mais não digo, pois nem sequer tenho grande material para spoilers.

Blue Lock, a instituição para a qual ambos entram, como candidatos a melhor avançado do mundo, é mega tecnológica e impessoal, focando-se no treino para avançados... A última vez que verifiquei, o futebol era um desporto de equipa e, por mais que quase todos eles mais cedo ou mais tarde tenham de desempenhar as outras posições numa equipa de futebol, a ausência de um jogo normal, que é empolgante de ver, admito-o, torna o filme uma seca.

Também me chocou muito a falta de consistência no character design e animação, havendo por vezes umas distorções inexplicáveis e desagradáveis à vista. Chocou-me principalmente por tratar-se de um filme a estrear em sala. Já vi OAVs dos anos 80, com um orçamento muito mais baixo, com uma animação bem melhor e mais consistente. Nos dias de hoje, onde a tecnologia joga a favor de uma animação com qualidade, é inexplicável.

E é tudo. Não gostei, mesmo sendo sobre um tema de que não sou fã, estava à espera de mais. Afinal Captain Tsubasa, o outro anime de futebol que vi na vida, era divertido e empolgante.

『劇場版ブルーロック -EPISODE 凪-』



15.6.24

Haikyuu!! Gomisuteba no Kessen

Uma das coisas chatas de traduzir filmes com temas muito específicos para português de Portugal é que quando procuramos glossários sobre esse tema, as primeiras 10, se não mais, entradas são brasileiras e o uso do vocabulário é sempre bastante diferente.

Haikyuu!! Gomisuteba no Kessen é basicamente um jogo de voleibol. Quando andava no ciclo preparatório (2º ciclo) os jogos que menos gostava de jogar eram andebol e voleibol. Em suma: não percebo patavina do assunto e o pouco vocabulário que soube na altura já anda nas brumas da memória. Há coisas que são senso comum ou transversais a qualquer jogo com bola, mas num filme que é um jogo inteiro, basicamente PRECISAVA DE UM GLOSSÁRIO!

Numa primeira busca, sim, lá pela 10ª entrada no Google, encontrei uma página do site da Federação Portuguesa de Voleibol, mas só tinha as posições dos jogadores e pouco mais. Não satisfeita, fui continuando a procurar, e, mais ou menos ao fim de uma semana, já a tradução ia a meio, finalmente encontrei, também no site da FPV, cujo site não é lá muito intuitivo, como de costume nestes sites institucionais, um Boletim que contém um glossário bastante completo, mas... o boletim só tem 6 números, o glossário está distribuído pelos números e ficou-se pela letra P, que nem sei se está completa. Mas agora vou ter de rever a tradução toda, pois já fiz imensas asneiras. Com isto tudo, aprendi imenso sobre voleibol, como aliás já tinha aprendido há muitos anos sobre basebol, quando vi a série Miracle Giants Domu-kun. E ainda dizem que o anime não serve para nada!

Quanto ao filme, é para fãs da série, pois não dá grande contexto e, como disse acima, trata-se de um jogo inteiro. Mesmo assim, deu para conhecer minimamente as personagens principais, Shoyo Hinata e Kenma Kozume. Pessoalmente, gostei mais do Kenma, com a sua abordagem blasé mas inteligente ao jogo. Talvez me identifique com a parte do blasé, pois, tal como ele, eu provavelmente não teria grande vontade de jogar. Felizmente, além do jogo, o filme foca-se o suficiente nas personagens e na sua história para não ser uma grande seca. É divertido e empolgante ver a evolução do jogo e torcer pelos jogadores ou equipas. Eu torci pela Nekoma, a equipa de Kenma.

Se seguem Haikyuu!! e gostam de sports anime, força, aproveitem para ir ver este filme, pois não é todos os dias que aparece uma oportunidade destas em Portugal.

MOVIE | アニメ「ハイキュー!!」





29.4.24

SPY × FAMILY CODE: White

SPY × FAMILY é mais uma daquelas séries anime que descobri através do cosplay. Achei o design muito apelativo e algo no tema da espionagem despertou a minha curiosidade. Mas como a lista de séries a terminar de ver e a ver é longa, não pensei mais no assunto.

