31.3.06

Ando a ver: Jigoku Shoujo

Os episódios desta série seguem mais ou menos a mesma fórmula: alguém se sente injustiçado de alguma forma, esse mesmo alguém ouviu falar da Jigoku Tsuushin (Ligação ao Inferno), acede ao site e digita o nome do "abusador". O "injustiçado" é contactado por Enma Ai (a Jigoku Shoujo, Rapariga do Inferno) que lhe explica as regras e dá um boneco de palha com um fio vermelho atado. Eventualmente o "injustiçado" vacila, mas o fio acaba por ser desatado e o "abusador" é levado por Ai para o Inferno.

Coloquei as palavras "abusador" e "injustiçado" entre aspas porque nem sempre a escolha e as atitudes são claras ou lineares, em geral há uma certa dualidade e depende do ponto de vista de cada um, decidir se o "abusador" é mesmo abusador e se o "injustiçado" não será, por sua vez um abusador ao usar a vingança como modo de agir.

Muito lentamente (demasiado para alguns comentários que li na net sobre este anime) a série vai nos deixando essa sensação de incerteza em relação aos "rótulos" de cada caso. Também devagarinho apareceram mais duas personagens regulares, pai e filha, Hajime e Tsugumi, que têm uma motivação diferente de todos que encontrámos até agora que ou fazem parte do grupo sobrenatural de Ai ou são "abusadores" ou "injustiçados". Hajime (o nome quer dizer "começo", o que, de certo, não é acaso) é reporter free-lance e investiga sobre a Jigoku Tsuushin e Enma Ai. A filha, Tsugumi, tem visões de e com Enma Ai, o que ao princípio ajuda Hajime mas nem sempre.

O episódio 13, Rengoku Shoujo (Rapariga do Purgatório), é uma viragem na história, até agora estranha mas rotineira. Pela primeira vez o ponto de vista muda das situações injustiçado/abusador para falar da história de Ai e lançar mais ainda a sensação de que algo de muito estranho anda por trás de tudo isto.

Com certeza muita gente na net discordaria comigo, apesar de quebrar bastante o ritmo da série e de ser um risco moderado ter tantos episódios (metade) sem momentos de viragem na narrativa, esta estratégia reforça o ambiente sinistro e deixa mais ainda a sensação de estranheza e incómodo. Nem sempre isso foi eficaz, alguns episódios podiam ser mais arrepiantes ou mesmo interessantes, mas, se não se vir tudo de seguida, não chateia.

Uma nota positiva está no retrato, não muito positivo, mas de algum modo realista, de certas situações de rivalidade, competição, relações e hierarquias sociais na sociedade japonesa, que são muitas vezes ignoradas ou esquecidas por fãs deslumbrados pela sociedade japonesa. Este retrato, talvez um pouco exagerado (ou não), mostra-nos uma sociedade que para além das maravilhas tecnológicas, económicas e culturais, é uma sociedade como todas as outras com graves problemas sociais, que se opõem a esse deslumbramento ocidental.

Jigoku Shoujo - Official site [JP]

28.3.06

Comecei a ver: Gokinjo Monogatari

Pois é, finalmente estou a começar a concretizar um dos meus sonhos de anime, ver a série completa de Gokinjo Monogatari (História da vizinhança). Estou a concretizar o primeiro (Candy), o terceiro (Gokinjo), só falta o segundo: Majokko Meg-chan, ou seja, Bia, a pequena feiticeira, mas em japonês!

Como não é uma série particularmente conhecida ou popular, com a agravante de ser shoujo, apesar de ser antiga (tem 10 anos) não havia quem a disponibilizasse na net e até agora só tinha visto os 4 primeiros episódios em RM, com uma qualidade pior que a dos episódios de Candy. Fora do Japão, acho que esta série só passou em Itália, onde foi extremamente popular (Curiosando nei Cortili del Cuore), país aliás onde comprei a manga no original e traduzida em italiano (a manga em italiano é extremamente barata).

Bem, ver isto com qualidade é outra loiça! É um bocado como ler um livro mal traduzido e depois ler o original: é quase como se duas séries diferentes se tratasse!

Vou começar pelos genéricos e a música. As canções são divertidíssimas, e têm tudo a ver com as personagens, principalmente Mikako, a protagonista. São ambas cantadas pela actriz de voz que faz de Mikako. As imagens contam-nos um pouco de cada um e preparam-nos visualmente para um estilo inconvencional.

O character design respeita, quase tipo fotocópia, os originais de Ai Yazawa, mas o melhor é que a escolha das cores é muito bem pensada, é quase como se a manga não fosse 95% a preto e branco. Uma das coisas que tive imensa pena em Paradise Kiss (apesar de ter gostado da adaptação) foi a perda do lindíssimo e original traço dela.

O ritmo da acção está calculado ao milímetro, diverte a cada instante e usa muitíssimo bem o génio de Mikako e Tsutomu e a sua relação. Não gostei da voz off de Mikako a dizer que gosta de Tsutomu. Na manga ambos estão no mesmo nível, gostam um do outro, mas estão na fase de embirranço, para mais tarde se aperceberem mais ou menos ao mesmo tempo que têm mesmo é de se deixar de engonhanços e começar a namorar! Convenhamos que vozes off nem sempre ficam bem...
O Noriji... lindu! Sem comentários, está tiro-e-queda como na manga!

Aquilo que é quase impossível de ver na manga, por ser um meio estático, está super bem aproveitado. A cena da "sardinha em lata" no comboio e a do assédio das fãs de Ken-chan estão excelentes.

Os títulos e os eye catch com a Berry-chan, o Kuro, o dragãozinho de Ai Yazawa (e da mãe de Mikako também) e o Petit François de Pi-chan são super-engraçados.

A série é num tom irónico e bem divertido, pontuando cenas mais dramáticas com outras de humor disparatado (ver a razão porque Mikako se atrasou e deixou TODA a gente preocupadíssima), mas as personagens têm densidade e carácter. A mascote é mesmo isso: uma mascote. Kuro (=preto) é um gato, tem ar de gato, age como um gato. O visual é colorido, à época muitos apontaram como um estilo anos 70, como estavam redondamente enganados! Quem disse isso NUNCA esteve em Harajuku ou Shibuya, o visual da série tem tudo a ver com o segmento fashion de Tóquio que aparece, por exemplo, na revista FRUiTS.

AMEI os Warps de Mikako! Eram uma das manias dela que preferia na manga.

Gokinjo Monogatari - Toei Animation [JP]

20.3.06

キャンディ♥キャンディ

Achei na net episódios da Candy Candy em japonês! A qualidade continua a ser sofrível (o mal do VHS), mas sempre é melhorzinha que a das cópias francesas que já tinha encontrado e tem a vantagem de serem em mkv, posso ver com ou sem legendagem :). Infelizmente não é a série completa, é só um primeiro batch com os primeiros episódios, espero que a série completa esteja disponível em breve.

Esta é mesmo uma primeira vez, nunca, mesmo nunca tinha visto Candy no original (só os genéricos) e vem em boa altura, porque a versão francesa (para variar) está censurada. Se não cortaram cenas (talvez) pelo menos os diálogos estão alterados de modo a parecer que Anthony não morreu, que apenas ficou nos Estados Unidos e deixou Candy partir para Londres, o que não faz sentido, uma vez que todos os Andrew e parentes próximos (os Logan) estão em Inglaterra.

Ando a ver: Kaitou St. Tail

Agora que St. Tail (A Ladra Meimi) vai mais ou menos a meio, já me posso pronunciar sobre ela com outra segurança.

Os episódios são mais ou menos sempre a mesma coisa:
Alguém tem um problema (em geral são pessoas que foram aldrabadas ou roubadas), vai à igreja do Colégio St. Paulia (uh! pera: referência a Candy Candy!) para pedir a Deus que o seu problema seja resolvido e encontra em Seira uma inadvertida mas eficaz interlocutora. Seira passa a informação a Meimi (e não Mimi, como na dobragem portuguesa) que, por sua vez, avisa Asuka Jr. (através de bilhetes que aparecem nos sítios mais improváveis) que St. Tail vai agir. Meimi, já como St. Tail, repõe o malfeito, não sem alguma peripécia que envolva Asuka Jr., e tudo volta ao normal.

Descrevendo os episódios assim até parece uma grande seca, mas a série tem charme. Todas as personagens são ultra-kawaii (=queridas), o character design, apesar de um pouco enganador (faz todos, inclusive os adultos, parecerem uns anitos valentes mais novos), é bonitinho e bem feito, a animação é boa e as histórias, apesar das incoerências com a religião católica (os japoneses não percebem nada do assunto mesmo, vão lá pelo colorido pitoresco) e da improbabilidade de muitas situações, são levezinhas, românticas q.b. e funcionam no seu objectivo principal: aproximar Meimi de Asuka Jr. e vice-versa.