Mas eis que o filme SPY × FAMILY CODE: White caiu-me no colo para traduzir. Para entrar no contexto rapidamente, em vez de ver a série, li o primeiro volume da manga e gostei bastante. Mas nem era necessário, pois o filme faz uma introdução sucinta às personagens principais, as suas motivações e a missão.

O filme é muito divertido! Mas eu sou suspeita, sempre gostei de filmes de espionagem e identifiquei rapidamente as referências a James Bond (o cão chama-se Bond - entre outras), à Guerra Fria e às duas Alemanhas. Gostei disso. Também é comédia e eu adoro anime de comédia, que nem sempre é compreendida no ocidente.

As família Forger é uma delícia! Loid (que se fosse eu tinha transcrito para caracteres romanos como Lloyd) é profissional e sério, mas com o avançar da história começa a derreter-se com a sua família falsa. Yor é deliciosamente ingénua e bem-educada para uma assassina que prefere armas brancas a armas de fogo. Anya é a grande catalisadora de tudo o que acontece, pelo menos no filme, e a protagonista que faz avançar a narrativa. A sua personalidade é infantil mas muito esperta e a única que conhece a verdadeira identidade dos "pais", graças ao seu poder telepático. Bond é um São Bernardo fofinho e o grande companheiro de Anya, que é a única que o compreende.

O filme funciona como um episódio especial para cinema, onde Loid tem uma missão dentro da missão (Stryx) que envolve toda a família e os leva num fim-de-semana de férias à neve. Em Frigis encontramos uma vila simpática em estilo germânico, com direito a um Mercado de Natal e tudo! Há neve, dirigíveis, vilões militares de cara feia, com nomes eslavos e agendas dúbias, cenas de acção espectaculares e culinária refinada. Que mais poderíamos desejar?

O estilo gráfico, que inicialmente me chamou - tenho de declarar que o fato de assassina de Yor favorece todo o tipo de corpos, o que explica a sua popularidade no cosplay (para além de ser uma mulher badass) - é muito bonito e ganha imenso com os excelentes valores de produção actuais. A animação é sem mácula e não é muito fácil distinguir a animação 3D (às vezes topa-se, mas é preciso estar atento), as expressões e cenas oníricas de Anya, a cereja no topo do bolo, ou será do meremere? A narrativa é muito engraçada,  bem preenchida e rocambolesca q.b. para nos deixar agarrados ao ecrã duas horas sem pestanejar. Como já disse, apesar de funcionar como um episódio especial, é suficientemente autónomo para não ser forçosamente necessário ver a série para perceber o contexto e as personagens, a exposição é curta mas bem feita e não sai forçada. 

Foi muito divertido traduzir este filme, adorei brincar com as palavras e perceber que o vocabulário escatológico japonês é tão variado como o português! Não conto mais, não quero fazer spoilers, mas, quando virem o filme, fiquem até ao fim, 90% das pessoas na antestreia perdeu a cena final...

"Vai para o inferno, bebé!"

Agora, quando terminar a outra série que comecei ontem (é longa), é ver a série SPY × FAMILY e ler a manga.

SPY × FAMILY CODE: White

NOS Colombo (antestreia)

27.4.24

Terminei de ver: Hana no Ko Lunlun

Como a própria Lunlun diz no penúltimo episódio: "Esta viagem toda foi inútil."
[SPOILERS!]
Ela refere-se ao facto de a Flor-do-Arco-Íris estar o tempo todo na terra dela. O avô responde que é o resultado de todas as experiências que viveu e de todas as pessoas que conheceu, mas eu estou com ela, os únicos episódios que vale realmente a pena ver em Hana no Ko Lunlun são o primeiro, o último e o penúltimo. Isto em termos narrativos.