Afinal de contas estamos perante uma história romântica para adolescentes, apimentada com um bocadinho de aventura. Já dá para perceber como a história vai evoluir e terminar, mas isso não chateia, pelo contrário, faz com que a queira seguir até ao fim. É um bocado como o suspanse: todos sabem o que vai acontecer (menos as personagens directamente envolvidas) mas o espectador continua colado para ver como realmente acontece.

PS: A mascote é, estranhamente um ouriço chamado Rubi, que também é super-kawaii (os ouriços, apesar de picarem, SÃO kawaii!!)

怪盗セイント・テール:配信作品:東京ムービー

Canal Panda
2ª - 6ª, 07:30, 13:30, 21:00
sáb., dom., 12:00, 17:30, 21:30

12.3.06

NANA

Longamente esperado por mim, o filme NANA, foi o grande impulsionador do enorme sucesso recente de Ai Yazawa. Não vou mais uma vez aqui elogiar Ai Yazawa, sou fã, gosto, chega.

O filme tem excelentes qualidades e alguns defeitos.
Vou começar pelos defeitos. Como a história da manga tem uma intriga complexa e vários subplots, não deve ter sido tarefa fácil escolher o que realmente importava levar para a adaptação ao cinema. As cenas escolhidas são realmente as cenas chave da história, mas faltam-lhe momentos de ligação. A história desenvolve-se sempre em cenas fortes, decisivas, onde não há pausas mais neutras. É quase como se vissemos um filme de acção em que todas as cenas são de acção sem um intervalo para o herói "lamber as feridas". Isto poderia ter sido superado de imensas formas, desde a escrita do argumento até à montagem final passando, claro pela realização. A sensação que acaba por dar é: "OK, já fizemos a cena em que elas se conhecem, a seguir vão morar juntas" ou "Hachi já sabe que Nana canta numa banda, agora vamos ver um concerto de sucesso". Todas as cenas são trabalhadas com a mesma intensidade, não existe a transição entre tensão-calma-tensão-calma. Acaba por dar uma sensação um bocado superficial do filme.
Certas personagens perderem dimensão (e mesmo assim muitas foram excluídas) como Sachiko ou Leila. Mas isso seria sempre inevitável.

As qualidades (são bastantes):
A começar pela escolha do cast. Não poderia ser melhor. Todos os actores dos papeis principais são óptimos actores. Mika Nakashima, cantora de profissão, encarna literalmente Nana, Aoi Miyazaki não poderia ter sido melhor escolhida para a amorosa Hachi e Ryuhei Matsuda mostra que é mais que a cara bonita de Gohatto, fazendo de Ren. Todos têm uma forte empatia entre eles.
O esforço para seguir à risca as opções estéticas de Ai Yazawa (as roupas de Vivienne Westwood, o apartamento, a caracterização, etc.) compensou e dá corpo ao que se via, a preto e branco, nos desenhos da manga.
Gostei muito do modo como a história foi estruturada, não contando logo à partida o dilema de Nana, focando-se mais na extrovertida e faladora Hachi. Com Hachi (narradora e o ponto de vista do filme) vamos descobrindo o que Nana deixou para trás ao ir para Tóquio, enquanto que Hachi nos conta toda a sua história quando ambas se conhecem. Na manga, também porque a estrutura em capítulos não permita tanta flexiblidade, a história é-nos contada de modo mais linear.
A opção de interromper a história (de uma manga ainda em publicação e algo longa para um filme só) onde foi interrompida. Dá uma sensação de final fechado, não nos deixa a pensar: "então e agora?".
Apesar de os locais serem muito específicos, de o filme ter uma imagética particular e de se tratar, principalmente, de um meio onde circulam músicos, artistas, etc., a história contada tem a qualidade de ser universal. Se mudarmos os detalhes, permanece a mesma. Por alguma razão Ai Yazawa tem tanto talento, não são só desenhos bonitos e um forte instinto para a moda.

Felizmente que o filme teve tanto sucesso no Japão que uma segunda parte, em princípio com o que resta da história, vai ser filmada este ano. Em Abril vai começar a ser transmitida nas TVs japonesas a adaptação da manga a série anime, cá falarei dela, quando chegar a altura. Aliás este filme deu o empurrão que faltava à carreira da já bastante popular Mika Nakashima, lançou Yuna Ito como cantora e pôs Ai Yazawa (até então mangaka underground) no mapa.

http://www.nana-movie.com/

11.3.06

Osen

Às vezes dá-me raiva o acesso a manga e anime ser limitado no ocidente às modas de outros países, ou às vagas do comércio televisivo. Com isso é difícil ter acesso a obras mais limítrofes, ou de géneros menos populares no ocidente. Só mesmo indo a uma livraria no Japão e cuscar todas as manga existentes. Se uma pessoa lá viver, faz-se bem, mas quem porventura só pode ir ocasionalmente (ou nem isso) não dá nem para trazer tudo o que se deseja e muito menos actualizar-se como deve ser, tal é a variedade.

Ao vaguear num site japonês à procura de outras coisas, encontrei uma manga, da qual não sei nada, pois os únicos sites que encontrei, sem serem japoneses (e esses também não abundam), com informação tanto sobre esta manga como o autor parecem-me ser em hebraico (se não forem, perdão, mas os caracteres são bonitos).

A dita manga chama-se Osen, o seu autor Kikuchi Shouta (きくち正太), e é publicada pela Kodansha. Digo autor porque o nome me parece masculino e a manga shounen (o que na realidade não garante nada), mais uma vez, se estiver errada, quem souber me corrija. O título, Osen, quer dizer "poluição" ou "contaminação" e o autor é algo prolífero, tendo, pelo menos, 10 títulos publicados, sendo aparentemente este um dos mais recentes. A manga já vai em 10 volumes e as capas são todas incríveis (este exemplo é do 7º volume). Digamos que as ilustrações são uma variante das artes tradicionais japonesas, mas com um traço moderno e nada convencional.

Espero conseguir mais informação desta manga e, quem sabe, algum exemplo do artwork interior a preto e branco.

10.3.06

xxxHOLiC - Manatsu no Yoru no Yume

Sou fã das CLAMP já há muitos anos, a minha manga preferida ainda é o X, mas confesso que ultimamente enjoei um bocado e perdi um pouco do interesse. Angelic Layer e Chobits, apesar de não serem más séries de anime e manga, deixaram um bocadinho a desejar, principalmente na narrativa, pareciam mais para vender que as anteriores manifestações de criatividade a que nos tinham habituado.

Isso e ter visto um bocadinho do 1º episódio de Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE, ajudou a que não tivesse o mesmo entusiasmo anterior sempre que um título novo saía das suas forjas. Só havia aqui um senão: as ilustrações e as manga de xxxHOLiC sempre me pareceram bastante interessantes e a personagem de Yuuko mais ainda. Essa pequena curiosidade e um resquício do meu antigo fanatismo pelas CLAMP fizeram-me ver o filme de xxxHOLiC - Sonho numa noite de verão.

Em comum com a homónima peça de Shakespeare só o título, a estação do ano e algum do onirismo, mas o filme é invulgar e engraçado. Como (ainda) não li a manga, estou um bocadinho fora do contexto, por enquanto só conheço mesmo o que vi no filme.

A história acompanha um curioso trio de exorcistas/médiums que são chamados para resolver um caso numa mansão surrealista. A casa parece a ilustração da casa no livro A Casa dos Espíritos de Isabel Allende: não tem uma estrutura modular, simétrica ou mesmo lógica, cada "pedaço" tem um estilo arquitectónico diferente e por dentro ainda é pior, é como se as divisões se movessem ou metamorfoseassem. Yuuko é uma típica "gaja boa" dos anime, vive indolentemente numa casa tradicional japonesa entalada entre prédios altos com uma dose de magia também (não tenho a certeza se a vista no fim era dessa casa, mas acho que sim). Aí também vivem dois rapazes adolescentes de carácteres opostos: Watanuki é emotivo, sensível e desengonçado, Doumeki é cool, indiferente e despreocupado. Com eles vive a Mokona preta (que fala, ao contrário da branca de Rayearth que só fazia "pupu-puuu!") e dois anjos(?) Maru e Moro. Os dois rapazes ainda têm uma colega/love interest, a bonita Himawari (Girassol).