Não me interpretem mal, Hana no Ko Lunlun é um mahou shoujo muito bem produzido, com um character design fofinho, boa animação, uma boa pesquisa sobre flores, apesar de de vez em quando incluírem flores demasiado exóticas para a Europa, e uma excelente répèrage de locais pela Europa fora, com uma pitada de Norte de África. Mas os argumentistas limitaram-se a escrever os episódios-chave, o primeiro, o episódio 24 e o penúltimo e último, onde realmente acontece alguma coisa a Lunlun e companhia, e deram os restantes 46 episódios aos estagiários. Se os primeiros 24 episódios se vêm bem, em parte pela novidade, os restantes 26 arrastam-se em mais do mesmo e devo ter levado o dobro do tempo a vê-los. Mas tenho a certeza que Hana no Ko Lunlun fez imenso dinheiro em merchandising, pois ainda se encontra actualmente bastante pelas internetes.

Resumindo, Hana no Ko Lunlun é um mahou shoujo simpático, bonitinho, mas muito fraquinho. Só recomendo a quem, como eu, goste muito de mahou shoujos e os queira ver todos. Dos que já vi, este só não foi o pior por que existe Wedding Peach e outros mahou shoujos dos anos 90 muito maus, mas Lunlun é um teste à perseverança, é daquelas séries anime que se despachava com 12 ou 13 episódios.

Já me esquecia, fica aqui o link para a folha excel com as localidades, flores e significados de cada episódio:




23.3.24

Ando a ver: Hana no Ko Lunlun


A meio da série, concretamente ao episódio 24, a flor-chave mágica de Lunlun leva um upgrade, passa de uma margarida simples, com cinco pétalas, para uma flor anónima tipo malmequer, cor-de-rosa e com mais pétalas. Os poderes também levam um upgrade, para além de transformar a roupa de Lunlun no que ela desejar, dá-lhe capacidades técnicas associadas ao traje escolhido. Com isto, Lunlun passa a encarnar mais profissões úteis, alpinista, piloto, etc., que na primeira metade da série. Mas o upgrade vem com um senão, tem um tempo útil relativamente curto e no talo tem uma bolinha que serve de interruptor e a avisa quando o tempo está prestes a esgotar-se.

Também foi mais ou menos a meio que Hana no Ko Lunlun começou a aborrecer-me. As histórias de cada episódio são sempre muito parecidas, alguém que é egoísta ou age de forma menos própria, cruza-se com Lunlun e redime-se com a ajuda dela. O arco de Lunlun pouco se tem desenvolvido, as histórias, para além de repetitivas, são pouco empolgantes, embora incluam actos empolgantes, como escalar uma montanha, andar num dirigível, ou encontrar um cientista louco. Togenishia e Yabouki são vilões muito fracos e, se objectivo deles é ficar com a flor arco-íris, muitas vezes as suas acções são mais prejudiciais à busca de Lunlun que o contrário. A eventual relação amorosa entre Lunlun e Serge, que aparece sempre no fim para ajudar, qual Tuxedo Kamen, também não desenvolve e só há um ou dois episódios em que ambos realmente convivem até agora. A única coisa interessante que fica são os locais visitados, a maioria reais, mas muitas vezes genéricos, estilo Sul de França, Zona dos Lagos, campo, etc., muito provavelmente para encher chouriços. Às vezes os locais existem, como o castelo Neuschwanstein, na Alemanha, mas não são identificados como tal, para fins narrativos. No caso de Neuschwanstein, a história passa-se dentro do castelo, que é habitado pelas pessoas que interagem com Lunlun no episódio. Nos anos 70 acho que o castelo já não era habitado, não tenho a certeza se já era um museu visitável, como actualmente. Outra coisa interessante que ficou são as flores e os seus significados no final de cada episódio. 

Tenho registado numa folha Excel cada localidade e flor, por episódio, o que me tem levado a pesquisas engraçadas, por vezes morosas, pelas internetes, a maioria das vezes na Wikipedia, mas também no Google Maps e muitos sites de botânica, para saber o respectivo nome em português. Como seria de prever, muitas flores são mais nativas da Ásia que da Europa (onde se passa a série até agora - acho que vamos ter o Norte de África, pelos títulos) e por vezes tem flores que nem sequer existem na Europa. Mas a maioria cresce na Europa, mesmo que não seja autóctone. Muitas têm nome português porque crescem nas ilhas dos Açores ou Madeira.

Já só me faltam cerca de 15 episódios para terminar e ando a ver 2 de cada vez ao fim de semana para despachar o assunto. Apesar de Lunlun introduzir vários elementos-chave do mahou shoujo, o item que transforma o aspecto, a viagem por uma Europa mais ou menos romântica, não é uma das melhores séries anime de mahou shoujo, o que é uma pena, pois o character design e a produção artística em geral é bastante boa. Mas falo um pouco mais disso no meu post final.




12.2.24

Comecei a ver: Hana no Ko Lunlun

Andava mesmo com desejos de um mahou shoujo old school, pelo que decidi finalmente ver Hana no Ko Lunlun. Este anime passou, se não me engano, há bastantes anos na RTP 2, mas só apanhei um ou dois episódios e, como queria ver a série completa, do princípio ao fim, não insisti em ver.

Bom, fiquei um bocado decepcionada, pois Hana no Ko Lunlun é basicamente uma versão reciclada do meu mahou shoujo preferido, Majokko Meg-chan, mas sem o atrevimento e alguma da gravidade. A única grande diferença é que ela viaja por uma Europa real, enquanto que Meg vive num Japão europeizado, e há um love interest, Serge. Mas o resto, a rival Togenishia, o capanga trapalhão, neste caso um Tanuki, o cão estilo São Bernardo, a gata pespineta, são todos elementos em comum com Meg-chan. Até a premissa é semelhante: Lunlun percorre a Europa em busca da Flor Arco-Íris, para salvar o Reino das Flores e o seu herdeiro, que é óbvio que é Serge, um rapaz que faz o mesmo percurso de Lunlun e a ajuda ocasionalmente. Em Meg-chan, Meg e Non são candidatas ao trono do Reino da Magia e vêm para a Terra aprender acerca dos humanos.

Mas, fora esta reciclagem que infelizmente era bastante comum nos anos 70, Lunlun, apesar de menina boazinha, consegue ser uma personagem interessante e com agência e os acontecimentos com que se depara raramente são bonzinhos. Ela depara-se com muitos defeitos da humanidade, como o egoísmo e a ganância e nem sempre os percalços que lhe acontecem são provocados por Togenishia.

A produção é bastante boa, com um character design consistente e boa animação. Em cada episódio temos uma "transformação" de Lunlun, que, neste caso, o faz através de uma chave-flor que, apontando a uma flor, lhe transforma a roupa no traje necessário para ajudar a resolver algum obstáculo que se lhe tenha deparado. A fórmula também passa por, no final de cada episódio, onde Serge aborda as pessoas que se cruzaram com Lunlun e oferece-lhes sementes de uma flor. Essa flor e o seu significado são apontados no final de cada episódio, o que me tem servido para aprender o nome das flores em japonês. Mas como são flores europeias e, até agora, flores do Sul da Europa, têm quase todas nomes em inglês (katakana) e é fácil encontrar o seu equivalente português.

O que se segue é previsível, Lunlun e Serge irão aproximar-se, mas por alguma razão não podem ficar juntos, Togenishia irá tentar travar Lunlun, as ligações entre os três serão explicadas. Mas as viagens de Lunlun têm sido até agora o mais interessante e tenho a certeza que foram uma grande inspiração para as viagens de Ashita no Nadja. Enquanto Nadja inicia o seu percurso em Inglaterra, Lunlun inicia o seu no Sul de França, segue para Sul pela costa mediterrânica, e, ao episódio 12, o último que vi, ela está em Espanha, mais concretamente na Andaluzia. Como gosto de fazer listas, estou a fazer uma lista dos locais onde Lunlun pára em cada episódio e as respectivas flores. A ver se no final faço um mapa, como fiz nos anos 80 para as Misteriosas Cidades do Ouro (Taiyo no Ko Esteban). Ainda o devo ter algures cá por casa.

Infelizmente tive de interromper o visionamento da série, pois o meu PC resolveu ficar doente, mas quando o recuperar, volto à carga.

花の子ルンルン - 作品ラインナップ - 東映アニメーション



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