A tecnologia deu um senhor empurrão aos anime ultimamente e este filme beneficia muito disso. Pela primeira vez num anime, a riqueza do trabalho de ilustração de Mokona Apapa é bem trabalhada, portanto, tanto o character design e toda a direcção de arte são muito bons e fiéis ao original. Gostei imenso do modo como as personagens se mexem, em particular Watanuki que parece um Jack Skellington desengonçado. Gostei muito também da novidade nos gráficos que as CLAMP nos trouxeram, como já disse, andavam um bocadinho cansativas.

A história é engraçada pois mistura a magia e o mistério da casa com as contrastantes personalidades do trio, nenhum dos três é sério, grave, compenetrado ou deprimido, como habitualmente são personagens envolvidas com magia (Subaru em Tokyo Babylon ou X, Kamui em X, etc.) e, no meio de gente muito egoísta e arrogante, os coleccionadores, há uma certa leveza no facto de Yuuko, Watanuki e Doumeki não se envolverem directamente com nenhum deles e ficarem na sua.

É um filme bonito de se ver, bem executado que traz algum ar fresco à obra das CLAMP, ultimamente em perigo de estagnar.

Este filme foi exibido num double feature com o filme de Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE, cujas histórias se cruzam também na manga. Em Abril vai começar a ser transmitida a série anime de TV, mais uma para eu ver.

http://www.holic-tsubasa.com/

5.3.06

Terry IS the man!

Já vi os idílicos episódios do período de férias de verão na Escócia em Candy Candy.

Definitivamente Terry é um charme! A cena em que rouba um beijo a Candy, apesar de ser um pouco mais tarde e suave que na manga, é o máximo! O beijo dura 30, sim, 30 segundos! Isto para um anime dos anos 70, é obra! Mesmo hoje em dia, em que sexualidade já é mostrada com outro à vontade, os beijos românticos (o que será de cenas mais íntimas) fazem-se esperar e não são muitos...

O beijo sucede uma cena de uma conversa íntima entre os dois, em que Terry se abre numa das raras vezes para falar da família. Arrebatadamente agarra Candy para dançar mas pára e... rouba-lhe o beijo. Claro que Candy é imatura, com a justificação de que não percebe o modo de agir de Terry (realmente um bocado temperamental), interrompe o beijo (de 30 segundos) com uma estalada. É pena, se tivesse reagido de outro modo a história teria se desenvolvido também de outra maneira.

Apesar de ser um anime de baixo orçamento e antigo, estou espantada com a qualidade até agora apresentada. O character design é muito bem desenhado, coerente e constante, os cenários bonitos e bem feitos, a música melhorou e há um esforço para que tudo saia bem nas cenas mais importantes.

1.3.06

Kaitou St. Tail

Hoje estreou mais um majical shoujo num canal em Portugal: Kaitou St. Tail, ou, na versão portuguesa, A Ladra Meimi.

Como gosto do género, já conheço esta série (de fotografias em revistas) há uns aninhos, lá vou acompanhar. Aliás a série já não é nova, é mais uma que apanhou boleia no sucesso de Sailormoon e é anterior a Card Captor Sakura.

Não consegui apanhar o primeiro episódio inteiro, mas deu para perceber que a história é simples: Meimi tem cerca de 14 anos, estuda num colégio privado de freiras e, às escondidas e com a ajuda de uma amiga noviça, Seira, dedica-se a ser uma espécie de justiceira, repondo no lugar os "pequenos pecados" da comunidade local. Como uma espécie de antagonista tem o seu love interest, Asuka Jr., colega de turma e filho do detective de polícia que investiga os crimes que ela ajuda a repor.

Como pano de fundo tem uns pais pouco convencionais em que a mãe parece ter sido uma misteriosa ladra, quando solteira, e o pai é ilusionista. Com isso a fatiota de St. Tail, o seu modus operandi e os seus truques de magia são plenamente justificados. Resta-me saber exactamente como é a sua origem, tenho 42 dias para rever o primeiro episódio.

Pena é a dobragem para português ser bem fraquinha. Normalmente temos o problema de as vozes, principalmente as femininas, serem demasiado esganiçadas. Talvez para evitar isto, as vozes desta dobragem não têm dimensão espacial: as personagens falam sempre do mesmo modo e no mesmo tom, independentemente de estarem longe, perto, a falar baixo ou a gritar. Não são totalmente desprovidas de expressão mas parecem "descoladas" dos outros sons de fundo.

怪盗セイント・テール:配信作品:東京ムービー [JP]

Canal Panda
2ª - 6ª, 07:30, 13:30, 21:00
sáb., dom., 12:00, 17:30, 21:30
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